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01/06/2012 - 07:58

Itaipu leva práticas de sustentabilidade para a Conferência Rio+20

Mais do que um conceito, sustentabilidade é o que permeia as ações da Itaipu Binacional, tanto nos processos internos quanto no seu relacionamento com a comunidade. E é exatamente o “case” da sustentabilidade em Itaipu que será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, entre 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.

Itaipu apresentará na conferência mundial as ações do Programa Cultivando Água Boa e a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, que estão em acordo com os dois principais temas da Rio+20: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e “A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”.

Mesmo com programas que hoje podem ser replicados em todo o Brasil e no exterior, a Itaipu Binacional trabalha para cumprir uma meta ambiciosa: até 2020, pretende se consolidar como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

Planejamento estratégico- Hoje, o planejamento estratégico de Itaipu se baseia em 16 objetivos, dos quais cinco deles fazem referência direta ao desenvolvimento sustentável. O objetivo estratégico 3, estabelece a busca da liderança mundial em sustentabilidade corporativa, atendendo aos preceitos de empresa “socialmente justa, ambientalmente correta, economicamente viável, culturalmente aceita”.

O objetivo estratégico 4 prevê “contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável das áreas de influência”, atuando em conjunto com os governos e sociedades do Brasil e do Paraguai. O objetivo 9 é “pesquisar e fomentar o desenvolvimento de fontes de energia renováveis e limpas, e de tecnologias, visando contribuir para o desenvolvimento sustentável da área de influência”.

O objetivo 11 é “apoiar projetos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação com preocupação especial com a sustentabilidade”, enquanto o objetivo 12, por fim, é consolidar os programas de gestão socioambiental da Itaipu para, entre outros objetivos, obter-se “autossuficiência alimentar com geração sustentável de renda”.

Parcerias por futuro melhor-Na prática, o Programa Cultivando Água Boa, com atuação nos 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná 3 (BP3), é um trabalho desenvolvido em parcerias para amenizar e corrigir passivos ambientais, além de procurar que a sociedade mude seus valores, para se chegar a um futuro sustentável.

O programa, na verdade, é tão amplo que inclui 20 programas e 65 projetos/ações de responsabilidade socioambiental. Entre eles, o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, cita, por exemplo, o Coleta Solidária, um trabalho feito com os catadores de materiais recicláveis, tendo como resultado tanto a dignificação da função que exercem como contribuir para que materiais reaproveitáveis não sejam lançados na natureza.

Nelton exemplifica ainda com o Vida Orgânica, programa que incentiva os cerca de 26 mil proprietários rurais da região a passarem para a agricultura sustentável, isto é, que não utilize agrotóxicos e fertilizantes químicos e aproveite da forma mais sábia os elementos naturais. Para isso, os técnicos de Itaipu dão apoio no processo produtivo, estimulam a transformação artesanal dos produtos, ajudam a organizar a comercialização e, em muitos casos, a fazer com que a propriedade seja utilizada como atração turística rural.

Lixo vira energia -A Plataforma Itaipu de Energias Renováveis é outro bom exemplo, ao transformar dejetos e lixo orgânico em energia. Grandes geradores de metano, gás causador de efeito estuda, os detritos orgânicos “deixam de ser um grave passivo ambiental para se tornar uma solução, inclusive com valor econômico”, explica Nelton Friedrich.

Atualmente, 33 pequenas propriedades da Bacia do Paraná 3, reunidas no Condomínio Ajuricaba, produzem biogás a partir dos dejetos da pecuária. O biogás, canalizado para uma microcentral, transforma-se em energia elétrica e em calor, usado na secagem de grãos.

Uma grande propriedade da Bacia do Paraná 3 é referência nacional em energias renováveis. Na Granja Colombari, que mantém mais de três mil suínos, a produção de biogás atende a propriedade e o excedente é transformado em energia elétrica, vendida para a companhia de energia do Paraná (Copel).

Ideias em prática-Os trabalhos que serão apresentados pela Itaipu Binacional na Rio+20 atendem ao que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defende que seja o foco da conferência: “A Rio +20 é uma conferência política, mas o que esperamos dela são resultados práticos e ações. Precisamos colocar as ideias em prática, porque as pessoas precisam comer, beber água, viver de forma sustentável nas cidades em todas as partes do mundo”.

Visão de futuro-É com base no resultado desse planejamento e no que desenvolve atualmente que a empresa binacional se prepara para 2020 e, em especial, para 2023, quando o Tratado de Itaipu completa 50 anos e seu Anexo C poderá ser revisto.

O Anexo C estabelece as bases financeiras e a prestação dos serviços de eletricidade de Itaipu. Por esse documento, assinado em 26 de abril de 1974 pelos governos do Brasil e do Paraguai, a tarifa de Itaipu é fixada de forma a poder honrar o pagamento dos encargos financeiros dos empréstimos feitos para a construção da usina e também para a amortização desses empréstimos.

Fim da dívida -O pagamento da dívida representa em torno de 80% do orçamento anual da Itaipu. A intenção é estabelecer projetos e programas que possam fazer com que esses recursos permaneçam na área onde se localiza a hidrelétrica, para tornar a região sustentável economicamente. Para isso, além das verbas de Itaipu, seria estimulado o investimento privado, tanto no Brasil como no Paraguai.

Sócio do Brasil em Itaipu, o Paraguai hoje utiliza apenas 5% da energia a que tem direito – metade das unidades geradoras de Itaipu é do país vizinho, porque a única linha de transmissão tem capacidade pequena, de apenas 200 quilovolts (kV). Mas já está em obras um linhão de 500 kV, que mais do que duplicará a capacidade de utilização da eletricidade gerada por Itaipu, permitindo que o Paraguai se prepare para um surto de industrialização sem precedentes.

O linhão, financiado pelo Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul – Focem, ligará a Subestação da Margem Direita de Itaipu – lado paraguaio da usina - à Subestação de Villa Hayes, perto da capital, Assunção. Com energia em abundância, o Paraguai poderá se preparar para um surto de industrialização sem precedentes.

Redução de custos-Internamente, a Itaipu Binacional pretende intensificar as medidas de sustentabilidade, para servir de inspiração dentro e fora da usina. Desde edificações inteligentes, que preveem o uso de água e energia sem desperdício, até posturas mais rigorosas em relação ao uso de dinheiro público, como a redução no número de viagens dos empregados e maior utilização de videoconferências.

A meta é também melhorar os fluxos internos, para reduzir custos, incluindo o uso de materiais em geral, e tempo. E, ainda, exigir procedimentos sustentáveis também por parte dos fornecedores.

Lançamento da agenda da Rio+20 -Na segunda-feira [04 de junho], está marcado no Rio de Janeiro, o lançamento da agenda Rio+20 e você, no Museu do Universo. O tema é O Futuro Que Queremos no Universo do Desenvolvimento Sustentável. A programação está marcada para ter início às 10h. O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, participam da solenidade de abertura.[www.itaipu.gov.br].

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