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11/05/2007 - 08:20

Produtores culturais propõem limitar meia-entrada em 30% dos ingressos

Produtores culturais apresentaram à Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro proposta de limitar o número de pessoas beneficiadas pela meia-entrada em 30% do público total de cada espetáculo. A sugestão foi feita durante audiência pública, realizada dia 10 de maio (quinta-feira), que contou com a presença dos principais representantes do setor teatral no Rio de Janeiro. O deputado Marcelo Freixo (PSol), que presidiu a sessão, marcou um próximo encontro com a classe. "No dia 24 de maio, vamos tentar um encontro com o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Edson Albertassi (PMDB), para que ele possa explicar aos produtores o orçamento da Cultura do estado", declarou. Na próxima quinta-feira (17/05), a comissão promoverá um debate com os estudantes para ouvir o outro lado da questão sobre a meia-entrada.

De acordo com a representante da Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (Aptrj), Ana Luiza Lima, a regulamentação da meia-entrada é fundamental. "A produção cultural é um setor econômico. É um equívoco todas as pessoas terem direito à meia-entrada. As produções estão quebrando e os teatros, fechando", explicou. Ana Luiza ainda deixou bem clara sua opinião com relação à participação dos estudantes: "Nós queremos os estudantes freqüentando os espetáculos. Eles são fundamentais para a formação da nossa sociedade". Para o produtor e ator da companhia Sopro do Ator, Manu Passos, as políticas públicas em relação à cultura são sempre "de improviso, sem nenhuma linha de trabalho definida". A produtora teatral Vera Setta afirmou que, atualmente, é uma "verdadeira luta" manter um teatro no Brasil. "Só para alugar o teatro por uma semana temos que pagar R$ 7 mil. Como vamos sobreviver com essa quantidade enorme de pessoas pagando a metade do valor do ingresso?", questionou.

Sobre esse assunto, a produtora cultural Bianca de Fellipes trouxe alguns dados importantes para a discussão. Segundo ela, há dez anos o percentual de pessoas que assistiam aos espetáculos utilizando a meia-entrada era de 10%; há sete, esse número subiu para 30%; e, atualmente, esse valor pode chegar a 90% em algumas peças. Para Fellipes a solução seria o de reproduzir um projeto semelhante ao que existe em Porto Alegre. "Os espetáculos reservam 10% de lugares aos estudantes nos fins-de-semana e lá se encontra o ingresso de cinema mais barato do Brasil. Nós queremos um limite de 30%. Não poderíamos ter esse mesmo projeto por aqui?", questionou. O diretor e produtor teatral Dudu Sandroni elogiou a iniciativa da Alerj de abrir as portas para que assuntos relativos à área cultural possam ser discutidos. Para ele, com a bilheteria atual, é impossível uma peça permanecer mais de dois meses em cartaz sem prejuízo. "Nós não temos o mínimo de lucro.

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