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13/03/2010 - 09:36

Governos devem liderar as ações para redução dos efeitos do aquecimento global, aponta pesquisa da PwC

Líderes empresariais entrevistados pela PricewaterhouseCoopers afirmam que a solução deve combinar penalidades e recompensas.

Os líderes empresariais esperam que os governos tomem à frente na implementação de ações para reduzir os efeitos do aquecimento global. De acordo com pesquisa da PricewaterhouseCoopers, eles acreditam na combinação de penalidades e recompensas como a melhor alternativa para a eficácia destes esforços.A pesquisa Appetite for Change – Fome de Mudança, em tradução livre, realizada pela PricewaterhouseCoopers em 15 países, incluindo o Brasil, traz um olhar mais preciso sobre a postura da comunidade empresarial em relação à regulamentação, legislação e taxas relativas às questões ambientais. Cerca de 700 executivos compartilham suas perspectivas sobre o impacto das mudanças climáticas, o papel do governo, os instrumentos de política ambiental e os ingredientes essenciais para um acordo eficaz.

Globalmente, 84% dos executivos admitem que, nos próximos dois ou três anos, as mudanças climáticas provocarão significativa mudanças na maneira de fazer negócios. Na França, esse número chega a 100% e fica acima dos 90% na África do Sul, no Reino Unido, no Canadá e na Austrália.

Quando questionados sobre a quem cabe liderar as iniciativas para provocar a mudança de comportamento em relação às alterações climáticas, quase a metade deles, 44%, atribui esta responsabilidade aos governos. No Reino Unido, China, Rússia, Canadá e Suécia essa posição ultrapassa 60% dos entrevistados. Nesse aspecto, chama atenção a posição dos líderes empresariais brasileiros: 44% acreditam que a responsabilidade deve ser compartilhada entre governos, empresas e cidadãos e apenas 20% a atribuem exclusivamente aos governos. Somente na Alemanha, o percentual dos executivos que defendem uma liderança compartilhada supera o do Brasil (50%).

Para a maioria dos entrevistados, a eficácia das medidas para redução do impacto sobre o meio ambiente depende de incentivos fiscais (86%) e regulação (83%). Conformidade (85%), reputação corporativa (74%), redução de custos (73%) e vantagem competitiva (67%) foram os aspectos mais citados como influenciadores do comportamento ambiental de uma organização.

A pesquisa revela ainda que 92% dos executivos são favoráveis à concessão de mais incentivos fiscais ambientais, mas 55% deles sentem que os atuais critérios de qualificação para recebê-los são muito complexos. Já 71% consideram que os incentivos fiscais vigentes não suficientes para promover uma mudança de comportamento nas organizações.

A recuperação do dinheiro arrecadado dos impostos e regulamentação ambientais direcionados para projetos verdes ou ambientais é visto como importante por 88%, mas apenas 31% acreditam que isso irá acontecer. A opinião é dividida no que se refere à melhor maneira de incentivar o comportamento ambiental responsável, com executivos europeus ligeiramente inclinados para o imposto sobre o carbono e seus colegas da América do Norte e BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) a favor de regimes de comércio relativos às emissões.

Claramente, como Copenhagen mostrou, a mudança climática está testando a habilidade dos líderes mundiais de desenvolver políticas ambientais eficazes por meio de consulta. Muitos, dentro e fora do governo, estão se sentindo frustrados diante do ritmo lento das negociações. | Andréia Vitório

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