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15/11/2007 - 12:10

Comunicação socioambiental em obras: boa remuneração para profissionais raros no mercado

Ambiente Global oferece consultoria para empresas e curso para formação de inspetores que entendam homem e natureza como partes indissociáveis.

"Nós vamos fazer deste país um verdadeiro canteiro de obras", comunicou o Presidente Lula ao lançar o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. O anúncio animou o mercado, mas colocou em pauta uma preocupação evidente: como crescer de forma sustentável, sem “invadir” comunidades e agredir o meio ambiente? Para atender esta demanda, surge um novo profissional: o Inspetor Socioambiental, que tem a missão de fazer a ponte entre as grandes empresas responsáveis por obras intineres (que perpassam diferentes regiões, como na construção de dutos ou outras obras, sejam lineares ou verticais) e o público interessado – população local, proprietários de terras, lideranças comunitárias, órgãos públicos. O objetivo é tornar o processo construtivo o mais sustentável possível, e assim evitar a dispendiosa herança da geração de passivos socioambientais.

A necessidade de crescimento do país e o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, geraram demanda por mão-de-obra especializada, mas não há nenhuma formação universitária que abranja tais habilidades específicas. Pioneiramente, o primeiro curso na área será ministrado em 2008 pela Ambiente Global – Comunicação, Eventos e Sustentabilidade, sob coordenação de Marcela Veiga, psicóloga e gestora ambiental, coordenadora da área de comunicação socioambiental da Ambiente Global.

Segundo Marcela Veiga, as competências deste profissional devem passar pelo poder de persuasão e empatia com os diferentes públicos, além da capacidade de compreender e transformar diferentes realidades. E são muitos os desafios que uma equipe de Comunicadores Socioambientais vive em um empreendimento, como dificuldades logísticas, choques culturais, carência de informações por parte das comunidades atravessadas, diversidade de órgãos públicos e interesses a estes vinculados.

O setor de Comunicação Socioambiental possui a responsabilidade de minimizar os impactos socioambientais nas áreas de influência do empreendimento, inclusive com breve conhecimento técnico ambiental, para identificação de problemas em potencial, além do papel de atuação junto à própria mão-de-obra contratada para a execução dos serviços construtivos, público este que também demanda grande atenção desta equipe de profissionais.

“A comunicação socioambiental evita, reduz e desfaz os passivos”, explica. A fórmula não é tão complexa: fomentar conversas interna e externamente sobre as características específicas do empreendimento, e ainda, sobre segurança do trabalho para funcionários e comunidades, código ético, noções de cidadania, redução – reutilização e reciclagem de resíduos, identificação de aspectos e impactos ambientais, discussões que visem à redução de problemas sociais característicos das áreas de influência do empreendimento, além de parcerias com organizações locais para o estabelecimento de ações que gerem renda, e permitam a autonomia das comunidades no momento pós-obra, gerando assim um verdadeiro legado de sustentabilidade para a construção e o crescimento do país.

Por isso o profissional tem que ser, acima de tudo, um administrador de tempo, de idéias, de pessoas e de recursos. A Instrutora do curso, Marcela Veiga, garante: “esta é uma mão-de-obra rara, e por isso muito bem remunerada, já que não existem, no mercado, profissionais capacitados na perspectiva construtiva e que visem a sustentabilidade de seu entorno”.

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