Enchente à vista

Nos meses de verão aumenta o número de enchentes e alagamentos, mas atitudes simples podem ajudar diminuir o problema.

Nos últimos anos, é comum acontecerem enchentes e alagamentos no Brasil durante os meses de verão, quando o volume de chuvas é maior. Mas, ao contrário do que muitos pensam, este não é somente um fator natural, decorrente da estação. Algumas atitudes contribuem e muito para o aumento do problema e, ao contrário disso, outras podem ajudar a minimizá-lo.

De acordo com a engenheira sanitarista da TEGEVE Ambiental, Maria Rosí Melo Rodrigues, um dos principais fatores causadores das enchentes é o volume de lixo depositado em locais inapropriados. “O lixo mal destinado causa o entupimento de córregos e bueiros provocando enchentes, que trazem, além das perdas materiais, doenças como leptospirose, causada pela urina dos ratos, e febre tifóide. A população precisa se conscientizar de que também é responsável pela destinação de seus detritos, portanto deve procurar depositá-los em lixeiras adequadas”.

A engenheira conta que conservar áreas com grama nas casas e condomínios também é um fator que ajuda a diminuir as enchentes. “Este tipo de solo permite uma maior permeabilização da água das chuvas. O asfalto é uma superfície impermeável, ou seja, as águas não têm por onde se infiltrarem. Já no caso dos jardins, há a infiltração, que ajuda a diminuir o volume de água e, além disso, ajuda a abastecer os aquíferos”.

Outra atitude que pode contribuir para a diminuição do problema são os sistemas de retenção da água da chuva, que retardam o fluxo da água até os rios e, consequentemente, estes não enchem com tanta rapidez. “Uma dica é que as pessoas mantenham estes reservatórios vazios, para que possam ser abastecidos quando houver chuva”, aconselha.

As estações de tratamento de efluentes fabricadas pela TEGEVE Ambiental têm o intuito de também auxiliar neste processo, pois suas unidades podem ser redimensionadas para captar as águas de chuva, acumulando-as e reaproveitando-as posteriormente, dentro de critérios técnicos que permitem tal uso, o que faz reduzir o consumo das águas potáveis onde não há essa necessidade.