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27/11/2009 - 12:32

Programa Suinocultura Sustentável Sadia é o primeiro do setor agrícola no mundo a obter registro na ONU

Projeto pioneiro voltado para captação de gases do efeito estufa é o primeiro a ser registrado pela ONU, na modalidade Programa de Atividades (PoA).

A Sadia é a primeira empresa do setor agrícola no mundo a obter registro para um Programa de Atividades voltado para a captação de gases do efeito estufa. A concessão do registro acaba de ser comunicada aos executivos da empresa.

Com o registro, a Sadia passa a poder coletar e armazenar os dados dos sistemas de monitoramento instalados nas granjas de suínos. Com isso, os créditos de carbono gerados pelo Programa 3S começam a ser computados para serem posteriormente vendidos. A expectativa da Sadia é gerar a cada ano 600 mil toneladas de CO2 equivalente.

“Essa conquista não foi só nossa, mas sim de todo o setor. Espero que esse registro incentive e facilite o trabalho de outras empresas que queiram trilhar o mesmo caminho rumo a uma suinocultura mais sustentável”, comemora Julio Cardoso, presidente executivo e presidente do Conselho de Administração da Sadia.

Atualmente o programa conta com biodigestores instalados em 1.086 propriedades de suinocultores integrados da Sadia, nas regiões de Três Passos (RS), Concórdia (SC), Toledo (PR), Uberlândia (MG) e Lucas do Rio Verde (MT), que equivalem a 38% dos suinocultores da Sadia.

A obtenção do registro abre caminho para a ampliação substancial do programa, já que os integrados passam a ter uma perspectiva de ganhos reais com a instalação dos biodigestores. A empresa acredita que a participação de produtores no programa chegue a mais de 90% a partir de agora.

“A obtenção do registro na ONU por meio da modalidade de Programa de Atividades (PoA) traz um potencial enorme de extensão do programa a novos suinocultores, já que aqueles que desejarem aderir a partir de agora não precisarão cumprir novamente todo o trâmite para obter o registro da ONU. Basta o Instituto Sadia incluir a propriedade na lista das que seguem aquelas mesmas diretrizes, segundo os critérios do próprio Instituto”, afirma Julio Cardoso.

Até 2007, a ONU trabalhava apenas com uma modalidade de registro de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), chamada Project Design Document (PDD). No caso do Programa 3S, para que todos os participantes do projeto obtivessem o registro com o uso dessa metodologia seria necessário apresentar à ONU aproximadamente 15 PDDs, o que traria um custo altíssimo aos participantes e poderia tornar o programa inviável economicamente.

Já pela metodologia Programme of Activities (PoA) é possível apresentar um único projeto reunindo diversos integrados e, inclusive, incluir produtores ao PoA após a obtenção do registro. A partir de agora, o processo de inclusão de novas propriedades acontece de forma muito mais rápida e econômica.

Como funciona – Iniciado em 2005, o Programa Suinocultura Sustentável Sadia (Programa 3S) foi criado com o objetivo de promover a sustentabilidade entre os mais de 3,5 mil produtores de suínos integrados da Sadia, por meio da venda de créditos de carbono, com a redução das emissões de gases do efeito estufa.

O Programa integra princípios ambientais (preservação dos recursos naturais), econômicos (maior retorno do capital para o investidor e aumento nos lucros do empreendedor) e sociais (cidadania e geração de empregos).

A diminuição da emissão de poluentes ocorre por meio da instalação de biogestores nas granjas de produtores integrados da Sadia. Com eles, os dejetos de suínos são fermentados por bactérias em tanques cobertos, evitando a emissão de metano. O sequestro destes gases causadores do efeito estufa é revertido em créditos de carbono, que podem ser negociados no mercado externo com interessados em se adequar ao Protocolo de Kyoto.

Reconhecimento – O Programa 3S é um dos 50 casos citados no relatório “Criando Valores para Todos – Estratégias para Fazer Negócios com os Pobres”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), publicado em 2008. O relatório destaca ações do setor privado em todo o mundo destinadas a reduzir a pobreza, melhorar as condições de vida dos mais pobres e contribuir para o desenvolvimento econômico mundial.

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