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09/06/2010 - 08:32

O lixo vira luxo

Empresas que adotam o perfil ecologicamente correto são reconhecidas pelas suas iniciativas e por manter a qualidade de seus produtos. A reciclagem de lâmpadas fluorescentes está entre os processos sustentáveis.

São Paulo – Há muito se ouve sobre a necessidade de conscientizar as pessoas e as empresas para o pedido de socorro que emerge da natureza. Hoje, o conceito de reciclagem não se limita mais à simples separação de lixo. Em vez disso, uma nova visão empreendedora toma conta das discussões produtivas e sustentáveis, além do processo que o mundo se encontra de reeducação ambiental. A renovação nos conceitos de lucratividade e o desempenho consciente têm andado em paralelo e fazem parte de discursos político e da abordagem da mídia em geral.

Como forma de regulamentar e incentivar as empresas, alguns órgãos em defesa do meio ambiente desenvolveram listas como o Guide to Greener Electronics (Guia dos Eletrônicos Verdes), do Greenpeace. Para tanto, companhias mundo afora têm lutado para garantir seu espaço de notoriedade e participam de uma “saudável” disputa para serem os melhores negócios ecologicamente corretos, sem perder o padrão de qualidade e aceitação no mercado. Dentre os requisitos para uma empresa ganhar espaço neste cenário estão a capacidade de “limpar” os seus produtos, ou seja, produzi-los sem utilizar materiais químicos nocivos à saúde; reutilizar e reciclar; além de reduzir o impacto ambiental na produção e logística. Dentro deste contexto, empreendimentos brasileiros despontam como inovadores e referências na produção sustentável.

A Lepri, especializada em pisos e revestimentos cerâmicos, é um desses empreendimentos pioneiros em transformar materiais descartáveis em peças luxuosas, apresentando em 2005 sua linha de produtos sustentáveis. Para o presidente da empresa, José Lepri, “em 2010, que é o Ano Internacional da Biodiversidade, o objetivo é fazer a linha de produtos sustentáveis crescer, amenizando ainda mais o impacto ambiental”. A fabricante diminuiu o uso de matéria prima natural, como argila, madeira e o gás natural. Além disso, desenvolveu processos de produção que diminuem o uso de energia e outros que descartam a utilização de água.

Outra possibilidade encontrada pela Lepri é a de criar peças de cerâmicas que são idênticas à madeira. Para isso, esses produtos são criados a partir da reciclagem de lâmpadas fluorescentes. Vale ressaltar que, se não for retirado da natureza, o mercúrio metálico desse material contaminaria o solo e o vidro dessas lâmpadas demoraria 200 anos para se decompor. Desta forma, é possível compreender a importância da responsabilidade socioambiental por parte das empresas.

As adaptações nas linhas de produção e a renovação da responsabilidade social corporativa beneficiam não só a natureza, mas também geram lucro. Segundo José Lepri, nos dias atuais, a valorização do bem-estar do planeta é fundamental para o sucesso de um negócio. “Por meio de processos produtivos mais ecológicos, iniciamos uma tendência no país que, se depender de nós, deixará de ser tendência para fazer parte de vez da nossa cultura”, afirma o empreendedor. De acordo com uma pesquisa dos institutos Market Analysis e Akatu, 34% das pessoas em países ricos afirmam priorizar suas compras em empresas ambientalmente responsáveis. O brasileiro, neste quesito, ainda está aprendendo, já que apenas 12% dos cidadãos procuram saber a procedência dos produtos que consomem. Portanto, o objetivo das pessoas e das fabricantes, ao redor do mundo, deve se reforçar ao longo dos anos: preservar o meio ambiente com atitudes criativas e inovadoras.

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