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10/12/2009 - 10:47

Going Clean: Nova pesquisa mostra como a China pode adotar crescimento com baixo índice de carbono

Pequim - Os resultados divulgados no dia 8 de dezembro (terça-feira), obtidos de um detalhado estudo econômico, mostram que a China pode cortar profundamente as emissões de gás carbônico e minimizar os efeitos adversos de sua economia ao longo dos próximos 40 anos. O relatório Going Clean: a economia de desenvolvimento da China com baixo índice de carbono, de autoria do Chinese Economists 50 Forum e do Stockholm Environment Institute (Instituto do Meio Ambiente de Estocolmo), diz que as reduções de emissões até 2050 podem ser feitas, por exemplo, através de: .Ganhos eficientes de energia por intermédio da melhoria no projeto de construção, padrões para eletrodomésticos e uso de menos materiais de energia intensiva

. Substancial mudança em direção ao uso de energias renováveis, tais como energias eólica e solar, reciclagem de lixo municipal e biomassa, e pequenas usinas hidroelétricas | . Veículos elétricos para transporte em rodovias | . Uso da tecnologia de Captação e Armazenamento de Gás Carbônico em novas usinas de energia movidas a carvão | . Melhor mecanismo de cooperação internacional que possa canalizar mais financiamento e tecnologias de países desenvolvidos.

O relatório de especialistas chineses, suecos, alemães, britânicos e americanos diz que estas mudanças também podem apresentar oportunidades para a China aprimorar sua segurança energética e levar sua economia a um patamar mais elevado na cadeia de valor internacional.

"Uma China com baixo índice de gás carbônico é um país com um setor de serviços mais amplo, capacidade de trabalho mais avançada e menos degradação ambiental", disse o Dr. Fan Gang, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Econômicas da China, que comandou a pesquisa na China. "Essa transição também será uma parte essencial do desenvolvimento da China", acrescentou.

A China atualmente é uma das dez maiores economias intensivas em carbono do mundo, o que significa ter uma alta pegada de carbono em relação ao nível de atividade econômica. "Evitar mudanças climáticas perigosas requer que o mundo atue em conjunto para cortar as emissões globais. Os países desenvolvidos são altamente responsáveis no passado pelo acúmulo das emissões globais de gases estufa, mas a responsabilidade futura é dividida em conjunto com nações desenvolvidas e em desenvolvimento", comentou Lord Nicholas Stern, autor do relatório e Professor da Escola de Economia de Londres.

"Este importante relatório demonstra que a China pode tomar ações fortes e decisivas para reduzir suas emissões de gás carbônico, enquanto continua seu crescimento econômico e proporciona uma sociedade mais próspera e harmoniosa para seu povo", analisou Stern.

"A China será uma das nações mais afetadas de maneira adversa pela perigosa mudança climática. Evitar mudanças climáticas perigosas é, portanto, algo de muito interesse para a China", disse o professor Ottmar Edenhofer, autor do relatório, vice-diretor e economista chefe do Instituto Potsdam de Pesquisa do Impacto do Clima. "O estudo demonstra que a China pode combinar um alto crescimento econômico com as ambiciosas reduções de emissões. Esta é a razão pela qual a China tem potencial para se tornar um modelo para outras economias em transição", completou.

Going Clean recomenda a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, subsídios e que o carbono tenha um preço mais alto, seja através de um imposto sobre o carbono ou de um sistema global de limitar e negociar. "Com os preços baixos de hoje, os incentivos para uma transição de diminuição de carbono não são suficientemente fortes.

Mas isto pode mudar", previu o Dr. Fan Gang. O relatório demonstra ser tecnologicamente possível para a China alcançar o caminho para dois graus e estima que as economias provocadas pelo uso de menos energia e de outras atitudes eficientes compensarão parcialmente os custos da transformação. "Os países de alta renda respondem pela grande maioria das emissões globais hoje e precisam arcar com esta responsabilidade através de apoio financeiro para os países em desenvolvimento", disse

O professor Johan Rockstrom, diretor Executivo do Instituto do Meio Ambiente de Estocolmo. "Para tornar isto uma realidade, Going Clean propõe um novo mecanismo de financiamento internacional, o Plano Conjunto de Mitigação Entre Países -- como uma maneira mais eficiente e abrangente para financiar transferência de tecnologia", revelou.

"Os padrões de consumo e produção também precisam ser conduzidos para uma direção de recursos mais sustentáveis", afirmou Klas Eklund, autor do relatório e Economista Sênior do banco nórdico SEB. "Como um dos países mais populosos do mundo e um dos maiores emissores de gases estufa, o papel da China é crítico no combate à mudança climática global. Portanto, ferramentas econômicas efetivas para restringir as emissões são necessárias", acrescentou.

A mudança para uma economia com baixo índice de carbono atingirá as usinas de carvão e algumas indústrias pesadas, mas criará também novos 'empregos verdes'. No primeiro semestre de 2009, a China construiu mais turbinas eólicas do que os EUA. O transporte com baixo índice de carbono está crescendo -- atualmente há mais 50 milhões bicicletas e motocicletas elétricas no país, e a China está agora liderando a produção em massa de carros híbridos elétricos.

"Mesmo nestes tempos economicamente difíceis, uma ação pela mudança climática pode apresentar mais oportunidades do que custos", disse o professor Johan Rockstrom. "Esta transformação, para a China e para o resto do mundo, não será fácil. Mas é possível, necessária e vale a pena prosseguir", finalizou.

Chinese Economists 50 Forum é um grupo de economistas chineses baseado em Pequim para pesquisa colaborativa e discussão pública da economia da China. O Instituto do Meio Ambiente de Estocolmo é uma organização de pesquisa independente e sem fins lucrativos que faz a ponte entre a ciência e a política para um desenvolvimento sustentável. [ O relatório pode ser baixado do http://www.sei-international.org] | PR Newswire

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