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19/06/2012 - 10:39

Rio+20. Michelle Bachelet pede maior participação do setor empresarial nas questões de gênero


A ex-presidente do Chile e atual diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, convocou o setor empresarial a incluir com mais engajamento as questões de gênero em suas agendas. Michelle foi a convidada de honra em um almoço oferecido pelo Pacto Global e pela ONU Mulheres, no dia 18 de junho (segunda-feira), durante o Fórum de Sustentabilidade Corporativa, uma das reuniões paralelas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20. A Itaipu Binacional é uma das signatárias do pacto.

“Quando vocês voltarem para suas empresas, reflitam sobre o que está acontecendo por lá. Quais obstáculos que atrapalham o potencial das mulheres?”, provocou Bachelet. “É preciso ter mais mulheres em cargos de chefias, mas não ter por ter, e sim por reconhecer que nós mulheres podemos contribuir para melhorar o desempenho das empresas”.

A solenidade foi mediada pela jornalista Ana Paula Padrão, dona do portal Tempo de Mulher e entusiasta defensora das questões de equidade de gênero. Participaram do almoço, delegados da Onu, ministros de estado e representantes do setor empresarial, entre eles, diretores da Itaipu Binacional, que, desde 2009, é uma das 225 empresas signatária do Pacto Global.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, disse que as conquistas recentes em relação à equidade de gênero aconteceram devido ao engajamento de mulheres como Bachelet. Ele lembrou que na Itaipu, em 2003, pela primeira vez uma das diretorias foi ocupada por uma representante do sexo feminino. “Deu tão certo que hoje ela é a ministra-chefe da Casa Civil”, afirmou em referência à ministra Gleisi Hoffmann.

Naquela época, a ministra de Minas e Energia era a atual presidente Dilma Roussef. “Tivemos em Itaipu muito espaço e construímos lá uma ação muito integrada com todas as empresas do setor elétrico. Criamos o primeiro comitê de mulheres executivas e servimos de exemplo para outras empresas”, disse Gleisi.

Itaipu e a equidade de gênero -O “case” de Itaipu sobre a política de equidade de gênero foi apresentado em dois painéis no Fórum de Sustentabilidade Corporativa. Nos dois momentos, a diretora executiva financeira, Margaret Groff, mostrou as ações realizadas pela binacional desde 2004, quando criou seu programa de gênero.

“Aos poucos, a equidade de gênero deixa de ser um desejo para virar uma prática: a de buscar a igualdade entre homens e mulheres levando em consideração as especificidades de cada gênero”, disse.

A equidade de gênero passou a ganhar ênfase na Itaipu em 2003, quando a empresa incluiu em sua missão a responsabilidade socioambiental, inspirada nas Metas do Milênio e na Agenda 21 de Ação das Mulheres pela Paz, documentos firmados na Conferência Rio 92. Com a criação do programa, no ano seguinte, o número de mulheres em cargos de chefia foi se ampliando até chegar hoje ao dobro do que era em 2003.

De acordo com a coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero, Maria Helena Guarezi, o objetivo é garantir igualdade de condições para que homens e mulheres possam exercer o direito de escolhas para sua vida profissional, familiar e pessoal.

“Não dá para discutir sustentabilidade sem falar em inclusão, em respeito às diferenças. Acho que o desenvolvimento sustentável exige uma sociedade justa e igualitária. Na medida em que você promove a equidade de gênero, tem uma sociedade melhor”, destaca Maria Helena.

Política de Gênero -Em abril de 2011, a Itaipu aprovou a Política de Equidade de Gênero, válida para o lado brasileiro e paraguaio da usina. São sete diretrizes, 20 objetivos e 55 ações. “Isso sem falar nas ações externas, como o apoio a projetos e ações de organizações não governamentais, que beneficiam, diretamente, 15 mil pessoas e, indiretamente, mais de 45 mil pessoas”, reforça a coordenadora.

A diretriz número um da nova política prevê a ampliação do número de mulheres no quadro da empresa e de suas fundações. Atualmente, a margem esquerda da binacional conta com 1.195 homens e 276 mulheres (elas ocupam quase 19% das vagas).

De 2004 para cá, dobrou o número de mulheres em postos de chefia, de 10% para 20%. Hoje, dos 128 postos de diretoria e gerência, 27 são ocupados por mulheres, 26 em cargos de gerência e superintendência e uma na Diretoria Financeira Executiva – um dos mais altos cargos da binacional, comandado por Margaret Groff.

Desde 2006, a Itaipu Binacional é certificada pelo Selo Pró-Equidade de Gênero. Concedido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, do governo federal, o selo é um reconhecimento ao trabalho pioneiro desenvolvido pela empresa com adoção de boas práticas de gênero na gestão de pessoas e na cultura organizacional.[www.itaipu.gov.br].

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