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19/07/2007 - 13:42

CESP aprova revestimentos da Renner para combate ao mexilhão dourado


Após estudos e testes realizados durante dois anos a Companhia Energética de São Paulo (CESP) aprovou três revestimentos desenvolvidos pela Renner Herrmann S.A. com a função de combater a incrustação do mexilhão dourado em suas instalações. Os testes foram feitos com base em acordo de cooperação técnica firmado entre as duas empresas. Os revestimentos aprovados pela CESP são Revran GM 878, Revran GM COB 878 e Revran GM EXI 878, considerados "eficazes e eficientes no combate à incrustação do mexilhão dourado", conforme carta assinada pelo diretor de Geração Oeste da CESP, Silvio Roberto Areco Gomes.

O objetivo da CESP e da Renner com esse acordo é criar revestimentos que impeçam a fixação do mexilhão dourado nos equipamentos das usinas, reduzindo impactos econômicos e ambientais causados por essa espécie invasora.

Aplicação em grades e corpos de prova - Os revestimentos desenvolvidos pela Renner exclusivamente para a CESP foram aplicados em 2004 em corpos de prova de acrílico e em cruzetas de metal, estas com quatro esquemas de pintura diferentes. Foram aplicados também nas grades da tomada d'água da unidade geradora 2 da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera). A Renner especificou os esquemas de pintura para as aplicações.

Durante os dois anos do teste os corpos de prova e as grades passaram por inspeções visuais feitas pela equipe de mergulhadores da CESP, com a participação de especialistas de várias áreas da CESP. Ao final do período de testes, as grades da unidade geradora foram retiradas. Nas áreas pintadas com os três revestimentos aprovados pela CESP não havia incrustação de mexilhões dourados ou algas.

O mexilhão - O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco de água doce que vive naturalmente nos rios da China e do Sudoeste da Ásia. Foi introduzido acidentalmente na América do Sul há mais de 10 anos por meio da água de lastro de navios mercantes descarregada nos portos argentinos no rio da Prata. Atualmente, está presente nos rios Guaíba, Paraguai e Paraná, e mesmo na região do Pantanal. Tem grande capacidade de incrustação, rápida taxa de crescimento e grande força reprodutiva. Os maiores agentes de dispersão do mexilhão dourado têm sido a navegação e o transporte de barcos por rodovias.

Os principais problemas causados pelo mexilhão são obstrução de tubulações de captação de água; obstrução de filtros e sistemas industriais e de usinas hidrelétricas; danos a motores e embarcações; alterações nas rotinas de pesca tradicionais da população, e alteração nos ecossistemas aquáticos.

Força-Tarefa - O governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, instituiu em 2004 uma Força-Tarefa Nacional para implementação do Plano de Ação Emergencial para o Controle do Mexilhão Dourado. O objetivo final é a prevenção, buscando-se controlar a transposição do mexilhão dourado para bacias hidrográficas ainda não atingidas. Coube à CESP, por solicitação da Força-Tarefa Nacional, coordenar os trabalhos na Região do Alto Paraná. | Foto: Inspeção visual feita em grade de tomada d'água que recebeu revestimento durante estudos da CESP e da Renner

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