Alacero na Comissão de Política Ambiental da worldsteel: um enfoque disciplinado constrói credibilidade

Santiago de Chile -No final de abril de 2013 a Alacero (Associação Latinoamericana do Aço) participou da reunião da Comissão de Política Ambiental da wordsteel (Associação Mundial do Aço) que aconteceu em Ijuiden, Holanda.

Durante o evento, Edwin Basson, Diretor Geral da worldsteel apresentou um panorama detalhado da situação econômica global do setor, com expectativas de melhoria para o final de 2013 e 2014, com um crescimento da demanda de entre 2,9 e 3,2%. Também se referiu as mega tendências de crescimento populacional e seu impacto nos mercados. “Um crescimento de 1.500 milhões a mais de habitantes em 15 anos, que talvez não seja visualizado em nossos mercados, porém o será em escala global” – afirmou.

Além disso, reforçou o valor do aço como material muito competitivo ao longo de seu ciclo de vida completo em comparação a outros materiais em termos de sustentabilidade, por seu adequado desempenho em emissões de carbono e de material particulado, pelas quantidades de água utilizada, etc.

Nesse sentido, insistiu em que o enfoque disciplinado da metodologia de análise do ciclo de vida de produto que promove a worldsteel permite fortalecer a credibilidade do aço como material. Durante a reunião foram revelados os resultados da coleta de informação sobre emissões de CO2 que há cinco anos conta com a participação de 51 companhias e 212 plantas de todo o mundo. Com o apoio da Alacero, a América do Sul participou com 54% de cobertura em sua região enquanto a cobertura global da iniciativa ficou ao redor de 30%.

Cabe notar que a metodologia de coleta de dados utilizada pela worldsteel foi adotada tendo como base as normas ISO 14404, Parte 1 e Parte 2, que foram publicadas em março de 2013. Os membros da comissão puderam escutar uma apresentação do Sr. Pawel Olejarnik, da Agência Internacional de Energia (IEA, por suas siglas em inglês) sobre as “Tendências Globais de Energia e Cenários

Setoriais de CO2”, que se enfocou em mostrar como a incorporação do petróleo e do gás não convencionais mudariam significativamente o mapa da energia do mundo nas próximas décadas. A IEA estima que um preço sem lucros nem perdas para o CO2 ficaria ao redor de 67 dólares americanos por tonelada de mix Carvão-Gás. Prevê-se que para 2017 os EUA produzirão 50% do petróleo com estas novas tecnologias e igualarão a Arábia Saudita como primeiro produtor de petróleo e a Rússia como produtor de gás. Em relação às reservas de “shale-oil” e gás da Argentina e do Brasil, o Sr. Olejarnik estimou que não serão desenvolvidas antes de 2020.

Também destacou que a IEA espera que em 2017 as emissões de CO2 cheguem ao seu valor máximo e iniciem um período de estabilização até 2022, se alcançar um novo esquema internacional que redefina o mapa energia-clima para 2020. Em relação à indústria, durante a comissão foi mencionado que o custo da energia varia entre 20 e 40%sobre o custo total.

Para mais adiante a comissão planeja trabalhar em temas de importância para o setor, como um modelo sobre poluição do ar, a coleta de mais informação sobre qualidade da água, e sobre a minimização e tratamento de resíduos.

Perfil-Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) – É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. Fundada em 1959, é formada por 52 empresas de 25 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais- representando 95% do aço fabricado na América Latina. Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da Secretaria Geral. [www.alacero.org].