Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

04/12/2009 - 11:11

Mercado de carroçarias de ônibus cai 19% em 2009

São Paulo - O setor fabricante de carroçarias de ônibus deverá encerrar o ano de 2009 com uma produção da ordem de 25.600 unidades, o que representará uma queda de 19%, em relação às 31.607 carroçarias produzidas durante o ano de 2008. Do total fabricado no presente exercício, 21.500 unidades deverão ser comercializadas no mercado doméstico e 4.100 poderão ser exportadas para diversos países, conquistados arduamente durante longos anos pelos fabricantes da área. Caso a estimativa se confirme, as vendas internas em 2009, representará uma queda de 15% sobre as 25.119 unidades vendidas em 2008 e as exportações ficarão 37% abaixo das 6.488 carroçarias exportadas no ano passado.

De janeiro a outubro deste ano, os fabricantes da área produziram 20.181 unidades, registrando uma queda de 24,7% quando comparadas as 26.816 carroçarias fabricadas em igual período do ano passado.

Do total fabricado de janeiro a outubro de 2009, 16.825 carroçarias de ônibus foram comercializadas no mercado doméstico, registrando uma queda de 21,5% sobre às 21.444 unidades vendidas em 2008.

Do volume produzido, considerando por tipo de produto tivemos nos dez primeiros meses do ano: Carroçarias urbanas 12.228 unidades | Carroçarias Rodoviárias 3.444 unidades | Carroçarias Micros ônibus 2.382 unidades | Carroçarias Mini ônibus 616 unidades | Carroçarias Intermunicipais 1.412 unidades.

As vendas externas também ficaram aquém do esperado pela indústria. Foram exportadas nos dez primeiros meses do exercício em curso, 3.356 unidades, o que representou um volume 37,5% menor que as 5.372 unidades exportadas em igual período do ano passado.

Participação por segmento: Urbano: 55% a 60% | Rodoviário: 17% a 20% | Micros: 12% a 15% | Intermunicipais: 7% a 9%.

Segundo o presidente do SIMEFRE - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, José Antônio Fernandes Martins, os fatores que impactaram positiva e negativamente o desempenho do setor neste exercício foram: positivamente – o Brasil foi o primeiro país a se recuperar da crise econômica; a linha de crédito disponibilizada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o novo Finame (com prazo de 8 anos com juros de 7%/ano) a partir de agosto de 2009; Programa Caminho da Escola (Paraná, São Paulo e pequena parte via governo federal); estabilidade política; sistema bancário sólido e altamente capitalizado; benefícios fiscais e tributários concedidos pelo governo federal; bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) apoiaram empresas com linhas de crédito mais confortáveis; retomada forte do crescimento a partir do 2º semestre e queda no índice de desemprego.

Negativamente: recessão mundial; incertezas com a implantação do Decreto das Concessões das linhas federais e internacionais; desemprego em geral; retração nos investimentos; alta carga tributária; exportações fortemente afetadas pela crise mundial e pela valorização do Real; Programa Caminho da Escola não se desenvolveu no ritmo esperado; aumento nos custos de operação com Lei de Acessibilidade impactando na renovação da frota urbana; linhas de crédito do BNDES – Novo Finame (8 anos prazo e juros 7%) só saiu após 1º semestre e restrições às linhas de fretamento em São Paulo.

Perspectivas – Martins acredita que as vendas no mercado interno em 2010 serão parecidas com as realizadas em 2008, quando foram comercializadas 25 mil unidades. No caso das exportações ele se mostra mais pessimista projetando queda da ordem de 20% a 25%, o que seria comercializar entre 5.200 a 4.800 unidades, respectivamente.

Segundo ele, os fatores que deverão influir positivamente o setor no próximo ano são: manutenção das linhas de crédito Finame – BNDES – 8 anos e juros máximos de 7/ano; recuperação da economia brasileira (crescimento do PIB entre 5 a 5,5%) e da economia mundial; investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na infraestrutura viária; aumento da renda da população; maior desenvolvimento do Programa Caminho da Escola – ônibus escolar rural; crescimento do turismo; prorrogação para implantação do Decreto das Concessões das linhas federais e internacionais até 2011; estudos e implantação gradual de Planos para Sistemas Integrados de Transporte Urbano (BRT) visando a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016; e solidez do sistema econômico financeiro do Brasil.

No entender do presidente do SIMEFRE, os fatores que devem impactar negativamente o setor no próximo ano: recessão mundial ainda forte; exportações altamente afetadas pela recessão e muito fortemente pela valorização do Real; carga tributária alta; incerteza quanto aos investimentos em infraestrutura viária e rodoviária; investimentos pesados que o governo está fazendo nas áreas metroferroviárias e liberação de mototáxi.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira