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04/12/2009 - 11:11

Indústria de implementos rodoviários deve fechar 2009 com queda de 20% e faturamento de R$ 4.5 bilhões

O resultado financeiro e o volume de vendas ficarão abaixo dos resultados registrados em 2008, mas a expectativa dos empresários do setor é crescer até 10% em 2010.

São Paulo - Os fabricantes de implementos rodoviários das linhas leve (carroçarias sobre chassis) e pesada (reboques e semirreboques) – que respondem por mais de 50 mil empregos diretos – deverão terminar o exercício de 2009 com produção 20% abaixo da registrada em 2008.

O balanço do segmento de janeiro a outubro de 2009 mostra uma queda de 19,66% sobre os emplacamentos de igual período do ano passado. Durante os dez primeiros meses deste ano, o mercado doméstico recebeu 90.848 implementos, contra 113.080 unidades em 2008. Do total emplacado, 32.213 unidades foram da linha pesada e 58.635 unidades da linha leve. O resultado representou uma queda de 32,37% e 10,42%, respectivamente, quando comparados aos 47.628 reboques e semirreboques e as 65.452 carroçarias sobre chassis licenciados nos mesmos meses de 2008.

Segundo César Pissetti, vice-presidente do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), o resultado financeiro do setor também ficará abaixo do registrado no ano passado. “Acreditamos que o faturamento em 2009 será em torno dos R$ 4,5 bilhões, ou seja, R$ 1 bilhão menor que os R$ 5,5 bilhões faturados em 2008”, diz.

De acordo com Pissetti, a produção nacional de implementos rodoviários em 2009 deverá ser próxima ao volume de 2007, quando foram fabricadas 109 mil unidades. “Esse volume representará queda da ordem de 20%, em relação às 138.283 unidades produzidas em 2008”, observa.

Para o vice-presidente do SIMEFRE, do total fabricado em 2009, aproximadamente 106 mil unidades serão comercializadas no mercado doméstico e 3 mil implementos deverão ser exportados. “No meu entender, a indústria de implementos rodoviários está terminando o ano dentro das metas estabelecidas. No mercado interno, o último trimestre de 2009 deverá apresentar um resultado melhor que o esperado, compensando a queda maior que a expectativa no mercado externo”, justifica Pissetti.

Exportação - As vendas para o mercado externo são as que estão registrando as maiores quedas desde que o mercado de implementos rodoviários começou a sentir os reflexos da crise econômica mundial. Até o mês de outubro de 2009, a indústria exportou 57,73% menos do que o volume de igual período de 2008. Foram exportadas 2.512 unidades, contra 5.944 produtos comercializados no mercado externo em igual período do ano passado.

Segundo ele, os fatores que influíram positiva e negativamente o desempenho do setor em 2009 foram.: Positivamente : ·Isenção do IPI (caminhões, automóveis, materiais para construção civil e linha branca) | . Crescimento do segmento de construção civil | . Setor agrícola com bons resultados (grãos, açúcar, etc.) | . Investimentos em infraestrutura (PAC) | . Mercados emergentes como oportunidades | . Redução das taxas de juros e alongamento dos prazos (Finame) | . Aumento do consumo no varejo, como resultado do crédito disponível.

Negativamente : Aumento dos níveis de inadimplência | . Maior seletividade para concessão de crédito | . Forte retração na atividade de mineração (metálicos) | . Aumento dos níveis de desemprego (empobrecimento) | . Saúde financeira de clientes e fornecedores em risco | . Recessão das grandes economias, com redução do comércio internacional.

Perspectivas para 2010 - Para o vice-presidente do SIMEFRE, o mercado de implementos em 2010 deverá registrar crescimento da ordem de 8 a 10% sobre o resultado de 2009. “Em anos eleitorais percebe-se um aquecimento no setor de construção civil e acreditamos que este ano não será diferente. O aumento no crédito imobiliário aliado aos investimentos em infraestrutura tem aquecido esse segmento no Brasil. As projeções para a próxima safra de grãos são de crescimento o que impacta positivamente no setor de transporte rodoviário de cargas.

Para o vice-presidente do SIMEFRE, o desempenho do setor de implementos em 2010 deverá render aos cofres das indústrias da área um faturamento da ordem de R$ 4,9 bilhões.

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