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29/11/2007 - 07:46

Brasil rejeita metas de emissões de carbono para países pobres

Brasília (DF) - O Brasil reiterou na quarta-feira sua oposição a metas compulsórias de redução das emissões de carbono nos países em desenvolvimento, assunto que estará em debate a partir da conferência climática de dezembro em Bali, na Indonésia.

Um relatório divulgado na terça-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que os países em desenvolvimento cortem suas emissões de carbono em pelo menos 20 por cento até 2050. Os países ricos teriam de cortar suas emissões em 80 por cento no mesmo período.

"Não somos a favor de metas", disse Sérgio Serra, Embaixador Extraordinário para mudanças climáticas do Itamaraty, durante entrevista coletiva em Brasília.

A ONU realiza de 3 a 14 de dezembro em Bali uma conferência destinada a lançar negociações sobre um tratado climático internacional que suceda ao Protocolo de Kyoto a partir de 2012.

O Brasil é uma potência emergente no comércio mundial e está conquistando influência nas questões climáticas devido ao pioneiro programa de biocombustíveis e à preocupação global em preservar a Amazônia.

"A principal responsabilidade é dos países industrializados", disse Everton Vargas, subsecretário de Assuntos Políticos do Itamaraty.

"Nossa oferta é adotar políticas verificáveis em nível nacional para combater a mudança climática -- temos nossas próprias metas", acrescentou Vargas.

Analistas dizem que a unidade demonstrada por Brasil e grandes países em desenvolvimento não se repete nas questões climáticas.

A China, que também resiste a metas compulsórias contra o carbono, assim como Washington, deve ultrapassar em breve os Estados Unidos como maior emissor mundial de gases do efeito estufa.

Apesar do uso de fontes energéticas "limpas" -- como o álcool combustível e a energia hidrelétrica -, o Brasil é um grande emissor de carbono, em grande parte por causa da devastação da Amazônia.

O governo brasileiro defenderá na conferência de Bali que os países ricos paguem para que os pobres se adaptem às mudanças climáticas, e fará uma campanha também por transferência de tecnologias sustentáveis para países dependentes energeticamente do carvão, como China e Moçambique. ||Por Raymond Colitt//Reuters.

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