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01/12/2009 - 11:38

Juros para os consumidores devem continuar a cair, diz novo diretor do BC

Brasília - Os juros para os consumidores têm tendência de queda, apesar das previsões indicando que a taxa Selic (que mede os juros básicos da economia) não voltará a cair, disse há pouco o novo diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Luiz Mendes. Após ter o nome aprovado pelo Senado na semana passada, Mendes tomou posse no dia 30 de novembro (segunda-feira), no cargo.

Segundo o novo diretor do BC, o spread – diferença entre os juros cobrados do consumidor final e as taxas de captação de recursos – continuará a apresentar queda. “O spread tem se reduzido e vai continuar caindo”, afirmou.

Mendes afirmou que pretende investir na continuidade da política monetária, ancorada na definição dos juros básicos como um instrumento para manter a inflação dentro da meta. Ele, no entanto, disse que pretende investir no esclarecimento de direitos aos consumidores.

“Medidas tomadas no passado, como portabilidade do crédito e de cadastro, ajudam na competição bancária. Só que elas poderiam ter mais efetividade porque as pessoas, muitas vezes, não têm consciência disso”, declarou. “Talvez, a gente tenha de tomar medidas que tornem essas conquistas mais claras para a população.”

Mendes defendeu ainda a aprovação do cadastro positivo pelo Congresso Nacional para reduzir os juros para os consumidores. Por meio desse cadastro, os bancos terão acesso à relação de bons pagadores, o que, na prática, reduz o risco para o emprestador e significa taxas médias de juros mais baixas.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a nomeação de Mendes representa o compromisso da instituição com a continuidade da política econômica. Segundo ele, a sociedade brasileira já incorporou o desejo de estabilidade da economia, o que torna mais difícil as interferências externas na política econômica.

“No passado, o crescimento rápido não gerava sustentabilidade e aumentava a imprevisibilidade. Hoje, o campo para as inflexões políticas é cada vez mais restrito. É importante manter a linha de ação que o Banco Central tem tomado nos últimos anos”, comentou o presidente do BC.

Apesar de ser empossado hoje no quadro de diretores do BC, Mendes ainda não assumiu o cargo de diretor de Política Monetária. O antecessor na função, Mário Torós, trabalhará até sexta-feira, quando a desoneração for publicada no Diário Oficial da União. Nesta semana, de acordo com o Banco Central, Torós passará as tarefas ao novo diretor num período de transição.

Torós saiu do Banco Central após conceder uma entrevista ao jornal Valor Econômico no início do mês. Segundo a publicação, ele disse que o real sofreu ataque especulativo e que houve corrida a bancos pequenos e médios no auge da crise financeira. Torós também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a cogitar a demissão de Meirelles em meados do ano passado, quando o BC reajustou a taxa Selic. | Wellton Máximo /Reuters.

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