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16/05/2007 - 08:28

Ficando Verde... Não Espere que os Negócios Sejam os Mesmos, segundo o economista chefe do Scotiabank

Toronto - Respondendo a questões ambientais emergentes, os governos das maiores nações desenvolvidas estão mudando as diretrizes, impostos e subsídios para alcançarem metas ambiciosas de conservação de energia e ambientais de longo prazo, segundo afirmou o último e mais importante relatório da Scotia Economics, o Global Outlook, denominado Going Green... Don't Plan On Business As Usual (Ficando Verde... Não Espere que os Negócios Sejam os Mesmos).

"Essas ações políticas causarão um grande impacto na concorrência industrial e na performance econômica relativa entre as regiões", disse Warren Jestin, economista chefe do Scotiabank. Adaptar-se à queda na mudança climática, que pode ter a forma de uma seca severa e outras condições de tempo extremas, também têm custos enormes.

Até 2020, a União Européia (UE) pretende reduzir as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa (GHG) em até pelo menos 20 por cento dos níveis de 1990, obter 20 por cento da sua energia de fontes renováveis e ajustar 20 por cento do seu consumo de energia primário.

Alcançar essas metas será um grande desafio pois elas requerem investimentos privados e públicos maciços e a integração dos mercados de força da UE.

Nos Estados Unidos, o Presidente Bush dedica-se em reduzir o uso da gasolina nacional em 20 por cento durante a próxima década, uma meta também voltada em restringir a importação do petróleo que atualmente ultrapassa US$ 300 bilhões anualmente. Na ausência de alvos nacionais para a redução de emissões, a Califórnia e outros estados estão diminuindo os limites de emissão e exigindo o uso de fontes de energia alternativas tais como a energia eólica e solar.

O verde da agenda política está criando um grande interesse rapidamente também no Canadá. "Ottawa e as províncias estão estabelecendo novos alvos ambientais e revelando iniciativas de gastos de muitos bilhões de dólares", disse Jestin. O novo incentivo de depreciação acelerada federal para a compra de máquinas e equipamentos também irá ajudar os investimentos para eficiência de energia.

Jestin disse que, "Ottawa abriu a porta para contratos de equivalência que permitirão a cada província e território terem a sua própria agenda de ar limpo. Esta abordagem flexível reconhece tanto a cooperação sem igual necessária entre todos os níveis do governo como também com cada estrutura industrial diferente de cada jurisdição, antes do estabelecimento das diretrizes e recursos".

"Mas como Caco nos disse anos atrás, não é tão fácil assim ser verde", disse Jestin. Uma vasta gama de tecnologias e processos estão sendo defendidos para mitigarem o impacto ambiental, mesmo assim o caminho da inovação para implementação não é sempre fácil.

"Globalmente, o progresso significativo requer grandes ajustes em todos as nações. A China, a segunda maior produtora anual de emissões GHG depois dos Estados Unidos, Índia e muitas outras nações industriais emergentes dependem da geração de energia resultante da queima de carvão para ajudar a abastecer o seu crescimento rápido", disse Jestin. "Essas nações emergentes vão ter muita dificuldade para implementarem, sem dizer se vão ter condições financeiras de implementarem, os enormes gastos necessários para reduzir a intensidade da poluição e melhorar a eficiência da energia".

O potencial do Canadá como uma super potência de energia depende em desenvolver os seus próprios maciços recursos de petróleo não convencionais, principalmente em Alberta. À medida que a produção de areias oleosas aumenta, o investimento em nova tecnologia será necessário para limitar as relativamente altas emissões de GHG das suas extrações. Enquanto que um grande número de opções foram propostas para atenderem as demandas de energia substanciais de grandes desenvolvimentos de recursos, todas as alternativas carregam um preço alto de muitos bilhões de dólares.

Novos requisitos ambientais não são os únicos fatores alterando o panorama competitivo. A intensa concorrência global, o aumento do dólar canadense, altos preços de energia em uma base de longo prazo, o envelhecimento da geração baby boom (aumento da natalidade pós-guerra), complicam ainda mais o planejamento estratégico. Ao mesmo tempo, a agenda verde desencadeará enormes oportunidades corporativas e de trabalho.

Da perspectiva canadense, a tendência que está desacelerando gradualmente em atividade doméstica que surgiu nos meados de 2006 continuou na primeira parte de 2007. Este perfil econômico mais moderado deverá persistir, com a média do crescimento da produção de apenas 2,3 por cento neste ano e de 2,7 por cento em 2008. A diminuição das expectativas de crescimento continua focada no setor de manufatura, que está lutando contra uma concorrência internacional intensa e o aumento do dólar canadense nos últimos anos.

"Devido à moderação no crescimento dos Estados Unidos agora ocorrendo e o renovado fortalecimento do dólar canadense, outros cortes na produção e perdas de empregos nas fábricas devem ocorrer nos próximos meses", disse o Sr. Jestin. "Olhando para o futuro, entretanto, essas medidas para cortes de custos juntamente com um passo acelerado do investimento em negócios deverão eventualmente colocar o setor em uma condição mais estável. E deverão também diminuir a grande lacuna de performance existente entre as economias dominadas pelo setor de manufatura

Após três anos consecutivos de expansão robusta, o crescimento econômico real dos Estados Unidos deverá cair para uma média de cerca de 2,5 por cento durante os próximos dois anos à medida que a retração contínua do setor de construção coloca uma pressão maior nos gastos dos consumidores. O setor externo deverá oferecer apoio, entretanto, pois um enfraquecimento do dólar americano e uma forte e contínua demanda externa apontam para uma continuação nos aumentos dos volumes de exportação.

A região em desenvolvimento das Américas como um todo terá uma expansão econômica menor, porém mais sustentável. Os diferenciais de crescimento entre as economias com melhor desempenho e mais estáveis tal como o Brasil, Chile, México, Peru e Colômbia, e os países de grande crescimento de pós-crise como a Argentina e Venezuela, deverão diminuir.

O Ocidente da Europa está em uma média de trajetória de crescimento moderado de cerca de dois - 2,5 por cento até 2008. Porém, a combinação de maiores taxas de juros, um euro mais forte, crescimento menor em mercados estrangeiros e redução do déficit fiscal irão enfraquecer o índice de expansão.

O Japão está também no caminho certo de registrar um crescimento GDP moderado de cerca de 2 por cento. O ímpeto virá em grande parte de investimentos corporativos e comércio exterior, com o governo se mantendo focado em restringir as despesas e os lucros nos gastos dos consumidores continuarão fracos. O desenvolvimento da Ásia, liderado pela China e Índia, continuará nos primeiros lugares das tabelas de crescimento global.

Da perspectiva provincial, British Columbia deve se manter perto do topo do pacote de crescimento neste ano e no próximo, liderado por atividade no setor de construção. A expansão em grande escala das areias oleosas continuará a gerar crescimento em Alberta com o impulso no setor de construção passando para os setores não recursos e de serviços. A economia de Saskatchewan deverá crescer em quase três por cento neste ano e no próximo, beneficiada em parte pelo forte suporte do setor de mineração e do impacto causado pelo aumento da produção do biocombustível na América do Norte. Manitoba também verá um crescimento contínuo até 2008 principalmente devido a investimento público em infra-estrutura e também expansão da capacidade hidroelétrica e de energia gerada pelo vento.

As expansões em Ontário e Quebec deverão ficar atrás da média nacional em 2007 e 2008, pois os seus problemáticos setores de manufatura continuam a ser um peso na produção. Entretanto, os grandes setores de construção e serviços de Ontário ajudarão a manter a província indo em frente, enquanto que Quebec irá se beneficiar com investimentos ampliados de hidros.

A economia de New Brunswick terá o apoio de diversos projetos de construção relacionados com energia em andamento e pelo setor de mineração que está sendo impulsionado pela forte demanda global e pelos altos preços das commodities. A Nova Scotia irá também se beneficiar com um aumento de energia e da produção da mineração de metais. Newfoundland e Labrador deverão competir com Alberta para o primeiro lugar em crescimento em 2007 com a produção se recuperando nos setores de petróleo marítimo e mineração de metal. Prince Edward Island deverá provavelmente ficar atrás das outras províncias atlânticas devido à falta de grandes projetos de construção, apesar de a fabricação de alimentos e produtos aeroespaciais continuar ampliando.

Para ver o recente webcast de Warren Jestin, economista chefe do Scotiabank, e de Fred Ketchen, diretor de Comércio de Ações da ScotiaMcLeod, apresentando o Global Outlook, favor acessar www.scotiabank.com . O Global Outlook e outras publicações da Scotia Economics estão disponíveis no www.scotiabank.com e no Bloomberg no SCOE. | Por: PR Newswire

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