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25/10/2007 - 16:46

AES Tietê aprova na ONU metodologia pioneira para reflorestamento com espécies nativas

Metodologia será aberta a quem se interessar. Meta da geradora é plantar mudas em 10.000 hectares e remover 3.000.000 toneladas de carbono da atmosfera.

A AES Tietê, conjunto de dez usinas hidrelétricas localizadas no interior do estado de São Paulo, teve aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas) sua Metodologia de Desenvolvimento Limpo (MDL) de arborização e reflorestamento com espécies nativas em áreas de reservas ou áreas protegidas e que não estejam sujeitas à atividade humana. Dentro dessa proposta, essa metodologia é pioneira no mundo e os técnicos da AES Tietê vêm discutindo-a há 2,5 anos com o Grupo de Trabalho de Reflorestamento do MDL da ONU.

Em linhas gerais a metodologia aprovada permitirá a AES Tietê reflorestar com espécies nativas cerca de 5.700 Km de bordas de reservatórios (cerca de 10 mil hectares) que é soma das áreas de proteção permanentes (APPs) localizadas no entorno de suas hidrelétricas localizadas nas bacias dos rios Tietê, Pardo e Grande no estado de São Paulo e gerar créditos de carbono.

Britaldo Soares, presidente das empresas do Grupo AES no Brasil informa que essa metodologia é pioneira e está à disposição de todos os interessados. “A metodologia desenvolvida por nós é abrangente, e poderá apoiar projetos de reflorestamento em qualquer parte do mundo – desde que seja em áreas protegidas ou reservas. É uma contribuição efetiva que a AES dá para o reequilíbrio ambiental do planeta”, afirma o presidente, acrescentando que a metodologia também seráutilizada pela AES Corp., controladora da AES Tietê.

Dos 10 mil hectares que a AES Tietê deve reflorestar, 1450 hectares estão prontos e funcionam como piloto da metodologia aprovada. Quando o projeto estiver totalmente implantado a expectativa é que a AES Tietê remova cerca de 3.000.000 de toneladas de CO2 da atmosfera. “Esse volume equivale ao que a área metropolitana de São Paulo emite por ano de CO²”, afirma Demóstenes Barbosa da Silva, diretor de Gestão Ambiental e Créditos de Carbono da AES Brasil, responsável pela equipe que desenvolveu a nova metodologia. Outro diferencial dessa metodologia é que a mesma tornará possível a implantação diversos projetos de reflorestamento com espécies nativas, que têm grande importância para a restauração e preservação de ecosistemas e biomas.

Demóstenes conta que nos últimos seis anos, a empresa produziu 5,5 milhões de mudas. Desse total, 2,9 milhões foram utilizadas no reflorestamento de áreas no entorno dos reservatórios das usinas e 2,6 milhões no desenvolvimento de plantações em outras áreas nos vales dos rios Tietê, Pardo e Grande.

Banco de sementes – Todos os anos técnicos da AES Tietê coletam sementes de 80 a 126 espécies distintas da Mata Atlântica e do Cerrado. Findo o trabalho de campo essas sementes são tratadas no banco de sementes que a empresa mantém em Promissão, interior de São Paulo. Em seguida é feita a germinação das sementes e a produção de mudas para o plantio. “Vamos necessitar de 16 milhões de mudas para reflorestar todas nossas áreas protegidas nas margens dos nossos reservatórios. Também queremos reflorestar áreas de Mata Atlântica que tenham interesse e importância ambiental no entorno dos nossos reservatórios, criando corredores de biodiversidade que poderão interligar áreas remanescentes de habitats da fauna silvestre às margens dos nossos reservatórios. O objetivo é criar corredores de biodiversidade por onde poderão trafegar toda a fauna que, recebendo de volta seu habitat natural, esperamos que venham a proliferar”, afirma Demóstenes.

A expectativa da AES Tietê é reflorestar entre 1.500 e 2.000 hectares por ano. O reflorestamento começa ainda neste período de chuvas (que vai até março de 2008).

O princípio da remoção de carbono da atmosfera se dá pela reação de fotossíntese no processo de crescimento das árvores, fase em que ela retira CO2 da atmosfera. Cada tonelada de carbono retirada da atmosfera, além de mitigar o aquecimento global, vira um certificado que pode ser vendido a empresas ou países que tenham metas a cumprir.

Britaldo Soares afirma que ainda é cedo para afirmar como se dará a comercialização dos certificados da AES Tietê. “Quando formos comercializar nossos certificados, esperamos que o mercado já esteja com preços bem definidos”. O presidente lembra no entanto que o projeto da geradora foi objeto de uma carta de intenções com o Banco Mundial visando a venda de 10% dos créditos de carbono da AES Tietê. “O resto está em aberto”, finaliza o presidente da AES no Brasil.

AES no Brasil: Presente no país desde 1995, o grupo AES no Brasil é formado hoje por 7 empresas que atuam no setor elétrico e de telecomunicações. Essas operações significaram um faturamento em 2006 de R$ 1,2 bilhão e investimentos previstos em 2007 de R$ 651 milhões.

São duas distribuidoras, a AES Eletropaulo, a maior da América Latina, responsável pelo fornecimento de energia elétrica a 5,5 milhões de clientes em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, inclusive a capital e a AES Sul que atende um milhão de consumidores em 118 municípios do Rio Grande do Sul. Duas geradoras, a AES Tietê concessionária de 10 usinas hidrelétricas nas regiões central e noroeste do Estado de São Paulo com capacidade total instalada de 2.651 MW (megawatts), o que equivale a 20% do consumo em todo o estado de São Paulo e a AES Uruguaiana, usina termelétrica, localizada no Rio Grande do Sul, com capacidade instala de 639 MW.

Há também a AES Infoenergy, comercializadora de energia elétrica e duas empresas que atuam no segmente de telecomunicações: a AES Com Rio, provedora de circuitos de fibra ótica para o setor de telecomunicações, que atende a alguns dos principais municípios do Estado do Rio de Janeiro e a AES Eletropaulo Telecom, cuja atividade principal é o atendimento às necessidades de acesso local na Grande São Paulo para operadores de telefonia fixa local e de grande distância, para telefonia móvel e para provedores de serviços de telecomunicações.

Todas estas empresas, exceto a AES Sul que é totalmente controlada pela AES, as outras empresas integram a holding Cia. Brasiliana de Energia, holding formada pela AES Corp. que detém 50,01% do controle e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento econômico (BNDES) com 49,99%.

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