Chimpanzé resgatado no Líbano voa de Emirates Airline para santuário em Curitiba

São Paulo - A Emirates Airline e seu braço responsável pelo transporte de cargas, a SkyCargo, utilizam mais uma vez sua expertise em transporte de animais silvestres e participam do resgate do chimpanzé Omega, um espécime de 12 anos de idade resgatado em um zoológico no Líbano e enviado a um santuário para animais no Brasil, em Curitiba. A Instituição Animals Lebanon foi informada sobre o chimpanzé em abril de 2010, e conseguiu atingir seu objetivo de fechar o zoológico e enviar os animais a santuários diversos, em todo o mundo.

A história do chimpanzé Omega teve um início triste. Ela se inicia em um restaurante no Líbano, onde trabalhou por dois anos servindo narguiles a seus clientes. Ao atingir uma idade mais avançada e, com isso, ficar mais difícil de ser controlado, Omega foi enviado a um zoológico clandestino, onde ficou por mais oito anos recluso em uma cela solitária.

Localizado na vila de Ansar, o zoológico foi construído no que antes era um campo de concentração durante a guerra civil libanesa. O próprio dono já reconheceu que os animais não eram mantidos em condições apropriadas de higiene e saúde e concordou em doar todos os animais. A Animals Lebanon, em conjunto com a Emirates Ailine, decidiu então enviar Omega para um fim de vida agradável, em um santuário brasileiro reconhecido por sua expertise em chimpanzés.

Para Dave Gould, Vice Presidente Senior de Operações da SkyCargo, o transporte de animais requer alto grau de cuidado. "Aceitamos fazer o transporte do chimpanzé do Líbano para São Paulo por conta de nossa expertise nesse tipo de serviço. Uma operação como esta precisa da cooperação de nada menos que todos os envolvidos - desde o time da Animals Lebanon ao piloto da aeronave, passando pelas autoridades de carga. Foi uma junção de forças e estamos muito orgulhosos do papel que desempenhamos ao entregar Omega em sua nova casa".

"Ainda não existe uma licença ou regulamentação para zoológicos no Líbano", diz Lana El-Khalil, Presidente da Animals Lebanon. "Este é o terceiro zoológico que trabalhamos para fechar, e até que os remanescentes atinjam o padrão internacional em tratamento de seus animais a Animal Lebanon continuará sua campanha para aumentar drasticamente as condições encontradas no tratamento diário que estes animais recebem". O santuário animal em Curitiba concordou em receber Omega, enquanto que a hiena, babuínos e outros animais do zoológico foram mandados para outros santuários no Líbano e outros locais internacionais.

Chimpanzés e outros animais de vida selvagem continuam a ser contrabandeados para dentro e para for a do Líbano, e recentemente foram encontrados espécimes em postos de gasolina, restaurantes e em coleções privadas de animais.

O Líbano é um dos poucos países que ainda não se juntaram à Convenção Internacional de Tratamento das Espécies, o mais importante órgão de proteção aos animais selvagens no mundo. | Interamericanetwork