Rio+20 estreia estratégia de compensação de emissões de carbono

A iniciativa do Governo Brasileiro envolve parceria da CAIXA e PNUD Brasil.

Em ação inédita, será realizado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) o Mecanismo de Compensação de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) por meio de projetos brasileiros de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Durante toda a Conferência, voluntários portarão tablets, que darão acesso ao sistema, assim como terminais eletrônicos móveis, para efetivar as doações voluntárias por meio de cartão de crédito ou de débito. Os voluntários atuarão no Riocentro, na Arena da Barra e no Parque dos Atletas. A ação terá início no dia 13 de junho (quinta-feira), e terminará no dia 22 de junho, ao final do evento.

O Governo brasileiro criou, em parceria com o PNUD Brasil e a Caixa Econômica Federal (CAIXA), uma ferramenta on-line que apresenta as emissões de GEE decorrentes das viagens aéreas ao Rio de Janeiro a partir das principais cidades do mundo e do Brasil, a fim de auxiliar os participantes da Rio+20 que as queiram compensar de forma voluntária e individual mediante doação correspondente das RCEs necessárias. Estas outras RCEs também serão canceladas, garantindo a integridade ambiental da compensação.

Com o objetivo de garantir que a Rio+20 observe os pilares do desenvolvimento sustentável, o Governo brasileiro criou o Comitê Nacional de Organização da Rio+20 (CNO Rio+20), cuja estrutura possui uma Coordenação de Sustentabilidade para identificar impactos ambientais da Conferência e propor atividades capazes de reduzí-los ou compensá-los. As ações estão organizadas nas seguintes dimensões: gestão das emissões de GEE, recursos hídricos, resíduos sólidos, energia, transporte, construções sustentáveis, compras públicas sustentáveis, turismo sustentável e alimentos sustentáveis.

As emissões de gases de efeito estufa da Rio+20 estão sendo mensuradas seguindo padrões científicos, levando em consideração metodologias internacionalmente reconhecidas e respeitando as características nacionais. Durante a preparação e realização da Conferência, serão realizadas atividades de redução das emissões de GEE.

As emissões que não puderem ser reduzidas e que ocorram em função da organização da Rio+20 - emissões decorrentes do consumo de combustíveis em equipamentos fixos e no transporte terrestre oficial, consumo de energia elétrica e disposição de resíduos sólidos nos principais locais da reunião - serão compensadas mediante o uso de "Reduções Certificadas de Emissão” (RCEs), provenientes de projetos brasileiros do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), estabelecido pelo Protocolo de Quioto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O uso do MDL garante reduções reais e mensuráveis. Além disto, o MDL contribui para o desenvolvimento sustentável do País. O Comitê Nacional de Organização da Rio+20 já possui as RCEs necessárias para a compensação das emissões decorrentes da organização da Rio+20, obtidas por meio de doação de empresas brasileiras. Tais RCEs serão canceladas no sistema de registro das Nações Unidas, o que será verificado pelo PNUD Brasil, assegurando mitigação efetiva.

O Governo brasileiro, o PNUD Brasil e a CAIXA encorajam a ampla participação no sistema online de compensação voluntária de gases de efeito estufa decorrentes de viagens aéreas ao Rio de Janeiro para a Conferência Rio+20.