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22/06/2012 - 09:16

Rio+20: Camilo Capiberibe assina acordo para compensações ambientais para o Amapá


Com 73% de áreas protegidas e 93% da cobertura vegetal intacta, o Amapá foi apresentado pelo governador do Estado, Camilo Capiberibe, durante assinatura do Termo de Cooperação Técnica com a investidora Permian Global (Fundo de Investimento Inglês), que atua no mercado de crédito de carbono e apoia iniciativas associadas com a conservação da biodiversidade.

O governo do Amapá pretende desenvolver, em conjunto com a Permian, projetos que proporcionem a geração de oportunidades para as comunidades abrangidas na área da Floresta Estadual do Amapá (Flota), da qual dez municípios amapaenses fazem parte. Os benefícios a essas comunidades vão desde a valorização do conhecimento tradicional, passando pela educação ambiental, até a construção de unidades de saúde e estrutura urbana projetada.

“A Flota, por exemplo, tem um milhão de hectares e temos que ter todo o mecanismo de gestão. O acordo que assinamos hoje é para transformar toda essa riqueza nas florestas em riqueza real para o Amapá gerando emprego e renda ao nosso povo”, afirmou

O acordo foi assinado durante evento da Rio+20, que ocorreu na noite desta terça-feira (19), entre o governador Camilo Capiberibe, o governador do Acre, Tião Vianna, o vice-governador de Mato Grosso, Francisco Daltro e a Permian Global.

O termo de cooperação prevê ainda a aplicação de um projeto de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que é de onde sairá a quantificação, em toneladas por hectare, de carbono, o que tornará a parceria apta a vender os chamados créditos de carbono, gerando lucros tanto para a investidora quanto para o Estado.

Monitoramento das florestas -O governo do Amapá vai voltar a fazer o monitoramento de suas florestas, disse o governador do Amapá durante a Rio+20.

Em encontro ocorrido no Pavilhão da Itália, no Parque dos Atletas, que contou com a participação de outros governadores da Amazônia Legal, Camilo Capiberibe anunciou que a retomada deste sistema de monitoramento, via satélite, está sendo providenciada por meio do financiamento do Fundo Amazônia,criado pelo BNDES para fomentar projetos de crescimento socioeconômico na região.

“Além de permitir o controle do desmatamento, esta ferramenta que estamos pleiteando vai nos auxiliar na gestão dos nossos recursos naturais”, explicou o governador. Ele fez ainda uma apresentação sobre a taxa de desmatamento anual na Amazônia,que vem diminuindo desde 2004. “Apesar desta redução, não podemos ficar acomodados”, alertou Capiberibe.

O governador também ressaltou outra medida para conter o avanço o desmatamento: o PAC Florestal – proposta do Amapá para o desenvolvimento da Amazônia. A proposição foi lançada por Capiberibe no Fórum de Governadores, que aconteceu em março deste ano, em Belém (PA). Trata-se do Programa de Aceleração do Crescimento para a Economia Florestal na Amazônia. A proposta visa impulsionar as cadeias produtivas da sócio biodiversidade, produtos florestais não madeireiros, exploração racional de madeira e legalização fundiária.

“Todas essas atividades ajudam a conter o desmatamento. Mas, precisamos de recursos para resolver essas questões e o Governo Federal pode suprir os estados da Amazônia com essa linha de investimento”, afirmou.

O PAC Florestal foi abraçado pelos governadores da Amazônia Legal, que a inseriram na Carta dos Governadores, documento que será apresentado nos debates do Rio Centro, onde estarão os líderes mundiais de 20 a 22 deste mês. A Carta dos Governadores possui apenas duas propostas: a criação de um Conselho para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia e o PAC Florestal.

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