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07/12/2012 - 08:50

CEBDS lança publicação na Convenção do Clima, no Qatar

Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor capacitou este ano fornecedores da Vale, Votorantim, Banco do Brasil e Itaú a produzir inventários de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).

Rio de Janeiro – O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) lança hoje a publicação Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor, em side event na COP-18 (Convenção do Clima), no Qatar. O projeto promoveu, ao longo de 2012, a capacitação de 32 fornecedores da Vale, Votorantim, Banco do Brasil e Itaú para elaboração de inventários de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). A publicação está disponível para download no site do CEBDS (www.cebds.org.br).

“Com o crescimento e também o refinamento dos inventários, sabemos hoje que grande parte das emissões não é proveniente dos processos produtivos, nem do subproduto da energia gerada para esse processo, mas, sim, da cadeia de fornecedores”, diz a presidente executiva do CEBDS, Marina Grossi. “Assim, por mais que uma empresa invista em eficiência energética ou outros métodos de mitigação de suas emissões, o resultado não terá grande impacto justamente pela considerável proporção da pegada de carbono de seus fornecedores no volume total destas emissões”, completa.

De acordo com o Registro Público de Emissões do Brasil, as emissões provenientes de fontes que não são controladas pela empresa (em geral, a cadeia de fornecedores) corresponderam, em 2011, a 88% do total das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) das empresas que relatam seus inventários - um crescimento de 12% em relação a 2010.

“Ainda são poucas as pequenas e médias empresas que agem para aprimorar a eficiência de seus processos. Por isso, esse ano, com apoio da KPMG, realizamos o Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor, que reúne o maior número de fornecedores comuns entre as empresas participantes. O objetivo é sensibilizá-los tanto para mudanças climáticas, quanto para a necessidade de realizar inventários, e, então, capacitá-los para essa medição”, explica Fernando Malta, coordenador da Câmara Temática de Energia e Mudanças Climáticas do CEBDS.

Dos 32 fornecedores capacitados, 22 apresentaram inventários de emissão de GEE total ou parcialmente às empresas participantes. “O número aponta que o projeto teve um aproveitamento de aproximadamente 70% de fornecedores capacitados e se mostra uma importante ferramenta para as empresas que já perceberam que a maior fonte de emissão de GEE de sua produção está na sua cadeia de fornecedores”, considera Malta.

A partir da experiência na primeira edição, o programa será replicado em 2013 com, no mínimo, o dobro de empresas participantes. Petrobras, Coca-Cola, Cemig, Votorantim, Vale, Itaú, Ipiranga, Braskem e TKCSA já confirmaram participação na edição do ano que vem. A expectativa é capacitar cerca de 100 fornecedores dessas companhias na segunda edição do programa.

“A partir do momento que as grandes empresas começam a mobilizar seus fornecedores, estabelecem uma relação em que todos ganham. Os fornecedores ganham capacitação e expertise; a grande empresa tem um retrato fiel da sua pegada carbônica; e a sociedade ganha pela mobilização, transparência e redução das emissões”, afirma Marina Grossi.

CEBDS-O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil que lidera os esforços do setor empresarial para a implementação do desenvolvimento sustentável no Brasil, com efetiva articulação junto aos governos, empresas e sociedade civil. Fundada em 1997, reúne hoje 76 expressivos grupos empresariais do país, com faturamento de cerca de 40% do PIB e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. Representa no Brasil o World Business Council for Sustainable Development (WSBCD), organização global que conta com uma rede de mais de 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países. O CEBDS é integrante da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21; do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético; do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; do Fórum Carioca de Mudanças Climáticas, do Comitê Gestor do Plano Nacional de Consumo Sustentável e do Conselho Mundial da Água.

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