Quase 6 mil peixes já foram monitorados no Amazonas, diz IVIG

Campanhas realizadas pelo Ivig/Coppe/UFRJ não constataram impacto para os peixes em dois trechos da obra da BR 319.

O trabalho de monitoramento de peixes realizado pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da Coppe/UFRJ durante as obras da construção da rodovia BR-319 constatou que não houve impacto nas mais de 200 espécies monitoradas. Cerca de seis mil peixes foram acompanhados pelas campanhas de monitoramento da fauna aquática (Ictiofauna) desde 2009. O IVIG é a instituição responsável pelo Gerenciamento e Supervisão Ambiental de dois trechos da obra da BR 319, rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Atualmente, a campanha, que já esteve em atividade nos Rios Castanho e Tupana, em Manaus, está atuando entre dois rios próximos ao município de Humaitá (AM).

De acordo com o comunicado da IVIG, as campanhas têm como o objetivo verificar possíveis alterações nas características ou na população dos peixes, causadas pela obra nas pontes e entorno, realizando a coleta de peixes em rios ou igarapés cortados por pontes de concreto construídas recentemente na rodovia. O projeto atende as exigências do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) no Termo de Acordo e Compromisso (TAC) firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT).

A obra - Única ligação por terra entre Porto Velho e Manaus, os dois principais pólos de desenvolvimento da Amazônia Oriental, a BR-319 foi inaugurada em 1976. Com o passar dos anos, com as condições climáticas e ambientais da região, o trecho entre Manaus e Humaitá tornou-se intransitável. A reconstrução da estrada, que tem 877 quilômetros de extensão, é uma obra do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).