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05/06/2013 - 08:43

Abrelpe prevê que mantendo o ritmo atual 60% dos resíduos sólidos gerados terão destinação adequada até 2014

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, entidade alerta para o lento ritmo de mudanças na gestão dos resíduos no País, que pode implicar no não cumprimento pleno da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Aproveitando que a sociedade se volta com mais ênfase esta semana às questões ambientais, em virtude da comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), a Abrelpe– Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais faz um alerta importante: o Brasil precisa avançar no atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo estimativa da entidade, se nada mudar e o ritmo das ações não for acelerado, o País só conseguirá universalizar a coleta de resíduos urbanos após 2020. Considerando este mesmo cenário, em 2014, quando se encerra o prazo estipulado pela lei para que os municípios deem fim à destinação inadequada, a A Abrelpe estima que apenas 60% dos resíduos coletados terão destino ambientalmente correto.

"As perspectivas elaboradas pela A Abrelpe levam em consideração as médias nacionais na gestão de resíduos. O Brasil é um País continental e, nesse setor, as diferenças regionais são gritantes, o que pode atrasar ainda mais o processo", afirma o diretor executivo da abrelpe.

Divulgada na semana passada, a edição de 2012 do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, estudo publicado anualmente pela AAbrelpe , aponta que mais de 3 mil cidades brasileiras enviaram quase 24 milhões de toneladas de resíduos para destinos considerados inadequados, o equivalente a 168 estádios do Maracanã lotados de lixo.

“A maioria desses municípios tem menos de 10 mil habitantes e não dispõe de condições técnicas e financeiras para solucionar a questão dos resíduos sólidos de maneira isolada”, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da AAbrelpe , ao destacar que a carência de recursos aplicados no setor torna o problema ainda mais grave. “As mudanças demandadas pela PNRS requerem planejamento, investimentos concretos, e os avanços não vão acontecer sem sustentabilidade econômica”, acrescenta.

O volume de recursos aplicados em 2012 para custear todos os serviços de limpeza urbana nos municípios do País foi em média de R$ 11,00/habitante/mês, e ainda está longe de ser suficiente para viabilizar ações de coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos sólidos e demais serviços de limpeza urbana nos termos que determina a PNRS.

De acordo com a AAbrelpe , foram geradas no ano passado quase 64 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Em relação a 2003, houve um crescimento de 21%, índice equivalente à taxa de crescimento do PIB per capita, que foi de 20,8%, e duas vezes superior ao crescimento populacional registrado no mesmo período, que foi de 9,65%.

Perfil da Abrelpe [www.abrelpe.org.br)],criada em 1976, a Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais é uma associação civil sem fins lucrativos, que congrega e representa as empresas que atuam nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Sua atuação está pautada dentro dos princípios da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável e seu objetivo principal é promover o desenvolvimento técnico-operacional do setor de resíduos sólidos no Brasil.

A entidade participou ativamente no Congresso Nacional para a aprovação e a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e foi a pioneira na implantação de um programa de Logística Reversa de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE) em um município.

Comprometida para o equacionamento das demandas decorrentes da gestão de resíduos, a ABRELPE desenvolve parcerias com poder público, iniciativa privada e instituições acadêmicas e, por meio de campanhas, eventos e premiações, busca conscientizar a sociedade para a correta gestão dos resíduos.

No contexto internacional, a Abrelpe é a representante no Brasil da ISWA - International Solid Waste Association e sede da Secretaria Regional para a América do Sul da IPLA (Parceria Internacional para desenvolvimento dos serviços de gestão de resíduos junto a autoridades locais), um programa reconhecido e mantido pela ONU através da UNCRD.

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