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01/04/2014 - 10:02

Brasil e as mudanças climáticas, segundo o IPCC

O quarto relatório do Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (IPCC) mostra os impactos das mudanças climáticas no Brasil.

De acordo com o relatório do IPCC, o nordeste do Brasil as áreas semi-áridas e áridas vão sofrer uma redução dos recursos hídricos por causa das mudanças climáticas. A vegetação semi-árida provavelmente será substituída por uma vegetação típica da região árida. Nas florestas tropicais, é provável a ocorrência de extinção de espécies.

A recarga estimada dos lençóis freáticos irá diminuir dramaticamente em mais de 70% no nordeste brasileiro (comparado aos índices de 1961-1990 e da década de 2050).

As chuvas irão aumentar no sudeste com impacto direto na agricultura e no aumento da frequência e da intensidade das inundações nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

No futuro, o nível do mar, a variabilidade climática e os desastres provocados pelas mudanças climáticas devem ter impactos nos mangues.

De 38 a 45% das plantas cerrado correm risco de extinção se a temperatura aumentar em 1.7°C em relação aos níveis da era pré-industrial.

Hoje, o planeta já está 0,7ºC mais quente que na época, diz o relatório.

Amazônia -Eventos climáticos extremos altamente inusitados já relados como a seca de 2005.

Potencial aumento da seca foi quantitativamente projetado durante a fase crítica de crescimento da vegetação, por causa da elevação da temperatura e da diminuição das chuvas no verão.

Nas áreas não fragmentadas da floresta amazônica o efeito direto do CO2 na fotossíntese, bem como uma regeneração florestal mais rápida, podem ter causado um aumento substancial na densidade de lianas – espécie de trepadeiras lenhosas – nas duas últimas décadas.

A conversão de florestas em lavouras afeta o clima porque altera o albedo regional e o fluxo de calor latente, causando o aumento de temperatura adicional no verão em regiões importantes na Amazônia.

Grandes perdas de biodiversidade ocorrerão com um aquecimento de 2.0°C a 3.0°C acima dos níveis pré-industriais. O aumento na temperatura e a diminuição de água no solo irão levar à savanização na região leste.

O que o WWF-Brasil está fazendo para proteger o país das mudanças climáticas -Mudanças na quantidade, qualidade da água estão dominando as discussões sobre os efeitos mais devastadores do aquecimento global. A Amazônia não ficará imune a isso. As questões mais importantes a serem debatidas nesse processo são como manter a biodiversidade, os ecossistemas e os serviços ambientais na Amazônia enquanto as mudanças climáticas afetam a disponibilidade de água doce. O WWF-Brasil está desenvolvendo projetos para investigar o que acontecerá em todo o Brasil e como lidar com os novos desafios. Alguns deles são: .Apresentação do estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020 que propõe um cenário elétrico para o país onde a eficiência energética e as fontes de energia renováveis não convencionais são largamente utilizadas, gerando empregos, diminuição na demanda de energia e economizando investimentos em grandes obras;

. Ação na internet para que o governo que reconsidere a decisão de incluir cada vez mais termelétricas a gás de petróleo e usinas de carvão para gerar energia elétrica, afastando a queima de combustíveis fósseis da matriz energética do país;

Promoção do desenvolvimento sustentável, da redução e neutralização das emissão de gases causadores do aquecimento global por meio, por exemplo, da certificação Gold Standard para projetos do Protocolo de Quioto para reduzir a poluição em países em desenvolvimento, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL);

.Uso do conhecimento das populações tradicionais sobre a natureza para melhor adaptar as comunidades às novas condições climáticas.

Identificação de pessoas que já vêm sofrendo as consequências das mudanças climáticas na Boca do Acre, Amazonas.

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