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12/02/2014 - 08:50

Condomínios – Moradores economizam 40% em conta de água

Redução é fruto da cobrança por unidade, que gera também maior conscientização e sustentabilidade.

Localizado na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, o condomínio residencial Green Cost viu a sua conta de água dobrar de um mês para o outro, passando de R$ 21 mil para R$ 42 mil. Oaumento foi ocasionado pela troca de hidrômetros realizada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE). “O medidore principal estava velho e não marcava o consumo de água corretamente. Com a instalação do novo aparelho, passamos a pagar pelo que de fato consumíamos e isso foi um susto”, recorda Israel Couto Blanc, gerenteadministrativo do condomínio que tem 174 unidades.

O fato, ocorrido em 2008, causou muita reclamação porparte dos moradores, acostumados a pagar pouco, e a solução proposta foi individualizar o consumo da água, assim como o de energia. Assim, cada uma unidade pagaria somente por aquilo que consumisse e teria a oportunidade decontrolar o seu gasto de acordo com as suas possibilidades. “Depois de cinco meses de muita discussão, decidimos implantar o sistema, que na época custou cerca de R$ 110 mil. No começo, havia muita dúvida, pois era uma situação nova. Mas aos poucos todos foram se acostumando, economizando e vendo os benefícios da medida”, conta Blanc.

O gerente lembra que antes da implantação, as pessoas não se importavam em economizar. Os donos das unidades onde havia vazamentos não faziam o conserto porque não percebiam o prejuízo. Agora, todos estão engajados em manter as instalações hidráulicas em dia e fazer o uso mais consciente da água, até porque o sistema implantado acusa com precisão qualquer irregularidade em termos de desperdício. “Infelizmente, a maior parte das pessoas só começa a economizar quando sentem no bolso”, completa.

Logo após a implantação da cobrança individualizada da água, a taxa condominial teve uma redução de 15%, uma ação tomada pela administração para incentivar os moradores. Hoje, após seis anos, todos estão satisfeitos com o novo sistema que proporciona uma economia média mensal de 40%. “O retorno do investimento ocorreu em cerca de nove meses, para os moradores mais econômicos e valeu a pena. Além da redução de custos, hoje os imóveis são mais valorizados na hora da venda, por exemplo, já que há uma grande preocupação por parte dos compradores com relação aos custos do prédio”, conclui Blanc.

Sustentabilidade – “Mais do que economia de recursos financeiros, estamos falando de preservação do recurso natural mais valioso que temos. Infelizmente, me parece que muitos gestores estão olhando para o lado de aumento de oferta de água, mas poderiam olhar uma forma mais eficiente de reduzir o consumo, ou seja, incentivar que cada um pague o que consome”, reflete Eduardo Lacerda, diretor-geral da multinacional alemã Techem [www.techem.com.br], líder global do mercado de soluções para individualização do consumo de água e gás.

Segundo ele, é preciso ter consciência que hoje, no Brasil, água ainda custa pouco, mas em um futuro próximo custará bem caro. “Em São Paulo, por exemplo, pagamos pela captação, tratamento e pelo serviço de distribuição de água, basicamente. Mas em breve pagaremos por isso e pela água em si. Então, a reeducação tem que ser feita agora para que as futuras gerações não paguem um preço alto demais, tanto em termos financeiros quanto sociais.”

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