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17/06/2010 - 08:34

Agricultura reduz aquecimento desde 1965, aponta Andef

Estudo já anunciava, nove anos atrás, a contribuição da agricultura, afirma Eduardo Daher, diretor-executivo da Andef. O uso de tecnologias poupou 17 bilhões de toneladas de carbono entre 1965 e 1995.

Não deveria causar a reação observada, entre as entidades ambientalistas, o estudo segundo o qual a agricultura com maior uso de tecnologia contribuir para reduzir o aquecimento global. A polêmica foi reacesa pelo trabalho divulgado nesta terça-feira, 15, pela Academia de Ciências dos Estados Unidos. "Este novo trabalho é importante para desfazer certos mitos contrários à agricultura mas, segundo os cientistas que acompanham de longa data essa linha de pesquisa, o resultado não chega a ser uma novidade", afirma Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal, citando outro trabalho, divulgado em 2001, durante a Conferência Sobre Mudança Climática Mundial, na Holanda.

Eduardo Daher participa, em São Luís (MA), do Seminário Nacional de Agrotóxicos, que termina nesta quinta-feira, 17. Após sua palestra, comentou o estudo divulgado esta semana, pela revista americana PNAS, da Academia de Ciências dos Estados Unidos. O diretor-executivo da Andef - associação que reúne as empresas de Pesquisa e Desenvolvimento de defensivos agrícolas no Brasil - cita o estudo que ganhou destaque durante a Conferência Sobre Mudança Climática, na Holanda, que em julho de 2001. Realizado, entre outros cientistas, por Louis Verchot, membro do ICRAF, centro internacional de pesquisas agroflorestais, baseado no Quênia, o trabalho concluiu que o cultivo intensivo pode salvar bilhões de toneladas de carbono.

"O estudo calculou que mais de 400 milhões de hectares de floresta e pastagens de cerrados foram salvos do arado, além de outros benefícios", relata Eduardo Daher, acrescentando que a reportagem foi publicada, na época, pela revista New Scientist. A intensificação do uso de tecnologias na agricultura salvou o equivalente a 17,7 bilhões de toneladas de carbono entre 1965 e 1995, relataram os pesquisadores.

O novo estudo científico - De acordo com Eduardo Daher, o estudo publicado na PNAS, nesta semana, confirma a contribuição da adoção de novas tecnologias na agricultura para a redução do aquecimento global. Este trabalho recente, conduzido por cientistas sob a coordenação de Jennifer Burney, da Instituição Carnegie de Washington, Califórnia, afirma que tecnologias como fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes híbridas de alto rendimento salvaram o planeta de uma dose extra de aquecimento.

As emissões foram reduzidas porque as novas tecnologias aumentaram o rendimento das plantações. Isso significa que mais alimento pode ser produzido sem a necessidade de cortar grandes áreas florestais.

"Este trabalho é fundamental porque recoloca a Ciência no centro dos debates que procuram entender as possíveis causas do aquecimento global", afirma o diretor da Andef. "Ao mesmo tempo, tem o mérito de mostrar como a agricultura competitiva, por meio do uso de novas tecnologias, tem sido injustamente acusada."

A Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), reúne as empresas que pesquisam, desenvolvem e produzem novos ingredientes ativos de defensivos agrícolas. Nos laboratórios dessas indústrias, nas últimas décadas, tem se desenvolvido os produtos fitossanitários que agregam marca expressiva à competitividade exibida pela agricultura brasileira. São elas: Arysta LifeScience, Basf, Bayer CropScience, Chemtura, Dow Agrosciences, DuPont, FMC do Brasil, Iharabras, Isagro Brasil, ISK Biosciences, Monsanto, Nisso Brasileira, Sipcam Isagro Brasil, Sumitomo Chemical e Syngenta. [www.andef.com.br].

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