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12/01/2010 - 08:48

Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica apoia a criação de nove RPPNs no Rio de Janeiro

Aliança para a Conservação da Mata Atlântica apresenta resultado do VIII Edital do programa, mostrando como é possível o trabalho em RPPNs alinhando desenvolvimento sustentável e conservação.

O Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Mata Atlântica, coordenado pelas ONGs Conservação Internacional (CI-Brasil), Fundação SOS Mata Atlântica e The Nature Conservancy (TNC), apresenta o resultado de seu VIII Edital, que no estado do Rio de Janeiro beneficiou a criação de nove RPPNs, preservando mais de 841 hectares do Bioma. Ao todo, o edital destinará R$ 300 mil a 30 projetos de 10 estados que irão apoiar a criação de 31 novas RPPNs e os planos de negócios sustentáveis para de 11 reservas já existentes. “A proteção em terras privadas da Mata Atlântica é um fator crucial para a conservação da floresta, uma vez que, cerca de 80% do Bioma se encontra em propriedades particulares que contribuem para a ligação dos blocos de floresta que estão separados”, explica Mariana Machado, coordenadora do Programa. Os recursos são provenientes do Bradesco Cartões, Bradesco Capitalização e da Fundação Toyota do Brasil.

O Programa tem contribuído para aumentar em quase 50% o número de RPPNs no Bioma, mostrando, por um lado, o interesse de proprietários de terra com a conservação e, por outro, o grande potencial dessa categoria de Unidade de Conservação para fortalecer as políticas de proteção da Mata Atlântica. O edital abrange as RPPNs dos corredores da Serra do Mar, Central, Ecorregião Araucária, Nordeste e outras regiões. Estudos indicam que, se adequadamente manejados, as áreas naturais presentes nesses corredores podem, em conjunto, proteger 75% das espécies ameaçadas da Mata Atlântica.

As propriedades contempladas no edital por meio da criação das novas reservas devem proteger 2.447 hectares e as que realizarão negócios sustentáveis protegerão outros 2.447 hectares em RPPNs já existentes no Bioma mais ameaçado do País. “Após a criação e apoio aos negócios sustentáveis das reservas selecionadas, o Programa irá colaborar com a proteção de cerca de 5 mil hectares da Mata Atlântica. Isso é reflexo das 91 propostas que recebemos. O resultado do edital foi excelente”, reforça Mariana.

Neste edital, o Programa de Incentivo às RPPNs inovou mais uma vez ao passar a financiar projetos de elaboração de Planos de Negócios para a implementação de atividades econômicas sustentáveis em propriedades com RPPNs, como turismo sustentável, manufatura e comercialização de produtos da Mata Atlântica (alimentos, artesanatos, bebidas e objetos feitos à partir de recursos naturais locais), agricultura sustentável e produtos orgânicos, centros de formação e capacitação em assuntos ambientais, dentre outras. Com o apoio a essas atividades, o Programa visa reforçar o papel das RPPNs como promotoras do desenvolvimento local, pois agregam valor ao negócio, além de gerar oportunidades de trabalho para as comunidades do entorno das RPPNs. “Assim, o projeto alia conservação ambiental e geração de renda, contribuindo com a economia e desenvolvimento sustentável desses locais”, conclui Mariana.

O projeto contemplou a RPPN Estações 4x4 em Eng. Paulo Frontin; a RPPN dos Aymorés e a RPPN Sítio Peito de Pomba em Macaé; a RPPN Madeleine Colaço em Maricá; a RPPN Terra Verde em Paracambi; a RPPN Dois Peões em Resende e as RPPNs Chácara Bela Vista, Fazenda Glória e Fazenda Minas Gerais em Santa Maria Madalena.

Perfil da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica - A Aliança para a Conservação da Mata Atlântica nasceu em 1999, quando a Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservação Internacional (CI-Brasil) firmaram essa parceria como forma de aumentar a escala e potencializar suas atuações a favor do Bioma. A principal missão da Aliança é contribuir para o fortalecimento do sistema de áreas protegidas na Mata Atlântica, reverter a perda de biodiversidade e estabelecer uma estratégia de comunicação e educação que contribua com os desafios de conservação. Em 2006, a ONG The Nature Conservancy (TNC) passa a ser parceira da Aliança no Programa de RPPNs, expandindo as ações em favor das reservas particulares, aumentando a área abrangida originalmente, a escala de trabalho, os investimentos e resultados para a conservação da Mata Atlântica.

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