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08/01/2011 - 04:27

ITPA: 13 anos

“Nesta sexta-feira [07 de janeiro] de 2011, o ITPA completa treze anos de vida com muitas histórias a contar. Parabéns!

O relógio apontava 21h30 do dia 07 de janeiro de 1998. Enquanto o calendário percorria lentamente o primeiro mês do ano em que, supostamente, conquistaríamos o pentacampeonato mundial de futebol na França (o resultado daquela final ainda refresca as nossas memórias sem o menor pudor; convenhamos que pular esta parte é o melhor a se fazer), alguns dos mais sinceros sorrisos se espalhavam por Miguel Pereira, pequena cidade no interior do Rio de Janeiro. Naquele exato minuto, perto da hora em que os adolescentes devem ir para a cama no período letivo (ainda bem que eram as férias de verão!), um jovem menino de 15 anos fundava com Calico (seu pai), Daltro e Leonardo (dois amigos de infância) a sua primeira organização não-governamental: o ITPA – Instituto Terra de Preservação Ambiental

Sonho de garoto realizado, ainda garoto. Incomum, é verdade, mas talvez nem tanto para um menino que até os 9 anos de idade era existencialmente urbano (morador de um prédio de muitos andares na Tijuca), porém naturalmente socioambientalista. Conceito, aliás, que incorporou com maior sabedoria aos 14 anos, durante uma viagem para a Amazônia e Cuba. À época, o ranço do grande centro urbano já tinha ficado para trás há meia década, quando a família se mudou para uma casa, literalmente, no meio do mato de Miguel Pereira. Foi na maior floresta tropical do planeta que Maurício Ruiz, na companhia de Calico, conheceu o poeta Thiago de Mello – e mudou para sempre a sua trajetória.

Se no começo o ITPA contava com a ajuda apenas de voluntários, hoje a equipe passa dos 50 funcionários contratados em regime de CLT, entre áreas administrativas, técnicas, de comunicação e trabalhadores rurais. Enquanto nos primeiros anos a entidade era mantida somente nos finais de semana, quando Maurício reunia os fundadores e amigos para manifestações contra desmatamentos na Reserva Biológica do Tinguá, atualmente ela usa os sábados e domingos para desligar seus motores (movidos, claro, a base de muito hidrogênio e energia solar). Afinal, de segunda a sexta, há muito a fazer.

Com treze anos de vida, o ITPA tem quase a idade que seu mentor e atual secretário-executivo tinha em 1998. Ao longo desse tempo, muita coisa mudou. O Rio de Janeiro viveu as emoções da terceira edição do Rock in Rio, e aguarda a quarta este ano; o Brasil, finalmente, foi pentacampeão do mundo de futebol no Japão e na Coréia; o Protocolo de Quioto foi ratificado e entrou em vigor em fevereiro de 2005; o meio ambiente passou a ser um assunto pertinente para as redações dos grandes jornais (mas ainda falta) e para os governos (mas ainda falta muito!); inúmeras espécies da fauna e da flora foram descobertas pela ciência; outras tantas foram extintas.

E, se o mundo muda, não é o ITPA que vai ficar parado. Ao longo das últimas treze primaveras, o que era uma ONG pequena se transformou em uma das maiores com sede no estado do Rio de Janeiro e foco na conservação ambiental. Até hoje, mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica, uma das florestas mais ricas e ameaçadas do planeta, foram restaurados ou conservados graças às ações diretas da entidade. Preocupada com a importância da conexão de fragmentos e, ao mesmo tempo, geração de trabalho e renda, a equipe do Instituto delimitou uma área principal de atuação: o Corredor de Biodiversidade Tinguá-Bocaina, ponto que vai desde a Reserva Biológica do Tinguá até o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Trata-se do trecho de ruptura mais crítico do bioma.

Através de projetos que se dividem entre os três pilares fundamentais da sociedade (social, econômico e ambiental) o ITPA construiu uma rede de parceiros do mais alto nível e ajudou a melhorar o equilibro ecológico da região em que atua. Ações locais fazem, sim, a diferença global.

Esperamos que, nos próximos 13 anos, continuemos alcançando resultados positivos para o meio ambiente e toda a sociedade, com a ajuda de todos os nossos parceiros e amigos.

Hoje, início do primeiro ano de adolescência do Instituto Terra de Preservação Ambiental, só há mais uma última palavra a dizer: Obrigado! “, diz a nota.

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