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23/03/2011 - 10:48

Site do Projeto Baía de Guanabara já está no ar

Dados inéditos de temperatura, velocidade e trajetória das correntes marinhas superficiais da Baía de Guanabara são revelados. Modelos em desenvolvimento pela UFRJ anteciparão ventos e correntes marinhas. Informações podem ser utilizadas nas atividades de marinheiros, pescadores, iatistas, órgãos ambientais, empresas de navegação e estudantes.

Rio de Janeiro– Os usuários da Baía de Guanabara –marinheiros, pescadores, iatistas etc –, assim como órgãos ambientais, empresas de navegação e estudantes das áreas de Oceanografia, Geologia, Meteorologia, Geografia, entre outras, passaram a ter acesso a informações inéditas relacionadas à temperatura, velocidade e trajetória das correntes marinhas superficiais da Baía de Guanabara. Os dados estão disponíveis no site do Projeto Baía de Guanabara [www.projetobaiadeguanabara.com.br], uma parceria entre a companhia BG Brasil, a consultoria Prooceano, o Projeto Grael e os laboratórios LAMMA/LAMCE-UFRJ.

“A BG Brasil considera fundamental apoiar projetos que favoreçam o meio ambiente e gerem benefícios para a sociedade. O Projeto Baía de Guanabara atua justamente nesse sentido“, afirma a gerente de Saúde, Segurança e Meio ambiente da BG Brasil, Sonia Lima. Lançado em maio de 2010, o Projeto Baía de Guanabara é um investimento da BG Brasil de R$ 800 mil, e segue até final de 2012.

Outra utilidade dos dados é a maior eficiência no combate a emergências, como em um vazamento de óleo. O oceanógrafo da consultoria Prooceano, Maurício Fragoso, explica que, com a análise das informações disponíveis no site, as decisões serão mais assertivas. “Em um evento real será possível ter acesso a diferentes parâmetros físico-químicos e, com mais agilidade, conhecer como se espalha um poluente, a que velocidade, para que regiões, em quanto tempo, por exemplo. As informações poderão ajudar no combate à poluição ambiental e até mesmo no resgate de pessoas”, acrescenta Maurício.

Os conhecimentos da dinâmica de circulação marítima da Baía de Guanabara são fundamentais para o melhor desempenho das atividades de navegação, vela, pesca e ainda o combate à poluição. Isso por que os resíduos tendem a seguir a trajetória das correntes monitoradas pelos derivadores. Obter informações sobre esse caminho pode facilitar o trabalho de coleta de lixo flutuante na Baía pelos órgãos públicos.

O site prevê ainda disponibilizar um modelo de previsão de correntes marinhas (modelo hidrodinâmico) e um modelo de previsão de ventos (modelo atmosférico), em desenvolvimento por alunos bolsistas da UFRJ. Os dois modelos irão, com o auxílio dos dados coletados pelos derivadores, como ocorre com as previsões meteorológicas, antecipar as condições da circulação das correntes e ventos da Baía de Guanabara. “Seremos capazes de prever, com um dia de antecedência, que correntes serão predominantes, com um índice de pelo menos 90% de acerto”, afirma o oceanógrafo dos laboratórios LAMMA/LAMCE-UFRJ, Luiz Paulo Assad.

Desde junho, semanalmente cinco derivadores oceânicos (boias especiais monitoradas por GPS) são usados em pontos estratégicos para o monitoramento dos dados oceanográficos. A análise das 22 primeiras campanhas mostra que a velocidade de corrente mais frequente é de 0,26 m/s, e a temperatura média, 23,34º C. Os derivadores permanecem em água durante o período de 12 horas, o que corresponde a um ciclo de maré. Nesse tempo, alunos habilitados do Projeto Grael ficam a bordo de uma lancha, batizada de Coral, que é operada por eles. Orientados por um supervisor, eles são responsáveis pelo manuseio dos derivadores – lançamento e recolhimento.

Perfil-A BG Brasil é parte do BG Group, uma companhia integrada de gás natural. A BG Brasil atua na exploração e produção de hidrocarbonetos na Bacia de Santos. Além dessa atividade, a companhia mantém investimentos na Comgás, maior distribuidora de gás natural do Brasil e no gasoduto Bolívia-Brasil.

Desde 1994, o BG Group investiu mais de US$ 5 bilhões no Brasil e planeja aumentar o volume de recursos destinados ao país na próxima década. Atualmente, a BG Brasil gera cerca de 200 empregos diretos. [www.bg-group.com]

Perfil-O Projeto Grael foi criado há treze anos por uma iniciativa dos irmãos e velejadores Torben e Lars Grael e Marcelo Ferreira. Atualmente, Axel Grael, ex-presidente da Feema e também velejador, é o presidente do Instituto. Desde a sua fundação, o Projeto Grael, também conhecido como Instituto Rumo Náutico, vem desenvolvendo uma metodologia própria de esporte e educação, que serviu como base para outros programas semelhantes, como o Navega São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, e o Projeto Navegar, iniciativa federal desenvolvida em diversas cidades brasileiras. Além disso, as cidades de Vitória (ES) e Maricá (RJ) já acolheram núcleos do Projeto Grael. Em março de 2010, o Projeto abriu sua primeira unidade descentralizada no município de Três Marias (MG).

A iniciativa já conquistou reconhecimento internacional com prêmios e chancelas recebidas de instituições, como a Federação Internacional de Vela (Isaf), a Unesco, dentre outras. Mais de dez mil jovens que passaram pelo Projeto Grael desenvolveram, além da prática da vela e de conhecimento profissionalizante para o mercado náutico, o conceito de cidadania.

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