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11/10/2011 - 09:44

Lixo de municípios gaúchos pode virar energia limpa

Tecnologia europeia é inédita no Brasil, não utiliza incineração dos resíduos e deve ter a primeira planta no Rio Grande do Sul.

O lixo que polui e lota aterros sanitários pode receber um destino sustentável no Rio Grande do Sul. A empresa BDF Industries Spa – Divisão de Energia, de Vicenza, Itália, está em fase de negociações com municípios gaúchos para a construção da primeira usina no Brasil.

O custo da construção de uma planta na Europa é de, aproximadamente, 12 milhões de euros. Mas a implantação no Brasil deve sair por até 40% menos, porque muitos dos componentes podem ser produzidos no país. O retorno do capital investido acontece entre três a cinco anos.

Agora, a empresa negocia com municípios gaúchos. O projeto foi apresentado em Porto Alegre pelo engenheiro da BDF, Ulisse Armeni, no escritório Gianelli Martins Advogados, que conduz as negociações no Brasil, junto com a empresa de investimentos norte-americana ASG - Applied Strategies Group.

O diferencial do processo italiano, já em funcionamento na União Europeia, é a emissão zero de poluentes. Os resíduos não passam por combustão, como na maioria das usinas que transformam material orgânico em energia.

A planta de processamento em escala industrial foi testada por dois anos no norte da Itália, com a cooperação de universidades, cientistas, pesquisadores e engenheiros. Hoje, a BDF Industries atende 47 cidades italianas, que juntas reúnem cerca de 135 mil habitantes. Buenos Aires já fechou contrato para construção de cinco plantas da empresa. Outras estão em fase de construção na França, Alemanha, Escócia e Iêmen.

Rendimento alto-Com 1.000 kg de material orgânico é possível produzir 350 litros de biodiesel, 330 m3 de biogás e 280 Kg de combustível sólido, como carbono. Além disso, 140 litros de água tratada resultam do processo.

Assim, uma planta da BDF com capacidade de processar 45 toneladas de lixo ao dia – quantidade produzida por um município de 40 mil habitantes – gera cerca de 19 mil litros de biodiesel e 16 mil metros cúbicos de biogás. Os combustíveis podem ser usados em veículos ou para geração de eletricidade, por meio de geradores. O sistema é auto-sustentável, já que a energia gerada pela usina abastece todo o processo.

A tecnologia empregada é a reestruturação molecular catalítica de resíduos orgânicos. Restos de comida, madeira, papel, plásticos, esgoto urbano e rural passam por secagem e são colocados em uma torre de reação. O resultado é um combustível líquido e outro gasoso - também denominados biodiesel e biogás.

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