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14/06/2011 - 09:35

GM faz parceria inédita com IPT para desconstrução sustentável de prédios antigos da fábrica em São Caetano do Sul


Alguns dos prédios que serão desconstruídos e a equipe liderada por Cláudio Eboli, diretor de Engenharia de Manufatura – Projetos e Instalações da GM América do Sul

Mais de 1.500 caminhões de resíduos serão reaproveitados, deixando de ir para aterros sanitários de São Paulo. Reutilização dos materiais reciclados evitará necessidade de uso de quase 1.000 caminhões de terra de jazidas naturais.O projeto, com previsão de duração de um ano, poderá reduzir custos da obra em 10%.

São Caetano do Sul (SP) – Uma parceria inédita entre a General Motors do Brasil e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) realizará a desconstrução de 40 mil metros quadrados de edificações, de forma sustentável, na fábrica de São Caetano do Sul (SP). Os seis prédios, construídos há mais de 60 anos, serão cuidadosamente desmontados e os resíduos serão reciclados na construção de um novo edifício ou reaproveitados.

O projeto de desconstrução nasceu da necessidade da GM de otimizar seus espaços, que hoje são ineficientes devido à arquitetura e layouts antigos, não atendendo as necessidades atuais dos negócios da empresa. Segundo Cláudio Eboli, diretor de Engenharia de Manufatura – Projetos e Instalações da GM América do Sul, quando uma obra dessas é realizada sem critérios e nos padrões convencionais, o impacto no meio ambiente é significativo.

"Para evitar esse impacto, a GMB firmou uma parceria com o IPT, para garantir suporte técnico de profissionais especializados que realizarão análise detalhada dos materiais, planejamento da desconstrução, processo e definição de reuso dos materiais", afirma o executivo.

"Os objetivos da parceria são produzir zero resíduo e o máximo de reuso dos materiais. A GM do Brasil espera que, com essa idéia inovadora no contexto atual da construção civil do país, possa contribuir não só com o meio ambiente, mas também com a comunidade como um todo, de forma sustentável", reforça Eboli.

Com duração prevista de 18 meses, entre desconstrução e construção, o trabalho evitará que mais de 1.500 caminhões de resíduos sejam direcionados para os aterros industriais de São Paulo. O processo também permitirá economizar outros 1.000 caminhões de terra de jazidas naturais que teriam de ser utilizadas para nivelamento do local, sendo substituídas por material reciclado.

Todo o resíduo terá um fim específico de acordo com sua classificação, atendendo as práticas de sustentabilidade. As madeiras serão pré-classificadas, certificadas e posteriormente vendidas. A empresa não precisará comprar nem retirar do meio ambiente terra das jazidas para aterros, pois tudo será reutilizado. Por exemplo, colunas e vigas passarão por um processo de separação do material metálico do concreto; em seguida, serão moídas e utilizadas no aterro do terreno e na substituição da pedra britada no concreto novo.

No planejamento das obras, o processo será executado em seis etapas, para facilitar a desocupação e a ocupação de forma planejada, já que as áreas englobadas – estoque de peças e seqüenciado de materiais, escritórios e áreas técnicas específicas, como montagem de subconjuntos, controle de qualidade e docas de recebimento e despacho – não podem parar de funcionar. De outra forma, não seria possível manter as operações instaladas nesses edifícios.

Uma única área de mais de 40 mil metros quadrados será construída baseada nos padrões de sustentabilidade da General Motors. Ou seja, redução de consumo de energia através de: iluminação externa com LED, iluminação interna de alta eficiência (LED/ fluorescente) combinada com iluminação natural, controles automatizados, sensores para iluminação que permitem o desligamento automático e evitam o desperdício. Além disso, a economia de água nesse prédio também foi programada, com reuso proveniente de efluentes industriais tratados, bem como banheiros com torneiras e descargas automatizadas, com baixo fluxo e redutores de vazão.

Responsabilidades do Grupo Global de Instalações da GM englobam quatro áreas

Na GM América do Sul, o WFG (Worldwide Facilities Group), sigla de Grupo Global de Instalações, é dirigido por Cláudio Eboli, com responsabilidade em quatro grandes áreas das unidades industriais: Projetos e Instalações, Meio Ambiente, Planejamento e Engenharia para Serviços de Manutenção, Gerenciamento e Coordenação de Sistemas de Energia e Utilidades.

No Brasil, atua nas seguintes unidades: São José dos Campos (SP), São Caetano do Sul (SP), Mogi das Cruzes (SP), Sorocaba (SP), Campo de Provas da Cruz Alta (Indaiatuba) e Gravataí (RS). E em outros países, nas unidades de Rosário (Argentina), Quito (Equador), Bogotá (Colômbia), Valencia e Mariara (Venezuela).

Na área de construções e instalações, o WFG atua no planejamento, engenharia e gerenciamento de projetos de construções, infraestrutura e instalações para os equipamentos. O grupo dá suporte técnico a todas as unidades da região e presta serviços de assessoria técnica para adequação das construções e instalações com base nas normas, leis, regulamentações técnicas e portarias governamentais vigentes.

Na área ambiental, o WFG é responsável pelo suporte ambiental operacional, que visa ao cumprimento legal corporativo. Também responde por licenças, relatórios e tecnologias ambientais; prevenção da poluição; gerenciamento de resíduos; "descomissionamento" (processo de desativação de algum processo); remediação (descontaminação do meio ambiente); higiene industrial; gerenciamento químico e suporte ao Comitê de Sustentabilidade da empresa.

O planejamento e a engenharia de Serviços de Manutenção, bem como o gerenciamento de escritórios, também estão na área de responsabilidade do WFG. Por fim, e não menos importante, na área de energia e utilidades, o grupo gerencia energia elétrica, gás, água, óleo combustível, ar comprimido e vapor das fábricas. Atuando no planejamento estratégico, operações e gerenciamento de negócios de utilidades (energia elétrica, gás e água).

Compromisso com a sustentabilidade- O compromisso com a sustentabilidade faz parte da cultura da GM. Um dos exemplos mais recentes foi o planejamento e construção do novo prédio do Centro Tecnológico da General Motors do Brasil, o CT20, inaugurado em setembro de 2009, segundo o conceito de "green building", com utilização de novas tecnologias para redução do consumo de água e energia.

Nos novos ambientes de escritórios do Centro Tecnológico são utilizadas cortinas nas janelas que permitem a passagem de luz e não de calor, e consequentemente contribuem para a redução de consumo de energia, tanto na iluminação quanto na redução de carga do ar-condicionado. Os ambientes também possuem sistema inteligente de iluminação, com sensor de presença (movimento) setorial e sistema de iluminação de alta eficiência.

Para otimizar o consumo de água, a GM também adota importantes medidas em todas as fábricas. Em São Caetano do Sul (SP), a reutilização da água reciclada proveniente das estações de tratamento de efluentes possibilitou reuso de 38% de água no ano passado, além do uso da água de chuva no CT-20, com filtragem e cloração totalmente automática.

Essa água reciclada faz parte do sistema industrial, que não se comunica com a água potável da fábrica. A água reciclada vai para uma caixa especial e é utilizada em equipamentos de produção, no fluxo das bacias sanitárias dos banheiros e lavagem dos pisos.

A GM reforça sua preocupação e responsabilidade ambiental com o registro da redução expressiva de 52% na utilização de energia elétrica por carro produzido, dos quais 6,5% só no último ano, e de 61% em água, em suas unidades industriais no Brasil, no período de 2003 a 2010. Essas melhorias foram possíveis graças a diversas ações tomadas pela empresa com a contribuição dos empregados: na área de energia, por exemplo, o uso de iluminação de alta eficiência (LED/ fluorescente) na parte interna e externa é combinado com a iluminação natural. O controle da iluminação e do ar-condicionado é feito por sensores, que desligam quando não há pessoas no ambiente, para evitar desperdícios.

Na área de compostagem, a GM também comemora mais um marco em sua história. Graças à utilização do processo de compostagem em suas fábricas, a empresa evitou, desde 2004, que cerca de 2 mil toneladas de lixo orgânico fossem jogadas nos aterros sanitários das cidades nas quais se localizam suas unidades industriais, número que chegou próximo a 2,4 mil toneladas no final do ano passado. Por ano, são 400 toneladas de resíduos transformadas em adubo natural, que são utilizados nos jardins das fábricas e em no Campo de Provas da Cruz Alta.

A empresa já recicla 97% dos resíduos industriais gerados em seus processos produtivos no País e tem como meta alcançar em algumas fábricas a marca de 100% nos próximos anos. Atualmente, todas as unidades da GM no Brasil geram 163 mil toneladas de resíduos por ano. A receita desse sucesso na área de meio ambiente deve-se, sobretudo, a um importante trabalho de conscientização entre os empregados das unidades. Ou seja, tornar a reciclagem cultura de quem trabalha na empresa.

Perfil-A General Motors, um dos maiores fabricantes de veículos do mundo, tem origem em 1908. Com sede global em Detroit, a GM emprega 202 mil pessoas nas principais regiões do mundo e tem operações em mais de 120 países. A GM, com seus parceiros estratégicos, produz veículos em 30 países, vendendo e proporcionando serviços para estes veículos com as seguintes marcas: Baojun, Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, Daewoo, Holden, Isuzu, Jiefang, Opel, Vauxhall e Wuling. O maior mercado nacional da GM é o da China, seguido pelos Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Canadá e Itália. A subsidiária OnStar da GM é o líder em serviços de segurança veicular e informação. [ www.gm.com].

No Brasil a GM fabrica e comercializa veículos com a marca Chevrolet há 86 anos. Em 2010 a Chevrolet registrou recorde histórico de vendas no país com o volume de 657.724 veículos. A companhia tem três Complexos Industriais que produzem veículos em São Caetano do Sul e em São José dos Campos, ambos em São Paulo, além de Gravataí (RS). Conta ainda com unidades em Mogi das Cruzes (produção de componentes estampados), Sorocaba (Centro Distribuidor de Peças) e Indaiatuba (Campo de Provas), todas em SP, além de um moderno Centro Tecnológico de Engenharia e Design, em São Caetano do Sul (SP), com capacidade para desenvolvimento completo de novos veículos. A subsidiária brasileira é um dos cinco centros mundiais na criação e desenvolvimento de veículos, nos campos da engenharia, design e manufatura.

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