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30/11/2007 - 09:52

Países investem cada vez mais em energias renováveis

O segundo dia da Eco Power Conference inicia com palestras de pesquisadores internacionais, como Christopher Flavin e Corrado Clini.

A Eco Power Conference – Fórum Internacional de Energia Renovável e Sustentabilidade – que ocorre em Florianópolis, iniciou o segundo dia de atividades com uma grande plenária que reuniu os cerca de 600 participantes para conferir as apresentações de lideranças nacionais e internacionais sobre o tema “Sustentabilidade e desenvolvimento global”.

O presidente do Worldwatch Institute, dos Estados Unidos, Christopher Flavin, mostrou um panorama global da evolução dos investimentos em energias renováveis. A energia solar é a que mais recebe investimentos atualmente, seguida da energia eólica e depois vêm as outras fontes, como biomassa. “Nos Estados Unidos, em 1995, os investimentos não chegavam a US$ 1 bilhão de dólares, hoje os investimentos em energias renováveis ultrapassam os U$ 70 bilhões”, disse Flavin. Ele ressaltou que a diferença hoje é que o mercado está investindo fortemente, incluindo os bancos e consórcios de grandes empresas mundiais. “Vivemos uma mudança energética fortemente e acredito que esse evento em Santa Catarina promove um entusiasmo importante que consolida que a revolução é possível”, finalizou Flavin.

O professor doutor em estratégias e negócios, Subramanian Rangan, do Insead, instituto de pesquisa da França, falou sobre a estratégica perspectiva da sustentabilidade. Ele abordou o tema sob os aspectos dos princípios que permitem abordagens em relação ao tema, ou seja, como as pessoas e empresas estão sendo motivadas a mudar os conceitos de consumo e de utilização dos recursos do planeta. Na seqüência, Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), fez uma explanação sobre a relação entre emissão de gases de efeito estufa e o desenvolvimento econômico. Na questão de transporte, por exemplo, ele citou que hoje temos 800 milhões de veículos e em 2050 teremos dois bilhões, isto é, a solução terá que vir de fontes de energias renováveis, como o hidrogênio. “O trabalho de restrição de emissões de carbono como as tecnologias automotivas é importantíssimo, mas é preciso discutir as formas de mobilidade. Além disso, é preciso implantar novas formas de consumo na construção civil e motivar o consumidor sobre como ele pode ajudar na mudança do estilo de vida”, disse Fernando. Ele citou que o CEBDS implantou um Pacto de Ação em Defesa do Clima, onde as empresas integrantes do Conselho adotam metas voluntárias para reduzir as emissões de gases causadores de efeito estufa.

O presidente do Comitê de Mudanças Climáticas do G8, Corrado Clini, fez uma palestra sobre como a geografia do mercado mundial de energia vai mudar nos próximos 10 a 15 anos. “Nós diminuímos as emissões de gases na Europa, mas na Indonésia destruíram o ´sumidouro´ que absorvia o gás carbônico”, disse Clini, que é também Diretor Geral do Ministério do Meio Ambiente da Itália.

Clini disse ainda que temos que cumprir nosso compromisso para reduzir a emissão de gás carbônico, sem prejudicar o meio ambiente. “Temos sim que abrir o mercado para os biocombustíveis, mas precisamos seguir critérios de segurança ambiental e alimentar. É um desafio. É necessário importar biocombustíveis de modo sustentável”.

O presidente da Green Cross Foundation, da Rússia, Alexander Likhotal, fez a última palestra da manhã, relacionando as questões mais básicas da humanidade com o tema sustentabilidade. “Não há sucesso na luta contra a pobreza. A metade da humanidade hoje vive com menos de dois dólares por dia. Mais de 3 mil crianças morrem por dia no mundo. Esse é o nível de desenvolvimento que se encontra a nossa civilização. Acho que estamos jogando roleta russa com o nosso planeta. Mais da metade da população mundial, cerca de 3 bilhões de pessoas, não têm acesso à água e energia. Por um lado têm ocorrido mudanças positivas também. A União Européia é a campeã do mundo no desenvolvimento de alternativas para utilização de energias renováveis”, destacou Alexander, que lembrou que a meta definida na reunião da cúpula do G8 é que até 2020 seja possível diminuir 20% das emissões de CO2, e que a boa notícia é que o Estados Unidos está sendo jogado na direção certa pelas pressões externas.

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