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17/11/2007 - 10:44

Mudanças Climáticas: Seminário no IMT debate tecnologias dos fluidos refrigerantes alternativos

Evento abordará a aplicação do CO² no setor automotivo e em equipamentos de refrigeração de uso industrial, comercial e doméstico.

O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Associação Nacional dos Profissionais em Refrigeração (Anprac) realiza, nos dias 21 e 22 de novembro, no campus de São Caetano do Sul, o Seminário "Uso de Fluidos Refrigerantes Naturais em Sistemas de Refrigeração e Ar-Condicionado". O objetivo do evento é difundir as tecnologias dos fluidos refrigerantes naturais e ampliar o debate relativo ao uso dessas substâncias no país e no mundo. O pró-reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, professor Roberto Peixoto, será um dos coordenadores do seminário.

O professor Peixoto participou de vários estudos no IPCC, entre eles a elaboração de um relatório especial IPCC-TEAP sobre a questão dos hidrofluorcarbonos (HFCs).O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz deste ano, junto com o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, pelo esforço para "construir e divulgar um maior conhecimento sobre a mudança climática causada pelo homem e por fixar a base das medidas que são necessárias para resistir a essa crise".

Protocolo de Montreal - O Seminário "Uso de Fluidos Refrigerantes Naturais em Sistemas de Refrigeração e Ar-Condicionado" acontece em um momento especial. Há 20 anos, em Montreal, no Canadá, 191 nações assumiam o compromisso de eliminar o consumo dos produtos químicos e substâncias que destroem a camada de ozônio. Assim nasceu o Protocolo de Montreal, considerado o mais bem sucedido acordo internacional para a solução dos problemas ambientais e o dia 16 de setembro passou a ser conhecido como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. O tratado entrou em vigor em janeiro de 1989, já tendo passado por revisões em 1990, 1992, 1995, 1997 e 1999.

O Brasil aderiu ao Protocolo em 1990 e, desde então, recebe apoio do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal para a implementação de projetos na indústria visando a eliminação dos clorofluorcarbonos (CFCs) usados na manufatura de equipamentos de refrigeração doméstica e comercial, na produção de espumas e no uso de solventes, entre outros. Desde 2002 o Brasil vem implementando, com apoio do PNUD, o Plano Nacional de Eliminação dos CFCs-PNC, que prevê diversos projetos na área de conservação dos CFCs e disseminação de informações sobre tecnologias alternativas.

Estarão sendo abordados, entre outros temas, a Aplicação de CO² em sistemas de ar condicionado veicular; o CO² em Equipamentos de Refrigeração Comercial e Industrial; Novas Soluções para Fluidos Secundários em Refrigeração e Aplicações de Amônia nos setores de ar condicionado e refrigeração industrial. Entre os palestrantes, estão confirmados Enio Bandarra, da Universidade Federal de Uberlândia, Cláudio Mello, da UFSC; José Alberto Parise, da PUC do RJ, Predrag Hrnak da Universidade de Illinois, USA e Bernd Kaltenbrunner, da Eurammon.

Alternativas Naturais – Os hidrocarbonetos (HCs), a amônia, o dióxido de carbono (CO2) e a água, compõem um grupo denominado "fluidos refrigerantes naturais". Ou seja, são substâncias naturais que fazem parte dos ciclos materiais que existem na natureza e por isso podem desempenhar um papel importante no futuro como soluções técnicas em diversas aplicações. No entanto, apesar de serem mais adequados dentro da perspectiva de desenvolvimento sustentável, a utilização de refrigerantes naturais em algumas aplicações ainda precisa ser avaliada do ponto de vista econômico e de segurança,.

Durante a 19ª Reunião das Partes, realizada em setembro em Montreal, foi estabelecido um novo cronograma para a eliminação dos HCFCs, antecipando em 10 anos a data de eliminação em relação ao cronograma anterior. Dentre as alternativas aos CFCs e HCFCs, apresentam-se os refrigerantes hidrofluorcarbonos-HFCs, desenvolvidos nos anos 80 e 90. Os HFCs não contêm cloro, assim, não destroem a Camada de Ozônio, mas contribuem para o processo de aquecimento global. Os HFCs são gases de efeito estufa e fazem parte da "cesta de seis gases", controlados pelo Protocolo de Kyoto.

Nobel – O Prêmio Nobel da Paz de 2007 foi dividido entre o ex-presidente dos EUA, Al Gore, e o IPCC, um painel da Organização das Nações Unidas que reune cerca de 5 mil cientistas e especialistas de diferentes áreas do mundo, entre eles o pró-reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, o professor Roberto Peixoto, que participou ativamente de diversos estudos do IPCC. Conforme o comitê do Prêmio Nobel, com seu trabalho, o IPCC criou “consenso amplo sobre a conexão entre a ação do homem e o aquecimento global”.

Para o pró-reitor, a premiação significa “o reconhecimento da seriedade do trabalho do IPCC e também que este organismo realiza um trabalho importante para o desenvolvimento da humanidade, o que pode ser entendido como “paz na Terra,...”. Em relação ao IMT, ele acredita que o Prêmio Nobel pode mostrar a necessidade de se ressaltar, cada vez mais, nos cursos, disciplinas, atividades extra-curriculares e outros, a “importância da tecnologia e, em particular, na solução, mitigação de um problema, cuja dimensão teve mais um reconhecimento internacional’ afirma.

Seminário "Uso de Fluídos Refrigerantes Naturais em Sistemas de Refrigeração e Ar-Condicionado", dias 21 e 22 de novembro, a partir das 8h30, no Campus do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia - Praça Mauá nº 1 - São Caetano do Sul – SP. Inscrições – email [email protected]

Instituto Mauá de Tecnologia – IMT - O Instituto Mauá de Tecnologia - IMT é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, cujo objetivo principal é promover o ensino técnico-científico, visando a formação de recursos humanos altamente qualificados, que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do país.

Fundado em 11 de dezembro de 1961, o IMT foi autorizado pelo MEC, em janeiro de 2000, a criar seu Centro Universitário com sede no Campus de São Caetano do Sul, onde estão a Escola de Engenharia Mauá, que oferece curso de graduação em Engenharia e desenvolve programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos Industriais, e o Centro de Pesquisas, que por meio do desenvolvimento de projetos de pesquisa, trabalhos orientados por professores e estágios, complementa a formação dos alunos. No Campus de São Paulo estão a Escola de Administração Mauá e o Centro de Educação Continuada em Engenharia e Administração.

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