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04/12/2009 - 12:32

Indústria de peças e componentes fecha 2009 com redução nas vendas

Desempenho do setor fabricante de peças e componentes para motocicletas e bicicletas encerra 2009 com queda de 10%.

São Paulo - A indústria fabricante de peças e componentes para bicicletas e motos registrou redução da ordem de 30% nas vendas durante o primeiro semestre e uma recuperação muito forte a partir do mês de julho pegando todo o setor despreparado.

Segundo Auro Levorin, vice-presidente do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), empresário que atual no segmento de pneus e câmeras de ar, as vendas de peças e componentes para bicicletas durante 2009 vão apresentar uma queda da ordem de 10% sobre o volume comercializado em 2008.

Atualmente, as encomendas estão muito concentradas no final do ano. Antes elas ocorriam com maior intensidade a partir do mês de setembro, depois passou para outubro, novembro e agora são feitas em dezembro. Ou seja, muito em cima da hora. “Como a indústria enxugou sua linha de produção, em função da crise, que teve início em 2008 não temos como responder de pronto às encomendas e acabamos perdendo negócios”, reclama Levorin.

Perspectivas – No entender do vice-presidente do SIMEFRE, as perspectivas para 2010 não são muito otimistas. Ele acha que o setor deverá apenas recuperar o que perdeu em 2009. Em outras palavras, isso seria voltar aos níveis de 2008, quando a indústria registrou desempenho 10% abaixo do volume comercializado do ano anterior. “2007 foi um ano espetacular para o setor. Foi nosso recorde histórico”, enfatiza o vice-presidente do SIMEFRE.

As empresas fabricantes de peças e componentes para o segmento de motos vivem duas realidades. Enquanto o mercado original sente todos os reflexos da crise econômica internacional a ponto de levar as companhias a uma queda da ordem de 34% até outubro, o mercado de reposição (comércio) registra crescimento de 4%.

Segundo Levorin, o setor deverá encerrar o exercício de 2009 com queda de 25% nas vendas para o mercado original e um crescimento de 4% no segmento de reposição.

Renan Feghalli, diretor do SIMEFRE reclama da falta de uma política industrial no Brasil que beneficie o setor de componentes, que agrega tecnologia e muita mão de obra, diferentemente de outros países como a Argentina e regiões como a Comunidade Européia. Os fabricantes brasileiros não conseguem exportar e estão perdendo mercado para os produtos importados. “É mais fácil financiar a importação do que a exportação. A indústria da Zona Franca de Manaus está crescendo, mas isto não quer dizer que os fornecedores brasileiros também estejam. Nossas perspectivas não são boas. Estamos deixando de fabricar alguns itens como freios, cubos, movimento central por conta da concorrência com os importados”, declara Feghalli.

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