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24/11/2007 - 10:44

Sociedade implementa plano de conservação do Lago Jará

Um processo de diálogo aberto e engajamento darão novos rumos ao uso e ocupação de áreas na região do Lago Jará, em Juruti, no Oeste do Pará, à beira do rio Amazonas. As discussões já estão em andamento no município, após a realização da “Oficina sobre Condições Socioeconômicas e Educação Ambiental no Lago Jará”, ocorrida nos dias 15 e 16 de Novembro, que reuniu moradores às margens do lago, representantes de movimentos sociais, de Secretarias da Prefeitura municipal, da Alcoa e de empresas contratadas pela Companhia que atuam na implantação de uma mina de bauxita no município.

O lago Jará está situado na zona urbana do município de Juruti e constitui um reservatório natural que abastece a cidade. Também é local utilizado para a pesca, lazer e navegação. A reserva onde está localizado o lago Jará é uma Área de Proteção Permanente (APP).

Mas a ocupação desordenada, o lixo e o uso inadequado do lago vêm comprometendo a reserva. Parte da margem do lago é penalizada pela retirada de mata ciliar, erosão e assoreamento. Muitos moradores de Juruti utilizam as águas do lago para lavagem de carros, motos, roupas e louças. Os moradores ainda registram a ocorrência de prostituição e vandalismo, além de condições que podem causar a proliferação de doenças.

Problemas como esses foram relatados e amplamente discutidos nos dois dias da oficina. Uma das ações imediatas será a realização, no dia 23 de n ovembro, de uma reunião entre os proprietários de terras na localidade, Colônia de Pescadores Z-42 e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio do Departamento de Controle Ambiental (DCA) para se discutir o “Acordo de Pesca”, criado no ano de 2000, para a fiscalização e controle da captura de peixes, obedecendo aos períodos de defeso. A reunião ocorrerá no barracão da Igreja São Francisco, no bairro São Francisco, a partir das 18 horas.

Entre as ações também consta a ampliação da fiscalização da região do Lago Jará, com a proposta de se criarem quatros postos de vigilância – três em terra e um em água. A idéia é que os monitoramentos sejam feitos por moradores locais, que atuarão como agentes ambientais. Essa proposta ainda não foi acertada entre os interessados e precisa ser analisada quanto à sua viabilidade, inclusive econômica.

Educação ambiental - Entretanto é a educação ambiental que encabeça as várias ações que visam à sustentabilidade do lago Jará e a execução do seu Plano de Manejo Sustentável. Para isso, no dia 29 de Novembro, um grupo que participou da oficina, tendo à frente a empresa contratada pela Alcoa Mina de Juruti, Terra Meio Ambiente, discutirá as propostas para ampliar o trabalho de educação ambiental que já vem sendo realizado na região do lago Jará.

Em 31 de Outubro de 2006 a Câmara Municipal aprovou a lei nº 941, que cria o Plano Diretor Participativo, elaborado pela Prefeitura local em parceria com a CNEC Engenharia, outra empresa contratada pela Alcoa Mina de Juruti. De acordo com a secretária adjunta de Saúde de Juruti, Ariádne Lima, o Plano Diretor estabelece a Zona de Proteção do Jará. “Dessa forma, o Plano tem que ter uma função social, para que a população possa viver bem. A partir do momento em que a gente observa que as pessoas o têm desrespeitado, temos que adotar atitudes”, propõe, referindo-se às ações de educação ambiental como primeira medida a ser tomada.

É com base nesse Plano Diretor Participativo que a Alcoa estimula o debate. Para isso propôs e organizou a “Oficina sobre Condições Socioeconômicas e Educação Ambiental no Lago Jará”. De acordo com Fábio Abdala, consultor de Sustentabilidade e Projetos Sociais da Alcoa Mina de Juruti, com a primeira oficina a Companhia estimulou o diálogo contínuo e a interação entre as ações que a Companhia desenvolve com as propostas apontadas pelo poder público, movimentos sociais e moradores de Juruti. “Há um contexto de situações problemáticas no lago e ao mesmo tempo oportunidades. Colocamos à mesa durante a oficina os diversos interesses, os pontos de convergência e divergência, por considerarmos que o lago é importante para o desenvolvimento de Juruti”, comenta.

Morador de um sítio à margem do lago Jará, Alair Guimarães Pereira diz que o problema do lixo espalhado na área precisa ser contido. “Para mim o lago Jará é importante, pois foi lá que nasci e hoje trabalho e de onde retiro meu alimento. Não só eu, como todos os demais moradores devemos zelar pelo lago”. Essa opinião é defendida por Deise Silva, secretária adjunta de Educação. Ela diz que resolver as questões acerca do lago é dever de toda a sociedade jurutiense. “Ainda temos chance de salvar esse patrimônio”, apela.

Campanha - Desde Maio deste ano, a CNEC Engenharia realiza para a Alcoa a “Campanha das Águas”, que consiste na coleta de amostras de água para análise a cada três meses em quatro pontos de amostragem na região do Lago Jará. “A partir das análises propomos medidas para corrigir problemas detectados”, diz Emerson Carvalho, geólogo da CNEC. De acordo com ele, os principais problemas são decorrentes da própria ocupação da cidade no entorno da margem esquerda do lago. “Esgotos não tratados, lixo e erosão são três componentes que afetam a vida longa do lago”, conclui.

Perfil da Alcoa - Há 42 anos no Brasil, a Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc., líder mundial na produção e transformação do alumínio, que atua nos mercados aeroespacial, automotivo, de embalagens, construção, transportes e no mercado industrial. A Companhia possui 123 mil funcionários em 44 países e integra pela sexta vez o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. A Alcoa é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (United States Climate Action Partnership - USCAP), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa.

Na América Latina e Caribe, a Alcoa conta com mais de seis mil funcionários e opera em seis estados brasileiros – Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina – incluindo uma nova mina de bauxita, que está sendo instalada em Juruti (PA). Possui operações também na Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela, Suriname e Caribe. Além das usinas de Barra Grande e Machadinho, a Alcoa tem participação nos consórcios das hidrelétricas em construção de Estreito, na divisa do Tocantins e Maranhão; e Serra do Facão, entre os estados de Goiás e Minas Gerais. A Alcoa está entre as “empresas mais admiradas do Brasil” em 2007, segundo pesquisa publicada pela revista Carta Capital e destaque no ranking das 500 Melhores Empresas da revista Dinheiro. Também foi reconhecida no Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, publicado pela revista Exame, nas áreas de Valores e Transparência e de Governo e Sociedade. Mais informações sobre a Alcoa podem ser encontradas no site www.alcoa.com.br.

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