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06/10/2010 - 07:53

Fundação Fritz Müller planta mudas de árvores para neutralizar 11,94 toneladas de carbono gerado durante evento do PAEX


(esq./dir.) Rafael Spredeman (filho de Lindomar Spredeman), Janete de Amorim Bachmann, diretora Executiva da Fundação Fritz Müller; Beate Frank, secretária Executiva do Comitê do Itajaí e coordenadora do Projeto Piava; o agricultor Lindomar Spredeman, e a ecóloga Ana Lúcia Bittencourt, representando o Departamento Agropecuário da Prefeitura Municipal de Presidente Getúlio

A Fundação Fritz Müller realizou no dia 02 de outubro (sábado), o plantio de algumas mudas de árvores, simbolizando a neutralização do carbono do último Seminário Anual Parceiros para Excelência 2010 (Paex), ocorrido em Balneário Camboriú, em julho. Foi fixada também uma placa firmando o compromisso da fundação em manter o projeto por 15 anos, sem mexer na área de mil metros quadrados utilizadas para o projeto. Foram plantadas, em 2007, 110 mudas de espécies diferentes neste espaço, para serem usadas na neutralização de carbono na propriedade do agricultor Lindomar Spredemann, em Presidente Getúlio.

Com o plantio feito no último sábado, serão neutralizadas 11,94 toneladas de CO² gerados no percurso percorrido pelos participantes do local de origem até o Hotel Recanto das Águas, durante o Seminário Anual Parceiros para Excelência 2010 (Paex). Cada participante emitiu em média 0,017 toneladas de CO² para participar do seminário. Considerando todas as emissões durante o evento, esse índice passa para 0,023 toneladas de CO² por participante. Pela iniciativa, a Fundação Fritz Müller recebeu o selo Piava da Fundação Agência de Água do Vale do Itajaí.

Durante o plantio das árvores, entidades e profissionais representativos estiveram presentes. Entre eles, a diretora Executiva da Fundação Fritz Müller, Janete de Amorim Bachmann, e demais funcionários da entidade; membros da Fundação Agência da Água do Vale do Itajaí (Projeto Piava) - entre eles a secretária Executiva do Comitê do Itajaí e coordenadora do Projeto Piava, professora Beate Frank -; representando o Departamento Agropecuário da Prefeitura Municipal de Presidente Getúlio, a ecóloga Ana Lúcia Bittencourt; funcionários do Frigorífico Pamplona.

De acordo com o Projeto Piava, a propriedade do agricultor Lindomar Spredeman foi a primeira área a iniciar a recuperação no município de Presidente Getúlio, em 2005. Na época, foram plantadas quase 2.000 mudas, sendo que araçá e aroeira foram as que mais deram certo na propriedade. O Projeto Piava também se preocupa em plantar espécies que auxiliem os produtores de alguma forma, seja econômica ou a favor da biodiversidade. “Qualquer planta, a partir do momento que começa a crescer, já incorpora carbono”, informa Sheila Ghoddosi, do Comitê do Itajaí/Agência de Água.

A propriedade de Lindomar Spredeman possui 24,5 hectares de área, sendo 1,2 hectare de área recuperada até o momento. Na propriedade, existem sete nascentes e uma cisterna - reservatório de água. Além disso, existem mais de 100 quilos de palmito crescendo.

“Eu tenho orgulho de ter uma área dessas. É muito importante para as outras gerações terem uma vida saudável e água limpa”, diz Lindomar Spredeman.

O agricultor Lindomar Spredeman é um dos defensores do Meio Ambiente em Presidente Getúlio. Além da área para neutralização de carbono, ele também possui duas áreas de recuperação de Mata Ciliar e a criação de 15 espécies de abelhas africanas para a proteção da biodiversidade.

Carbono - Com o objetivo de reduzir o impacto da emissão de gases nocivos na natureza é que algumas empresas, fundações e organizadores de eventos têm trabalhado em projetos de neutralização do carbono. Em parceria com o Projeto Piava, da Furb, a Fundação Fritz Müller fez a coleta de dados, através de formulários anexados à inscrição, e estabeleceu toda a metodologia a ser usada. A neutralização é uma forma de compensá-la por meio de processos que reabsorvem o CO². A recuperação de florestas é um deles, pois, à medida que as plantas se desenvolvem, incorporam o CO² da atmosfera através da fotossíntese.

O volume total de emissão de carbono durante o trajeto dos participantes representou a necessidade de plantar árvores nativas em uma extensão de mil metros quadrados. A quantidade de CO² incorporada varia de acordo com as espécies de plantas. Estudos apontam que no Bioma Mata Atlântica a média aproximada de CO² incorporado, por espécie arbórea, é de cinco toneladas por hectare, ao longo da vida de uma árvore que em média é de 15 anos. Como resultado, um hectare de floresta do Bioma Mata Atlântica absorve aproximadamente 176,2 toneladas de CO².

A coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social da Fundação Fritz Müller, Graziele Balestieri, explica que o projeto de neutralização de carbono não se extingue com o plantio das mudas. Durante 15 anos o Selo Piava acompanha o crescimento da muda e a fundação contribui com um valor monetário, que é repassado ao proprietário da área de plantio, para manutenção do projeto. Graziele explica que a quantidade de emissão foi menor do que o esperado, em virtude do tamanho do evento, porque 1/3 dos participantes utilizaram o álcool como principal combustível.

É notório que o clima mundial está sendo alterado e se aquece cada vez mais. A grande problemática do aquecimento global está relacionada ao excesso da quantidade de gases de efeito estufa existentes em nossa atmosfera, pelos quais os humanos são responsáveis. Cada pessoa diariamente é responsável pela emissão desses gases, desde o simples ato de respirar, dirigir um automóvel, cozinhar, consumir energia elétrica até a produção do lixo.

A fim de mitigar as mudanças climáticas, em 1997, foi acordado o Protocolo de Kyoto, o qual prevê que os países industrializados possuem a meta de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 5%, em média, em relação aos níveis verificados no ano de 1990, no período compreendido entre 2008 e 2012, primeiro período do compromisso.

Apesar do Brasil ainda não possuir meta para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, verifica-se que é o quarto país no ranking dos que mais liberam esses gases, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Rússia. Logo, o Brasil não só pode, mas deve contribuir no combate ao aquecimento global.

Selo Piava - O Selo Piava de Neutralização de Carbono (Selo Piava) é uma concessão a organizações que neutralizam suas emissões de carbono investindo na recuperação de matas ciliares em nascentes e margens de rios na bacia do Itajaí. Dessa forma, essas organizações públicas ou privadas apoiam os municípios que instituíram o Programa Municipal de Conservação e Recuperação de Matas Ciliares. [www.ffmblu.com.br]

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