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05/05/2011 - 09:32

Indústria defende maior participação na implantação da "Política do Lixo"

Florianópolis - A indústria defende maior participação do setor nas discussões sobre a implementação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, lei federal que regula o destino do lixo produzido no país. "Precisamos ter regras claras na gestão dos resíduos da indústria e saber como será a relação entre o governo e o setor produtivo nesse processo que está concentrado no nível federal", disse o presidente da Câmara da Qualidade Ambiental da FIESC, José Lourival Magri, em reunião na FIESC no dia 04 de maio (quarta-feira).

Uma das questões que preocupa as empresas é a implantação da logística reversa, que é o retorno à cadeia produtiva dos materiais que seriam descartados. O governo criou um comitê orientador formado por cinco ministérios, que vão determinar as diretrizes sobre como colocar em prática esse processo em todo o Brasil. O problema é que os setores, como a indústria, que terão que criar um sistema para recolher os resíduos não foram chamados para participar das discussões desse fórum. Para que o processo dê certo também tem que haver o envolvimento da rede varejista, atacadista e do próprio consumidor, que é quem vai descartar os produtos.

Na reunião, o analista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wanderley Coelho Baptista, disse que a indústria só poderá participar dos cinco grupos técnicos de trabalho, que, com base nas diretrizes do comitê orientador, vão debater a implantação da logística reversa de forma setorial. Por exemplo, será criado um grupo para debater como implantar esse processo nas empresas fabricantes de lâmpadas de mercúrio, produto que exige não só um lugar adequado para descarte, como uma estrutura diferenciada de transporte até o local da reciclagem. O grupo técnico terá até novembro para debater as particularidades de cada atividade.

Outra questão que é considerada um desafio é qual modelo de logística reversa o Brasil deve adotar. Segundo Baptista, no mundo tem pelo menos 25 opções já em funcionamento, mas todas precisam de avaliação, adaptação à realidade brasileira, além de terem um custo alto de implementação. Ele disse que a logística reversa pode ser um grande mercado no futuro, mas depois de adotada pode levar até 30 anos para funcionar de "forma redonda". Tem países europeus em que o processo funciona há pelo menos 20 anos, mas que ainda precisa melhorar.

O especialista da CNI lembra que o Brasil já possui alguns modelos de reciclagem bem-sucedidos, mas o desafio está no alto custo e na governança do modelo, pois a opção escolhida tem que dar conta de atender a demanda de reciclagem do Brasil inteiro. Os modelos em funcionamento são específicos de determinados setores como o de bebidas, que é um dos maiores do mundo na reciclagem de latas de alumínio. | www.fiescnet.com.br.

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