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10/12/2009 - 10:47

Governo e setor privado se unem para valorizar produtos da biodiversidade brasileira

O grupo de trabalho criado terá a missão de apresentar propostas para agregar valor e promover a exploração sustentável da biodiversidade.

São Paulo– Representantes do Governo Federal, da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) e empresas ligadas à entidade criaram, no final de outubro, um grupo de trabalho. A intenção é estimular os investimentos no processamento de alimentos a partir de produtos primários provenientes do extrativismo, em especial a castanha do Brasil, o babaçu, o açaí, a andiroba, o buriti, a carnaúba, a copaíba e o pequi. Além disso, o grupo irá ordenar o uso de espécies nativas pelas indústrias de alimentação, farmacêuticas e cosméticos, informou o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade, lançado em 2009 pelo presidente Lula, e tem como uma de suas principais bandeiras o aproveitamento do enorme potencial da produção extrativista não-madeireira. Segundo dados do governo, atualmente o setor representa apenas 0,48% da produção primária nacional.

Para a indústria, dois são os motivos básicos que geram interesse: a grande possibilidade de expansão do mercado e a crescente demanda dos consumidores por produtos que contenham ingredientes naturais. Traduzindo em termos de negócios, isso representa maiores chances de lucro sustentável.

As comunidades de pequenos produtores, por sua vez, serão beneficiadas na medida em que haverá elevação de renda, melhoria da qualidade de vida e aquisição de know how para preservação do meio ambiente.

Para Cassiano Braccialli, gerente de Marketing e Vendas da Beraca, empresa nacional com mais de 50 anos de história e que há 10 atua na Amazônia, “o trabalho desenvolvido por nós é como uma espécie de link entre as comunidades extrativistas e o mercado. Porém, as pessoas têm dificuldade de enxergar o valor e o benefício que produtos com ingredientes da biodiversidade brasileira trazem para as comunidades envolvidas. E este é o desafio da indústria: mudar a visão dos consumidores”.

Na visão da ABIA, a criação do grupo de trabalho tem como objetivo apontar para o Governo Federal os “gargalos” que podem dificultar o desenvolvimento do projeto ao longo da cadeia produtiva. “Somos o elo de compra desses insumos. Se não existir qualidade e preço competitivo a indústria não compra e o investimento do governo junto às famílias extrativistas e cooperativas fica sem sentido”, afirma Mário Martins, diretor Executivo da entidade.

Segundo a diretora de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cláudia Calórico, será importante estreitar a relação com a iniciativa privada. “Queremos construir uma estratégia de aproximação com a indústria de alimentos e garantir vantagens para ambas as partes”.

Projetar no extrativismo uma boa possibilidade de geração de riqueza, tanto para as empresas alimentícias, que agora contam com um incentivo para utilizarem insumos provenientes da biodiversidade nacional, quanto para os consumidores de produtos naturais e comunidades extrativistas é o mote que norteará as ações do grupo.

Perfil da BERACA - A BERACA é uma empresa genuinamente brasileira e com mais de 50 anos de atuação em diferentes segmentos. Oferece ingredientes, produtos e serviços a diversos mercados, atuando em quatro divisões: Animal Nutrition & Health, Food Ingredients, Health & Personal Care e Water Technologies.

É considerada hoje uma das empresas que mais investe no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis no país. Em 2009, venceu o SEED Awards, prêmio de Empreendedorismo em Desenvolvimento Sustentável conferido pela ONU.

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