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06/06/2012 - 09:38

Catador de “Lixo Extraordinário” critica ausência de coleta seletiva nos municípios

O catador de resíduos Tião Santos, que ficou conhecido ao participar do documentário “Lixo Extraordinário”, defendeu que a reciclagem precisa ser planejada nos municípios brasileiros.

“A reciclagem que temos hoje nasceu da pobreza e da desigualdade social. Mas é necessário parar de pensar nessa atividade como coisa de pobre, mas sim, como coisa de gente inteligente”, declarou durante evento em comemoração a Semana Mundial do Meio Ambiente, realizada com apoio do Centro de Gerenciamento de Resíduos de Itaboraí, empreendimento da Estre, no município.

Santos ressaltou que o Brasil produz cerca de 240 mil toneladas de resíduos diariamente, o que equivale a 1,5 Kg por habitante. Para ele, a reciclagem seria a ferramenta adequada para diminuir a quantidade de lixo que vai para os aterros e lixões.

“No Brasil, 95% dos resíduos gerados vão para lixões. Desse montante, 40% poderia ser reciclado, mas apenas de 1 a 2% são reaproveitados.”

Para o catador, a implementação da coleta seletiva nas cidades permitiria um efetivo trabalho de reciclagem.

“O marco regulatório para gerir o lixo surgiu apenas em 2010, com a criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, dando 4 anos para os municípios se adequarem e adotarem medidas para melhorar a destinação final de resíduos, o que inclui a reciclagem. É preciso também tratar o lixo como questão social e não somente ambiental.”

A logística reversa, que deverá entrar em vigor no país até agosto de 2014, também gera reflexão sobre a questão do pós-consumo. Para Tião, as atitudes devem ser mudadas individualmente.

“O problema não é o consumo, mas sim, o que é feito depois. O resíduo eletrônico, por exemplo, merece atenção da nossa sociedade. Os Estados Unidos e a Europa enviam para a Gana, na África. Depois que o cobre é derretido, o material ainda é enviado para as indústrias na Índia e na China.”

O catador elogiou a implantação de aterros sanitários, que não degradam o meio ambiente.

“A população ainda não sabe a diferença de lixão para aterro sanitário. O lixão de Gramacho derramou chorume e matou todas as formas de vida ao redor da baía de Guanabara. Os novos centros de gerenciamento de resíduos utilizam tecnologias que não permitem que o chorume entre em contato com o solo, preservando a natureza.”

Centro de Gerenciamento de Resíduos de Itaboraí- O município de Itaboraí foi um dos primeiros no Brasil a se adequar ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Ali foi inaugurado, em outubro de 2010, o CGR Itaboraí. Administrado pela Estre, o empreendimento, com capacidade para receber duas mil toneladas diárias de resíduos, é considerado um dos maiores da América Latina. A estimativa, é que até o final da vida útil, que pode variar de 34 a 62 anos, o empreendimento receba 45 milhões de toneladas de resíduos.

Estre-Fundada em 1999, a Estre é a maior empresa de serviços ambientais do Brasil e da América Latina. Com especialização nos mais diversos tipos de lixo – doméstico, comercial, industrial, eletrônico, da construção civil e de serviços de saúde – a Estre atua em todas as etapas do gerenciamento de resíduos – limpeza, coleta e transporte, valorização, tratamento e análises laboratoriais – e tem também atuação significativa na área de Óleo e Gás. Está presente nos principais mercados do Brasil, em Buenos Aires (Argentina) e Bogotá (Colômbia). Patrocina o Instituto Estre, que leva conceitos de educação ambiental a milhares de crianças e promove o reflorestamento.

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