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26/04/2011 - 09:07

Cultivo de abelhas como aliado para a preservação ambiental


O Brasil é um dos principais produtores de mel e seus derivados. As exportações deste produto chegaram a 1,650 mil toneladas gerando uma receita de 5,53 milhões. Mas o cultivo da abelha também pode contribuir com a sustentabilidade. Com essa motivação, José Augusto Martins, morador do Residencial Parque dos Príncipes, mantém um local para sua criação.

Segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as exportações do mel renderam ao País uma receita de US$5,53 milhões. Só em dezembro de 2010 houve aumento de 48,3% no volume produzido (1650 mil toneladas). O preço médio de comercialização do produto foi para US$3,35 o quilo, gerando um crescimento de 28% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais compradores estão, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

Além de elevar a renda e ser uma fonte riquíssima em proteínas, vitaminas, minerais, o cultivo de abelha pode ser um grande aliado para a preservação da natureza. Esses insetos são responsáveis pela reprodução de 40 a 90% dos vegetais devido ao processo de polinização, ou seja, cuidam do transporte de pólen de uma flor para outra, de acordo com Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Pensando em contribuir com o meio ambiente, José Augusto Martins, morador do Residencial Parque dos Príncipes, localizado na zona Oeste da Capital de São Paulo, tomou a decisão de ser apicultor há 18 anos ao ver um apiário abandonado cheio de traças de cera (inseto que causa danos a colmeia).

Da extração do mel deste primeiro local, Martins distribuiu para os amigos que logo começaram a pedir mais do produto. Após o sucesso, ele resolveu abrir mais um apiário com produção de 300 caixas, contando com 100 mil abelhas e um aparelho de centrifugação para retirada do mel. Para garantir a qualidade de seu trabalho, o produtor rural faz parte da Associação dos Criadores de Abelhas Melíferas (APACAME). “Percebi que as pessoas preferem esse nobre alimento direto de um produtor que conheçam, por ser mais confiável”, diz. “Se pudesse, só viveria da renda da comercialização do que eu produzo”, completa o também dono de uma empresa de autopeças.

O contato com a natureza e a paixão pelo cultivo das abelhas foi decisivo para que o apicultor realizasse uma dissertação sobre “A geometria no mundo das abelhas” na USP – Universidade de São Paulo. “As abelhas, com uma proeminente sabedoria milenar, dão ao homem um verdadeiro exemplo de trabalho comunitário e sustentável. Sem apego algum ao individualismo, pois tudo é comunitário, elas usufruem dos valores dados pela natureza e contribuem para o seu equilíbrio. Em troca de néctar das flores que a natureza lhes oferece, elas retribuem com sua ação polinizadora para multiplicar e enriquecer o reino vegetal, animal e humano com sementes e frutas”, afirma Martins.

Segundo ele, a troca periódica de ceras, o cuidado para evitar traças, a manutenção de espaço interno adequado para suas atividades as auxilia na sua reprodução e, é uma forma de ajudá-las a contribuir com meio ambiente. “As abelhas são um exemplo de sustentabilidade. Ao mesmo tempo em que tiram matéria prima da natureza, elas devolvem em polinização, um serviço que fazem de modo inigualável”, assegura. “Assim, cultivá-las nos proporciona um nível de consciência maior, pois é exemplar sua cuidadosa e desprendida organização social e a sua eficiência e perfeição na ocupação do espaço físico nos encanta”, acrescenta.

Atualmente José Augusto produz 4 toneladas de mel por ano, além de produtos como própolis, pólen, balas, sachêt,, favos com moldura hexagonal ou retangular. A entrega do material é, as vezes, feita pelo seu filho com sua bicicleta, também é comercializado em exposições ou em entrepostos. O processo de extração do mel é realizado na zona rural da cidade de Casa Branca ou em São Lourenço da Serra, interior de São Paulo, onde possui uma casa de campo na qual frequenta aos finais de semana com a família. O envase do mel e a embalagem dos demais são realizados em espaço apropriado, em sua residência. “Morar no Parque dos Príncipes é optar em viver em um local que proporciona maior contato com a natureza. No residencial encontro farta área verde, a tranquilidade e o sossego de que preciso, isso é próximo do contato com a Natureza que encontro no trabalho apícola e serve de incentivo para pensar a preservação do meio ambiente”, reconhece.

APRPP (www.parquedosprincipes.com.br)- Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes: em 1983, os proprietários do loteamento Parque dos Príncipes criaram a “Sociedade Amigos do Parque dos Príncipes”, visando assegurar a qualidade de vida prevista nos contratos de compra dos lotes.

A atual denominação “Associação dos Proprietários do Residencial Parque dos Príncipes” – APRPP – surgiu em 2006, com a atualização do estatuto pelo novo Código Civil.

O Parque dos Príncipes situa-se parte em São Paulo (72% dos lotes) e parte em Osasco (28%). Os moradores de Osasco possuem sua própria associação. A APRPP representa somente os proprietários da área paulistana do loteamento, onde há 1.287 lotes, com 500 m2 em média, e um excepcional conjunto de áreas verdes que perfazem 236.261 m2.

As principais atribuições da APRPP são: zelar pela segurança dos moradores, exercendo vigilância privada em cooperação com a segurança pública; fazer respeitar as restrições de ocupação do solo e impedir atividades incompatíveis com a zona estritamente residencial (ZER1); cuidar das áreas verdes, evitando que haja degradações e que surjam pontos de insegurança; representar os residentes perante o poder público para fazer valer seus direitos, firmar parcerias e obter melhorias de infraestrutura e saneamento; promover a união dos moradores por meio de atividades e eventos sociais.[www.parquedosprincipes.com.br].

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