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27/12/2012 - 06:30

Projeto Manatí cria Centro de Reabilitação de peixes-boi marinhos no Ceará

Com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, o Projeto Manatí inaugurou no dia 20 de dezembro (quinta-feira), o Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, no município de Caucaia, Ceará, uma referência na América do Sul para reabilitação de filhotes recém-nascidos de peixe-boi marinho e pequenos golfinhos. O projeto foi criado pela Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), com o intuito de executar ações integradas de monitoramento de encalhes, resgate, reabilitação e educação ambiental, em prol da conservação deste mamífero marinho que é o mais ameaçado de extinção do Brasil.

O Centro de Reabilitação possui piscinas e tanques, além de uma área técnica com laboratório, ambulatório, cozinha para preparo de alimentos dos animais e sistema de suporte automatizado, entre outros departamentos. Com ações também voltadas para a educação ambiental, o projeto desenvolve atividades lúdicas com comunidades no Ceará o no Piauí, com objetivo de inserir o peixe-boi como elemento cultural e de valorização ambiental. Além disto, a Aquasis ministra oficinas de reaproveitamento de óleo de cozinha, para evitar o descarte inadequado e a contaminação do lençol freático que abastece as nascentes que são fontes de água doce para o peixe-boi.

Os peixes-boi marinhos medem entre 3 e 4 metros e podem pesar até 1 tonelada e possuem uma baixa taxa reprodutiva. Normalmente, nasce um único filhote após um período de gestação de 12 a 13 meses e raramente é observado o nascimento de gêmeos. Atualmente, a espécie encontra-se ameaçada pela pressão das atividades humanas ao longo de todo o litoral. Por ser um animal costeiro, ele sofre com a redução das suas áreas de cuidado parental, destruição de áreas de alimentação, captura acidental em aparelhos de pesca, colisão com embarcações, poluição causada por despejo de esgotos domésticos e contaminação por metais pesados oriundos dos agrotóxicos utilizados na lavoura.

No Ceará e Rio Grande do Norte, um dos principais impactos causados pela ocupação desordenada de estuários e manguezais é o assoreamento dos rios, que impede as fêmeas grávidas de darem à luz nessas áreas abrigadas. Isso faz com que essa região seja a principal área de encalhes de filhotes recém-nascidos vivos no Brasil, sendo considerada prioritária e estratégica pelo Governo Federal para a conservação da espécie.

O Programa Petrobras Ambiental foi criado em 2003 e, atualmente, patrocina cerca de 100 projetos, tendo alcançado dezenas de bacias e ecossistemas em seis biomas brasileiros, sendo Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampa e ambiente marinho e costeiro. Suas ações já envolveram diretamente mais de 4 milhões de pessoas, além de mais de 1.500 parcerias, 1.910 publicações, 8.895 cursos e palestras e o estudo de mais de 8 mil espécies nativas.

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