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09/12/2010 - 10:01

BNDES aprova mais dois projetos do Fundo Amazônia, no total de R$ 13 milhões

O BNDES aprovou dois projetos de apoio financeiro no âmbito do Fundo Amazônia. Um deles, no valor de R$ 8,4 milhões, visa à criação do Museu da Amazônia (Musa), em Manaus (AM), destinado à valorização e conservação dos recursos naturais da região e de seu patrimônio cultural. O outro, de R$ 4,6 milhões, destina recursos para a Fundação de Apoio Institucional Muraki, vinculada à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), promover o mapeamento social de 27 comunidades do Bioma Amazônia e o fortalecimento de uma rede de pesquisa envolvida no projeto.

Projeto inédito, o Musa – uma associação civil sem fins lucrativos – promoverá modelo inovador de visitação da floresta e de disseminação do conhecimento sobre a região. Ele será uma espécie de “museu vivo” da sociobiodiversidade, embasado nos conhecimentos adquiridos pelos pesquisadores das instituições científicas brasileiras e internacionais que realizam pesquisas na bacia amazônica. A proposta do Musa é oferecer ao visitante experiências que permitam entrar em contato com a complexidade da diversidade biológica e sociocultural da Amazônia.

O projeto do Musa inclui um complexo de pavilhões, tanques, trilhas, passarelas suspensas, estações e torres de observação da floresta. Ele interligará uma área de aproximadamente 30 hectares da reserva florestal Adolpho Ducke às atuais instalações do Jardim Botânico da cidade de Manaus.

Como parte integrante do conceito de “museu vivo”, o Musa instalará um centro de treinamento e de capacitação para geração de alternativas econômicas baseadas no uso sustentável do Bioma Amazônia. O centro de treinamento será implantado em área de assentamento do Incra, de forma a criar um modelo demonstrativo de atividades econômicas que valorizem a “floresta em pé”, com possibilidade de geração de renda e de melhoria das condições sociais.

Muraki – Já o projeto Nova Cartografia na Amazônia, proposto pela Fundação de Apoio Institucional Muraki e que será desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pretende retratar a realidade de comunidades da Amazônia através de uma metodologia de trabalho participativa: o mapeamento social.

O mapeamento desses povos, também denominado “mapeamento comunitário participativo”, “estudos de ocupação e uso da terra” ou “cartografia social”, contribuirá para ampliar o conhecimento nativo das formas tradicionais de uso sustentável dos recursos naturais.

A principal característica do processo é a elaboração de mapas visando destacar as atividades econômicas desenvolvidas na região, as características sobre o uso dos recursos naturais e as formas de organização social da comunidade. Além da rede de pesquisadores, o trabalho de construção dos mapas contará com a participação ativa de membros da comunidade em questão.

Dessa forma, o projeto trata da construção de um instrumento dinâmico de gestão territorial e de preservação dos recursos essenciais à sustentabilidade dos povos e comunidades tradicionais. Os mapas contribuirão para o desenvolvimento de estratégias para que as comunidades possam proteger seus territórios contra a devastação.

O projeto envolverá diretamente cerca de 810 moradores das comunidades, que serão capacitados nas oficinas de mapa; 70 pesquisadores, que realizarão trabalho de campo; e 1.100 pessoas participantes dos chamados eventos integradores. No processo de capacitação, os membros da comunidade terão cursos sobre legislação ambiental e direitos territoriais de povos e comunidades tradicionais, além de conhecimento sobre convenções internacionais.

Entre os méritos do projeto, destacam-se a aproximação entre universidade e sociedade; a ampliação dos conhecimentos da comunidade em relação ao seu território; e a possibilidade de geração de externalidades positivas, como acordos de pesca, criação de unidades de conservação e reconhecimento de direitos e deveres das comunidades.

Fundo Amazônia – Com as novas aprovações, o total de projetos já aprovados pelo Fundo Amazônia chega a 13, no valor de R$ 189 milhões. Os projetos, que em linhas gerais visam à contenção do desmatamento na Floresta Amazônica, abrangem uma área superior à da Alemanha e à do Reino Unido juntas. As iniciativas estão sendo realizadas em sete Estados da região, envolvendo mais de 200 municípios e beneficiando populações tradicionais – como ribeirinhos, indígenas e quilombolas, povos que habitam a floresta e dela tiram seu sustento.

Os projetos têm abordagens distintas, mas com ações que contribuem direta ou indiretamente para reduzir a emissão de CO2, decorrente da degradação e do desmatamento. Entre seus objetivos, estão a regularização fundiária e o diagnóstico ambiental, a recuperação de áreas desmatadas, o fomento a cadeias ambientais florestais, o incentivo técnico e o pagamento por serviços ambientais, sempre em linha com as políticas públicas de gestão ambiental.

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