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05/06/2010 - 09:38

Padarias capixabas desenvolvem ações ecologicamente corretas

Padarias capixabas estão dando aula de responsabilidade ambiental e são um exemplo a ser seguido por outros setores do comércio neste Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). É que elas vêm desenvolvendo, ao longo de todo o ano e por incentivo do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Espírito Santo (Sindipães), ações contínuas para minimizar os impactos no meio ambiente.

A Sonho de Arte, na Vila Rubim, criou a “Corrente Ecológica”, desenvolvida junto à comunidade local, reunindo moradores, escolas, creches e outras instituições em prol do meio ambiente. Desde novembro do ano passado, todos os meses, entre os dias 10 e 20, a padaria recolhe diversos materiais e encaminha para uma nova utilização. O pó de café é utilizado como adubo. Filtros de papel, garrafas PETs, caixas de leite, latas de alumínio e outros materiais recicláveis são enviados para artesãos locais e se transformam em obras de arte. Pilhas e baterias ganham destinação adequada e reduzem o risco de poluição ambiental.

“A padaria realiza, também, no dia 20 de cada mês, um evento na rua, em frente à padaria, com entrega de panfletos educativos, apresentações e teatro, conscientizando a população sobre a importância de retirar de circulação esse materiais que receberiam destinação incorreta”, destaca Penha Maria Cordeiro, bibliotecária da EMEF Mauro Braga, instituição parceira deste projeto.

Outro exemplo ambientalmente responsável é a sacola ecológica, lançada em 2008 em evento promovido pelo Sindicato, que retirou de circulação no mercado da Grande Vitória uma média de 1,5 milhão de sacolas feitas de polietileno. Algumas padarias, inclusive, aboliram totalmente o uso dessas embalagens consideradas um problema para a natureza e passaram a usar exclusivamente as opções ecológicas. Hoje, elas já são utilizadas por mais de 10% da população.

É o caso da padaria Pão & Companhia, localizada na Praia da Costa, Vila Velha, que criou alternativas para o uso da sacola plástica: passou a utilizar o pacote de papel e, ainda, contratou uma costureira para reaproveitar os sacos de trigo vazios, dando a eles formatos personalizados. Esse novo produto é revendido ao consumidor a preço de custo (R$ 1,50).

Segundo o proprietário da Pão & Companhia, Jaime Lorenção, a iniciativa de abolir as sacolas plásticas foi implantada há seis meses. “Antes, gastávamos mensalmente uma média de 20 mil unidades por mês. No começo, houve certa resistência por parte dos consumidores, mas a ideia logo foi aceita e apoiada por todo mundo”, afirma.

Derivado do petróleo, que é um recurso natural não renovável, o saco plástico, além de levar séculos para se decompor, gasta, em seu processo de produção, grande quantidade de água e energia. Gera, também, outro grande problema, pois, muitas vezes, é lançado no meio ambiente, poluindo rios e mares e ocasionando morte de peixes e tartarugas marinhas por ingestão.

Outra ação desenvolvida pelas padarias é o recolhimento do óleo de cozinha. A Panzzone, também na Praia da Costa, aderiu à campanha desde outubro de 2009 e chega a arrecadar cerca de 40 litros de óleo por mês. Esse material é coletado por uma empresa especializada no tratamento e reaproveitamento desse óleo, como biocombustível, na forma de biodiesel, na produção de sabões e detergentes e na indústria de cosméticos.

“Vemos que existe hoje grande interesse das pessoas com a questão ambiental. Nós temos consciência de nosso papel e também queremos fazer a nossa parte, sensibilizando cada vez mais um número maior de pessoas para essa causa”, destaca o gerente da Panzzone, Luiz Carlos Azevedo de Almeida.

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