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19/06/2012 - 10:09

Rio+20: Amapá propõe Economia Verde em fórum internacional

No dia 17 de junho (domingo),o Estado do Amapá participou diretamente das discussões na série de palestras sobre o tema Economia Verde e os Países em Desenvolvimento. O Estado foi representado pela diretora-presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Ana Euler, que fez uma explanação sobre a experiência anterior e contemporânea de desenvolvimento sustentável vivida pelo Estado.

Ana Euler compôs a mesa com a ministra do Meio Ambiente da Dinamarca, Ida Auken, o cientista bengali do IIED, Saleemul Huq, o membro da Comissão Econômica da ONU para a África, Youba Socona, o vice-diretor da Organização para Economia de Cooperação e Desenvolvimento (OECD), Serge Tomasi, e o jornalista e correspondente internacional Silio Boccanera.

Em sua palestra, Ana Euler falou da prioridade do governo do Amapá na transição para a economia verde, da contribuição do Estado para a preservação da Amazônia. “Esse novo padrão econômico deve sair da discussão ambiental e se espalhar para outros setores como infraestrutura, educação, setor primário e secundário, para atingir a inclusão social com exploração sustentável e geração de emprego, com economia de baixo carbono, baseados em ciência, tecnologia”, expôs.

Ana também chamou a atenção da plateia – composta por professores e estudantes brasileiros e, também, por autoridades estrangeiras – ao desmistificar a ideia de que na Amazônia as populações se concentram na floresta, destacando o Amapá, que tem 95% da sua população urbana. “Há um inchaço populacional, que também contribui para o aumento das mazelas sociais e nós sabemos que esverdear a economia é a direção certa para solucionar esse problema”, explicou.

Ela também destacou os desafios do Estado para a transição da economia dita “marrom” para a verde. Entre eles, investimentos em infraestrutura para processar os produtos da sócio biodiversidade, e energia, com trabalho para compensação dos impactos ambientais. Outra dificuldade frisada por ela é a regularização fundiária.

“Somos uma potência ambiental, isso ainda não é refletido através do PIB, mas o nosso planejamento e as ações que já estamos executando são para agregar valor aos nossos produtos e não somente ser produtor de matéria prima. A sociedade amapaense optou por desenvolvimento com as florestas em pé, e pretendemos fazer isso através de ciência e tecnologia”, considerou.

A ministra dinamarquesa Ida Auken ressaltou o valor das conferências paralelas aos eventos oficiais. “Não importa o que vai acontecer no Rio Centro. O importante é que nós estamos montando uma agenda e nos integrando, o que nos direciona para continuar o processo rumo ao futuro sustentável por mais que a Rio+20 não tenha o resultado esperado”, disse.

Ela afirmou acreditar que a economia verde é o melhor caminho para a redução da pobreza por sua base prevê a inclusão social como prioridade. “A economia marrom falhou, ela não tirou as pessoas da pobreza extrema. Devemos então fazer a transição para economia verde, porque ela é mais inclusiva”, disse.

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