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01/12/2009 - 09:29

Hemoterapeutas alertam: novos casos de HIV podem ser evitados com sangue mais seguro

Para evitar novos casos de contaminação sanguínea, a Associação dos Serviços de Hemoterapia do Rio de Janeiro (ASHERJ) promove no Dia Mundial de Luta contra a AIDS, 1° de dezembro, uma campanha a fim de garantir mais segurança ao sangue doado no país. O evento, que acontece no Largo da Carioca das 8h às 12h, tem o objetivo de informar à população sobre a adoção de um teste mais eficaz na triagem das bolsas de sangue: o NAT (Teste de Ácido Nucléico).

Dados do relatório Situação da Epidemia de AIDS 2009, publicado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revelam que cerca de 2,7 milhões de pessoas se infectaram pelo vírus HIV no ano passado. Estimativas do Sistema de Agravo de Notificação (Sinan) sugerem que anualmente chegariam aos hemocentros do Brasil cerca de nove candidatos a doação de sangue com teste NAT-HIV positivo. “Cada caso de viragem sorológica, acarretaria a contaminação de, no mínimo, outras três pessoas por HIV”, afirma a hemoterapeuta e membro da ASHERJ, Regina Mendes.

Segundo a médica, a adoção do exame poderia evitar possíveis casos de contaminação ocorridos em transfusões sanguíneas. “Com o NAT, que reduz a janela imunológica (período entre a contaminação pelo vírus e sua identificação por exames laboratoriais) de 22 para 11 dias, o risco de contaminação de HIV por transfusão tende a cair”, enfatiza. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também reconheceu que o novo exame poderia evitar 355 novas contaminações de AIDS anualmente.

Dificuldades na implantação - Comprovadamente mais eficaz, o NAT já foi aprovado pelo Ministério da Saúde e tornado obrigatório em todos os hemocentros do país, através de portarias da Anvisa. Porém, ainda encontra barreiras para ser adotado no Sistema Único de Saúde (SUS) e ter cobertura de todas as operadoras de saúde.

Por determinação do Ministério da Saúde, cientistas brasileiros estão desenvolvendo tecnologia própria para o NAT desde 2004. O NAT Brasileiro, como está sendo chamado, está em fase de teste em três hemocentros do país: Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco.

No Rio de Janeiro, o Hemorio inaugurou nesta sexta o laboratório de Biologia Molecular e promete realizar os testes NAT, já no primeiro semestre de 2010, em toda a bolsa coletada nos serviços estaduais de hemoterapia. “Estamos torcendo para que a partir de 2010 o NAT seja implantado em todas as redes de bancos de sangue do país”, deseja Regina Mendes.

Por aumentar a segurança transfusional, o exame também é usado na detecção de outros vírus causadores de doenças graves, como o HCV (Hepatite C) e o HBV (Hepatite B). Sua adoção nos hemocentros ajudaria a reduzir os riscos de transmissão de doenças, principalmente naqueles receptores que fazem transfusões regulares, como os hemofílicos, falcêmicos e talassêmicos.

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