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21/03/2013 - 08:11

Ambiente debate programa que beneficiará três mil catadores de lixo

Iniciativa vai aprimorar qualificação de população de baixa renda em 41 municípios.

A Secretaria do Ambiente iniciou no dia 20 de março (quarta-feira), uma série de reuniões com representantes dos 41 municípios fluminenses que serão contemplados pelo Programa Catadores e Catadoras em Redes Solidárias (CRS). A iniciativa, que beneficiará três mil pessoas que vivem da coleta de material reciclável nessas cidades, conta com recursos de R$ 10 milhões, dos quais R$ 9 milhões da Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Governo Federal, e cerca de R$ 1 milhão do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental).

Lançado oficialmente em dezembro do ano passado, o CRS é uma iniciativa da Secretaria do Ambiente em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores/RJ, o Centro de Estudos Socioambientais Pangea e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fará o controle externo, o monitoramento do programa. A ação irá capacitar os catadores e organizar cooperativas para ampliar a coleta seletiva e a reciclagem.

A coordenadora do Programa Catadores e Catadores em Redes Solidárias da secretaria, Andrea Bello, destacou que as reuniões, que acontecem até 27 de março, têm por finalidade apresentar e debater o programa com os representantes dos municípios a serem beneficiados pela iniciativa.

“O encontro reuniu representantes de Seropédica, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Nilópolis, Itaguaí, Duque de Caxias, Magé, Belford Roxo, Queimados, Guapimirim e Mesquita. Até o próximo dia 27, estaremos nos reunindo com representantes das demais cidades. O próximo passo é dar início, em abril, ao processo de cadastramento dos catadores que irá traçar o perfil socioeconômico do catador para, posteriormente, definir o cronograma de ações na cidade”, explicou Bello.

Segundo o presidente do Pangea, Antônio Bunchaft, o programa vai atuar nos seguintes eixos: mobilização para a organização dos catadores, visando a sua contratação pelas prefeituras e os grandes geradores; assistência técnica, jurídica e comercial para as cooperativas; formação de aproximadamente seis redes de cooperativas (uma em cada região), para maximizar o potencial produtivo e econômico da cadeia da reciclagem; e avaliação e monitoramento de todas as ações voltadas aos catadores, tendo como produto final a elaboração de uma mostra de fotografias e um documentário.

“Serão cadastrados três mil catadores. Desses, dois mil encontram-se desorganizados, ou seja, estão nas ruas e não pertencem a nenhuma cooperativa, e mil catadores estão em cooperativas. Esta é a primeira etapa para termos uma radiografia socioeconômica dos catadores nos 41 municípios para, a partir daí, aprofundar e aperfeiçoar ações de capacitação, de assistência técnica e de mobilização”, disse Bunchaft.

A catadora Claudete da Costa, 30 anos, coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores/RJ, comemora a iniciativa.

“Isso vai ajudar os catadores a ter reconhecimento de base, que é o que falta para nossa categoria”, afirmou a catadora.

Programa em redes solidárias-Os 41 municípios a serem contemplados pelo programa são: Cabo Frio, Araruama, Saquarema, Rio das Ostras, Macaé, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Búzios, Arraial do Cabo, Angra dos Reis, Parati, Itataia, Barra Mansa, Resende, Volta Redonda, Paracambi, Belford Roxo, Japeri, Queimados, Guapimirim, Magé, Itaguaí, Seropédica, Nilópolis, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Mesquita, São João de Meriti, São Gonçalo, Niterói, Maricá, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, Bom Jesus do Itabapoana, Petrópolis, Três Rios e Paraíba do Sul.

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