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03/12/2011 - 11:34

100ª concessionária iveco é também a primeira sustentável

Energia solar é usada no aquecimento de água de vestiários, lavagem de caminhões e para a iluminação do pátio externo. Água de chuva é recuperada, armazenada e utilizada nos sanitários, na lavagem do pátio e de veículos. “Telhado verde” ajuda a reduzir temperatura ambiente, o que reduz a necessidade de uso de ar-condicionado.

Depois de abrir em média 10 concessionárias por ano nos últimos cinco anos, a Iveco, a fabricante de caminhões que mais cresce no Brasil, inaugura neste dia 1 de dezembro sua centésima concessionária no País. A Iveco Mercalf, que fica em Jundiaí (SP), é também a primeira concessionária sustentável – ou “verde” – do País. “Talvez a mais verde do mundo”, sugere Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. “Não temos referências de outra casa com todas as características de sustentabilidade mostradas pela Mercalf”, explica. “Completar 100 concessionárias estrategicamente distribuídas por todo território nacional é um momento importante para a empresa e seus clientes, e chegar a este ponto unindo serviço e responsabilidade social é muito relevante como posicionamento de marca”.

A Mercalf Jundiaí, localizada em um dos pontos de melhor acesso da região, foi erguida sob um conceito amplo de sustentabilidade, da ocupação do solo até as soluções de construção, da utilização econômica de energia ao reaproveitamento de água e outros materiais. Entre seus muitos destaques está o “telhado verde”, que recupera água de chuva e contribui para a redução da temperatura ambiente do showroom, reduzindo a necessidade de uso de ar-condicionado. Energia solar é usada para aquececer a água de lavagem dos caminhões, o que diminui o uso de produtos químicos na limpeza dos veículos. O sol também alimenta as baterias dos postes de iluminação do pátio externo. Os uniformes dos empregados são feitos com uma porcentagem de fibras extraídas da reciclagem de garrafas PET.

A concessionária “verde” foi erguida ao custo de R$ 12 milhões por iniciativa dos empresários Hélio e Cristina Cangueiro, que já são concessionários Iveco há 10 anos, com uma casa em Sumaré (SP). “Começamos pensando na acessibilidade dos portadores de necessidades especiais e avançamos com a ideia da sustentabilidade”, explica Cristina. “O projeto contagiou a todos e começamos a receber sugestões de funcionários e da Iveco”, conta ela. “Ficamos entusiasmados e exploramos todas as possibilidades”, afirma seu marido Hélio. “Ficou entre 10 e 15% mais cara que uma concessionária normal, mas valeu a pena”, diz ele.

Hélio e Cristina agora buscarão a certificação ambiental da concessionária. Enquanto isso, as muitas soluções já adotadas na Mercalf Jundiaí abrem o caminho para novas concessionárias sustentáveis Iveco no País. “Vamos estudar as melhores práticas adotadas pela Mercalf e propor a adoção das mesmas às outras casas da rede Iveco no Brasil”, informa Airton Vieira Pinto, presidente da Associação dos Concessionários Iveco (ANCIVE).

Sustentabilidade começa com menos desperdício -O conceito da sustentabilidade esteve presente na construção da Mercalf Jundiaí desde o primeiro dia da obra, iniciada há um ano e meio. “Começamos pela menor geração possível de resíduos”, diz Cristina. A terra resultante do corte do talude lateral foi usada para compensar a grande inclinação existente no terreno original, de forma que todo o piso da área da concessionária supera em um metro a altura do nível da rua. “Assim dispensamos o uso de basculantes para tirar a terra daqui”, explica. Ao ser cortado, o talude recebeu, de imediato, degraus hidráulicos e vegetação para evitar desmoronamentos. “Foi a primeira coisa a ficar pronta”.

Foi uma construção “limpa”, com técnicas modernas. As colunas de concreto de sustentação da área de oficina, por exemplo, foram construídas com tubulações de papelão ao invés do tradicional uso de armações de madeira (que ao final da obra é descartada). “O papelão é reciclável”, lembra Cristina. As formas para as estruturas de cimento ou foram alugadas ou feitas de madeira de origem certificada. “A madeira que foi enviada para fornos de olarias da região virou combustível”.

Com cálculo criterioso, comprou-se só o material necessário. No caso das ferragens, o resíduo final foi ínfimo, e o que sobrou foi usado na confecção de grades e ralos para as galerias pluviais. A área de funilaria, aos fundos do terreno, é recoberta com uma estrutura metálica de 500 metros quadrados reaproveitada de um prédio demolido. As paredes são de blocos de concreto pintados de branco. As tubulações de fiação, tomadas e interruptores de luz são aparentes. “Evitamos usar reboque e acabamento, o que não faz falta”.

O sol como parceiro sustentável -Dentro do padrão visual da rede Iveco, o showroom tem área envidraçada projetada para receber o máximo de incidência da luz solar matinal. “Jundiaí fica na região de maior insolação do estado de São Paulo e vamos nos aproveitar disso para reduzir o uso de luz elétrica”, comenta Cristina. Claraboias e telhas translúcidas foram utilizadas sempre que possível. Domus com ventilação também foram adotados para permitir a passagem constante do ar.

Como insolação também resulta em calor, 200 metros quadrados da cobertura do show-room e da área administrativa da concessionária é do tipo “green roof”, ou telhado verde, que reduz em até 6° Celsius a temperatura no ambiente imediatamente inferior, exigindo menor uso do ar-condicionado. O “telhado verde” é um gramado construído sobre camadas de materiais orgânicos e minerais reciclados, que filtram e recolhem água de chuva, armazenada em cisternas, para posterior utilização nos sanitários. O telhado verde ajuda ainda no isolamento acústico.

Dentro do showroom há uma “parede verde”, uma espécie de gramado vertical com plantas ornamentais que consome apenas dois litros de água por dia (por meio de um sistema de gotejamento construído especialmente para irrigá-las). Além do grande apelo estético, ela também ajuda na redução da temperatura ambiente e na manutenção da umidade natural do ar.

Células fotovoltaicas convertem a luz do sol em energia para os postes de iluminação do pátio externo. Painéis solares são usados para o aquecimento da água do vestiário dos empregados, onde foram instalados chuveiros “híbridos”, solar-elétrico. “Ao abrir a torneira, primeiro vem a água aquecida pelo Sol e, à medida em que ela for se esgotando, um termostato aciona a energia elétrica para o final do banho”, comenta Cristina.

Água quente oriunda de painéis solares também são usadas na lavagem de caminhões, pois a água aquecida é melhor para quebrar moléculas de gordura e dissolver impurezas na carroçaria dos caminhões. Espera-se uma redução de mais de 10% no volume de água utilizada por veículo. “A economia pode chegar até 600 litros de água/dia”, calcula Cristina. “Além disso, cai em até 50% a necessidade de desengraxantes e outros produtos químicos para completar o serviço”.

Um cuidado especial com a água -Embora o terreno possua dois poços com grande vazão, a água foi objeto de grande preocupação dos empresários Cangueiro. “A ideia é não desperdiçar nenhuma gota”, reflete Cristina. O terreno de 15 mil metros quadrados foi totalmente recoberto por blocos intertravados e concregrama (forma de concreto vazada com grama), instalados sobre uma camada flutuante de areia que permite absorção natural da água da chuva, evitando a impermeabilização do solo e a sobrecarga de galerias fluviais públicas.

O telhado da área de oficina, de grandes dimensões, tem calhas dedicadas para o recolhimento da água de chuva, acumulada em uma caixa d’água de 15 mil litros não potável, para a lavagem de pátios, caminhões, reuso em bacias sanitárias e irrigação dos jardins. “Quando alguém pára para pensar e percebe que uma concessionária gasta milhares de litros de água por dia pode-se entender a necessidade da economia”.

Todas as torneiras tem sistema de temporizador, com o que é possível economizar 20% em relação à torneira comum. Além disso, reduz-se as chances de uma torneira ficar aberta. “Uma torneira pingando durante um mês pode gastar milhares de litros de água”. Por sua vez, as bacias sanitárias (que representam entre 50% a 70% do total de água utilizada para o consumo humano em prédios comerciais) tem caixas de descarga de dois fluxos (de três ou seis litros), o que economiza até 40% em volume de água.

Projeto avançou com sugestão de empregados -Soluções exigidas pela legislação ambiental em vigor, como o separador de água e óleo (conhecidos simplesmente como SAO), foram naturalmente previstas deste o momento em que a ideia da concessionária sustentável começou a nascer. Com o SAO, por exemplo, o óleo e a graxa que contaminam a água de lavagem de veículos, de oficinas e de máquinas são separados da água. Esse resíduo é armazenado e já tem destino certo: uma empresa especializada na produção de mantas asfálticas (como a

“Porém, à medida em que avançamos com a obra, surgiam sugestões de todos os lados e conseguimos fazer mais com a ajuda de todos”, comenta Cristina, revelando que o projeto entusiasmou todos os empregados da empresa. Muitas das ideias surgidas neste processo foram adotadas. Uma delas é o uso de portas feitas de madeira de reflorestamento. Outra é a adoção de uniformes dos empregados feitos com um tecido que tem em sua composição uma porcentagem de fibras oriundas da reciclagem de garrafas PET. Mais uma ainda é a adoção, para cada funcionário, de uma caneca de cerâmica para o consumo de água, o que vai reduzir drasticamente o uso de copos plásticos. Árvores frutíferas (banana, laranja, limão e manga) serão usadas no paisagismo.

“Até o convite para a festa de inauguração entrou neste espírito: ele é feito de papel com semente, que plantado gera uma flor”, informa Cristina. “Para quem começou pensando apenas na acessibilidade, chegamos longe na sustentabilidade”. Em tempo: a Mercalf Jundiaí conta com rampas de acesso, elevador especial, banheiros adaptados com barras de apoio para cadeirantes, chão com auto-relevo e sinalizadores de portas para deficientes visuais e muitas outras soluções já tradicionais neste universo de atenção. “Temos um filho com necessidades especiais e foi pensando nisso que chegamos tão longe. Estamos felizes e orgulhosos”, conclui Cristina Cangueiro.

Iveco projeta, produz e vende uma ampla gama de caminhões leves, médios e pesados, ônibus, veículos comerciais para aplicações militares, fora de estrada, bombeiros, defesa civil e etc. A Iveco emprega mais de 25.000 pessoas e possui 23 fábricas em 10 países do mundo, utilizando excelente tecnologia desenvolvida nos seis centros de pesquisa e desenvolvimento. Além da Europa, a empresa opera na China, Rússia, Austrália e América Latina. Mais de 5.000 mil concessionárias e pontos de serviços, distribuídos em 160 países, garantem suporte técnico onde quer que um produto Iveco esteja em serviço. [www.iveco.com.br |www.blogiveco.com.br ].

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