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17/06/2010 - 08:39

Household 2010

Especialista espanhol trata da biodegradabilidade de tensoativos em produtos de limpeza.

Entre os objetivos da palestra “O LAS: Sua Biodegradabilidade e Qualidades Ambientais” está o de eliminar os equívocos na associação entre a presença de espumas nas águas dos rios e o uso de produtos de limpeza, essenciais para a saúde e higiene da população.

A geração de espumas nas águas dos rios – equivocada e diretamente associada aos produtos de limpeza, especialmente aos detergentes – será um dos temas abordados durante a Household Autocare 2010. O tema será abordado pelo especialista Ignácio Lopez Serrano, da Deten/Cepsa Química, uma das empresas associadas à Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla) e maior produtor mundial de LAB (Linear Alquibenzeno), matéria-prima básica do LAS (Linear Alquibenzeno Sulfonato de Sódio), que é o tensoativo aniônico mais usado nos detergentes domésticos. Químico com Mestrado em Engenharia e Gestão Ambiental, Lopez atua há 10 anos na área de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa. O especialista tratará da compatibilidade ambiental do LAS e sua capacidade de biodegradação rápida e completa.

A formação de espumas no processo de lavagem de roupas e louças se deve à presença de tensoativos (surfactantes), que são as substâncias responsáveis pela remoção da sujeira. Por desconhecimento, a opinião pública costuma relacionar os grandes blocos de espuma que se formam nas águas aos resíduos de detergente lançados nos rios. Isso se deve à propriedade dos detergentes de produzir espumas, uma de suas mais evidentes características. No entanto, desde a década de 70 a biodegradabilidade dos tensoativos mais utilizados nos produtos é obrigatória por lei. Segundo o especialista, não há produção de espumas nas águas proveniente de detergentes domésticos desde que foi adotado o uso de tensoativos aniônicos biodegradáveis na formulação do produto.

Inclusive, há diversos estudos na literatura científica mundial sobre a avaliação ambiental do LAS, certificando que seu processo de biodegradação é tão rápido, que de 30% a 40% do LAS não chega às estações de tratamento. “De fato, o LAS é decomposto no caminho entre a máquina de lavar e a estação de tratamento de esgoto”, lembra Maria Eugenia Proença Saldanha, diretora executiva da Abipla.

Uma avaliação elaborada em 2006 pela Cepsa Química, com base no estudo de monitoramento do Rio Tietê realizado pela CETESB, indicou que os níveis de LAS detectados nas águas são normais para uma água não tratada, como é o caso do Rio Tietê. Portanto, há um equívoco na associação entre a presença de espumas nas águas dos rios e o uso de produtos de limpeza, essenciais para a saúde e higiene da população. Segundo Ignácio Lopes, para eliminar o problema de formação de espuma no Rio Tietê, a solução passa pela implantação de um plano de saneamento integral para reduzir os níveis de contaminação nas águas.

“O LAS: Sua Biodegradabilidade e Qualidades Ambientais”, no dia 17 de junho (quinta-feira), às 11h30, no Household Autocare 2010 - Centro de Convenções Frei Caneca, Rua Frei Caneca, 569 – Consolação] *A apresentação em espanhol terá tradução simultânea para português.

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