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30/03/2010 - 08:34

Ambientalista propõe programa para ensinar sustentabilidade às crianças da Amazônia

Segundo dia de debates no Fórum Internacional de Sustentabilidade em Manaus discute práticas concretas de preservação.

Manaus– O ambientalista francês Jean-Michel Cousteau planeja implantar um programa educacional para os alunos da região da Amazônia que os ensine a preservar os ecossistemas da floresta. Cousteau participou do segundo dia de debates no Fórum Internacional de Sustentabilidade, evento promovido pela Seminars em Manaus, e que conta com a participação de 560 empresários.

Filho do consagrado oceanógrafo Jacques Cousteau, Jean-Michel acredita que o caminho seria a capacitação de professores. “Os americanos gostam de dizer ao resto do mundo o que eles devem fazer. Eu prefiro o diálogo e a busca por soluções conjuntas”, afirmou.

Para Jean-Michel Cousteau, a questão ambiental deve ser tratada como um negócio. “Tudo se resume a entender melhor como trabalha a natureza. É importante ver como hoje muitos dos tomadores de decisão em todo o mundo discutem os impactos ambientais de seus projetos. Não é apenas questão de salvar árvores, mas de preservar a Humanidade”, disse.

Na mesma linha, Anthony Anderson, especialista do Programa de Conservação da organização não-governamental WWF Brasil, propôs aos empresários que invistam em bolsas de estudos que promovam pesquisa e desenvolvimento de serviços ambientais na Amazônia.

Aloizio Mercadante - O senador Aloizio Mercadante, que também participou do debate, afirmou que parte das lideranças ruralistas no Congresso acha que as barreiras ambientalistas querem inibir competitividade da agropecuária brasileira. “Talvez eles tenham razão. Mas a resposta não é retroceder nas questões ambientais, mas combinar uma agricultura moderna com medidas que fortaleçam sustentabilidade. O retrocesso ambiental pode ser um tiro no pé”, disse o senador.

“A disputa da floresta é essencialmente econômica. Temos muitas fragilidades. A floresta tem um valor estratégico, um custo de oportunidade imediato não compete com a soja ou pecuária. Se não resolvermos esta equação, não adianta punir e fiscalizar. A história tem mostrado que não vamos manter a floresta.”

Mercadante também defendeu uma “reforma tributária verde”, com a desoneração de produtos ambientalmente saudáveis e a punição dos que tiverem maior impacto ambiental. “Também temos que oferecer mais crédito para quem investe em projetos sustentáveis, com taxas diferenciadas”, acrescentou o senador.

Além disso, o parlamentar petista defendeu a criação de um organismo internacional que trate do enfrentamento do aquecimento global. “Se criamos o Fundo Monetário Internacional após a Segunda Guerra Mundial, por que não uma agência global para o meio ambiente?”, questionou Mercadante.

No entanto, Mercadante se disse cético com relação ao financiamento de outros países. “Com os déficits acumulados pós-crise e o esforço fiscal que eles estão fazendo, não creio que estaria na pauta o financiamento de novas idéias. Mas a criação de um fundo internacional, que reunisse 1% do valor das importações, poderia nos gerar algo em torno de US$ 100 bilhões por ano, com impacto zero no comércio internacional.”

O superintendente da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, disse aos empresários presentes ao Fórum Internacional de Sustentabilidade que há um certo clima de desânimo por causa das expectativas frustradas após a reunião de Copenhagen, na Dinamarca, em dezembro do ano passado. “Houve uma percepção exagerada de fracasso. Houve avanços importantes. O fato de o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) ter entrado no texto final foi importantíssimo”, afirmou Viana. Justamente por causa do REDD, o superintendente defendeu a aprovação de marcos regulatórios ambientais. No caso do Brasil, o ideal seria que a aprovação ocorresse até o meio do ano “para superar a ressaca de Copenhagen”.

Perfil- A Seminars é uma empresa resultado da associação do Grupo Doria Associados, comandado por João Doria Jr., e a Maior Entretenimento, presidida por Sergio Waib, que faz parte do Grupo ABC. Tem como objetivo desenvolver o mercado de palestras, seminários e workshops nas áreas de negócios, política, economia e tecnologia. A Seminars organiza eventos – proprietários ou sob demanda – sempre com personalidades relevantes, nacionais e internacionais, que sejam autoridades em suas áreas de atuação. O primeiro realizado pela Seminars em novembro de 2009, contou com o ex-secretário geral da ONU e prêmio Nobel da Paz, Kofi Annan.

Grandes cabeças, com talento reconhecido e mentes inovadoras, são os principais indutores dos debates. Essa é a importância dos eventos que a Seminarscomeça a desenvolver. As palestras vão reunir pessoas que disseminam conhecimento, fortalecem o pensamento e alimentam a troca de experiências vencedoras. As soluções estimuladas pelos debates da Seminars estarão sempre alinhadas com os mais elevados princípios éticos de governança corporativa e pautadas por políticas de sustentabilidade e responsabilidade social.

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