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12/05/2007 - 09:00

Receita líquida da Petrobras atinge R$ 38,9 bilhões no primeiro trimestre de 2007

E a produção de petróleo e LGN subiu 3%, a produção de derivados cresceu 7%, alavancada pela produção internacional, que aumentou 150% com a aquisição da Refinaria de Pasadena, no Texas, o superávit na balança comercial de petróleo e derivados chegou a R$ 528 milhões. A queda de 11% dos preços do petróleo nacional e 2% no preço médio de realização de derivados, enquanto os investimentos cresceram 40% em relação ao 1º Trimestre de 2006, a r eceita operacional líquida cresceu 8% na comparação com o 1º Trimestre de 2006, o lucro líquido foi de R$ 4,1 bilhões, e o valor de mercado aumentou 9% em 12 meses.

Apesar de positivos, os principais indicadores de desempenho da companhia - produção e processamento de petróleo e derivados - poderiam ter sido ainda melhores se não tivessem ocorrido problemas com a produção de Golfinho (FPSO Capixaba), Jubarte (P-34) e Marlim (P-37), além de paradas programadas nas principais refinarias do país. Entretanto, o melhor desempenho físico foi insuficiente para compensar os efeitos negativos dos preços de petróleo em queda e custos em ascensão nos resultados da companhia no primeiro trimestre de 2007.

Receita líquida superou a do primeiro trimestre de 2006 - A receita operacional líquida apresentou elevação de 8% quando comparada com o 1º trimestre de 2006, atingindo o valor de R$ 38,9 bilhões, devido ao aumento no volume de vendas, influenciado em parte pela consolidação da refinaria de Pasadena, Texas. O lucro operacional não acompanhou esta trajetória porque ficou vinculado ao decréscimo dos preços médios de realização, tanto no mercado interno como no externo, ao aumento do custo dos produtos vendidos (também influenciado pelo giro dos estoques), e ao incremento das despesas operacionais. Houve, ainda, o desembolso relativo à repactuação do plano de pensão Petros (R$ 1.040 milhões).

Ocorreu, também, aumento das despesas financeiras líquidas, devido ao aumento da exposição cambial credora em moeda estrangeira e da regularização da variação cambial.

O efeito conjunto das variações citadas provocou a queda do lucro líquido, o que pode ser explicado, em grande parte, por itens extraordinários, com destaque para o incentivo financeiro pago aos participantes do Plano Petros, pelos efeitos da variação cambial no resultado financeiro, e principalmente, pela queda do preço internacional do petróleo.

Produção apresentou expansão em 12 meses - A produção de petróleo e LGN no país alcançou a média de 1,8 milhão de barris/dia, 83% oriundos da Bacia de Campos. Este número representa incremento de, aproximadamente, 50 mil barris por dia ou 3% sobre o mesmo período de 2006. Esta ampliação da capacidade produtiva foi em função do início de operação das plataformas P-50 (Albacora Leste), em abril de 2006, FPSO-Capixaba (Golfinho), em maio de 2006, P-34 (Jubarte), em dezembro de 2006 e FPSO-Cidade do Rio de Janeiro (Espadarte), em janeiro de 2007. O início destas operações mais do que compensou o declínio natural da produção de alguns campos maduros, particularmente o campo de Marlim.

A produção total de derivados aumentou 7% - Este incremento foi influenciado pela elevação significativa da carga processada no exterior, que cresceu 150% devido à operação da Refinaria de Pasadena, nos EUA. A carga processada no país apresentou queda de 2% devido às paradas programadas para manutenção na Replan, maior refinaria do País, e Reman. Ocorreu também uma queda na participação no petróleo nacional na carga processada, uma vez que foi mais vantajoso utilizar maior volume de petróleo leve importado, reduzindo a produção de óleo combustível, de menor valor agregado.

Mercado externo impulsionou as vendas - No mercado externo, as exportações cresceram, em volume, 17%. Este incremento esteve relacionado ao aumento da produção e redução da participação do petróleo nacional na carga total processada. O volume de vendas internacionais cresceu 53%, devido à inclusão das operações da Refinaria da Pasadena, a partir de outubro de 2006 e às operações comerciais no exterior. Como conseqüência, as vendas direcionadas ao mercado externo cresceram 33%.

Já o volume de vendas no mercado interno foi superior em 1% ao apurado no mesmo período do ano passado, com destaque para óleo combustível, GLP e QAV. Estas vendas refletiram as maiores demandas de distintos setores da indústria doméstica, com destaque para a indústria de transformação e geração elétrica. A maior expansão também esteve associada ao maior poder de consumo da população e ao crescimento do Produto Interno Bruto da economia brasileira. As vendas no mercado interno também foram afetadas pelo maior uso do álcool hidratado e do gás natural veicular pela frota de veículos leves.

Forte crescimento da exportação líquida de petróleo e derivados - O saldo comercial favorável foi decorrente do efeito combinado da redução das importações de derivados, principalmente óleo diesel, e elevação das exportações de petróleo. Este comportamento resultou num superávit financeiro US$ 528 milhões.

Aumento dos Investimentos na ampliação da oferta de gás para suprir a demanda crescente deste insumo de energia - Os investimentos do Sistema Petrobras atingiram o montante de R$ 8,3 bilhões, 40% superior ao primeiro trimestre de 2006. Estes investimentos tiveram destaque em duas pontas. Na primeira, o objetivo foi aumentar a oferta de gás para assegurar a capacidade de energia necessária ao crescimento econômico projetado para o Brasil nos anos futuros. Nesta ponta, destacaram-se os investimentos na produção de petróleo e gás natural no País (R$ 3.986 milhões) e no setor de gás e energia (R$ 197 milhões). Na outra ponta, procurou-se fortalecer a posição da Petrobras como um dos principais agentes do mercado mundial de energia (investimentos no exterior cresceram 173%, atingindo R$ 1.922 milhões) em virtude, principalmente, de investimentos em sísmica (EUA e Turquia) e na construção de dois navios-sonda.

Estes investimentos seguiram o previsto no Plano de Negócios 2007-2011, e tiveram sua fonte de recursos assegurada pela geração de caixa operacional (o EBITDA atingiu R$ 10.993 milhões).

Elevação dos custos do refino refletiu os investimentos internos e externos - O custo unitário do refino no País aumentou 34% em relação ao mesmo período do ano passado, devido aos maiores gastos operacionais, reflexo dos investimentos efetuados visando adaptar as refinarias para o processamento de óleo pesado e melhorar a qualidade dos combustíveis para atender às exigências ambientais e ao maior nível de paradas programadas. Descontados os efeitos da apreciação do real em 4% sobre a parcela dos gastos originados em moeda nacional, o custo do refino aumentou 29%.

O custo médio unitário do refino internacional aumentou 54% em relação ao mesmo período de 2006, devido à inclusão da Refinaria de Pasadena (EUA). Excluindo este efeito, teríamos uma redução de 8%, devido ao aumento de 9% da produção. O custo médio unitário do refino internacional, aumentou 16% em relação ao quarto trimestre de 2006, devido a gastos com paradas programadas e maior custo de materiais nos Estados Unidos.

Endividamento total apresentou redução - O endividamento total da Empresa apresentou redução de 5% em função de amortização de dívida não renovada. Entretanto houve uma redução nas disponibilidades, principalmente em função do pagamento de juros sobre o capital aos acionistas, no valor de R$ 6.361 milhões, ocasionando um aumento no endividamento líquido.

A alavancagem financeira da companhia aumentou, no trimestre, de 16% para 19% atendendo aos objetivos de otimização da estrutura de capital corporativa.

Comportamento das ações acompanhou a tendência do setor - Em função da redução dos preços internacionais do petróleo, as ações da Petrobras apresentaram queda no 1º trimestre de 2007. Esta tendência de redução dos ganhos também foi refletida nas ações das principais companhias mundiais do setor de petróleo, conforme reportado pelo Amex Oil Index. Apesar da queda verificada no período, o valor de mercado da empresa atingiu a marca de R$ 215,6 bilhões, valor 8% superior do encerramento do 1º trimestre do ano anterior.

Contribuição econômica superou R$ 12 bilhões - A contribuição econômica da Petrobras ao País, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 12.282 milhões.

As participações governamentais no País caíram 2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Esta queda foi em razão do decréscimo de 12% no preço de referência para o petróleo nacional que alcançou o preço médio de R$ 98,40 (US$ 46,72), contra R$ 111,80 (US$ 50,93) no mesmo período de 2006, e esteve associada, também, à redução de alíquotas de participação especial, principalmente em relação aos campos de Marlim e Marlim Sul. Esta queda também reflete o declínio natural da produção e a parada programada da plataforma P-37 (Marlim), ocorrida em janeiro de 2007.

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